terça-feira, 1 de março de 2022

CNBB convida para a Jornada de oração e missão pela paz

na Ucrânia nesta Quarta-feira de Cinzas, dia 2 de março

O arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo, se manifestou sobre a invasão Russa à Ucrânia, na madrugada desta quinta-feira (24), com ataques aéreos e terrestres em todo o país, incluindo a capital Kiev, e a entrada oficial de forças russas nas regiões de Luhansk e Donetsk.

“A guerra é expressão máxima do ódio, independentemente das dimensões do conflito. A invasão da Rússia à Ucrânia é sinal do fracasso humano na construção da paz”, afirmou dom Walmor.

Para o presidente da CNBB trata-se de uma inaceitável ofensiva bélica que somente gera morte e destruição. “A nossa oração e a nossa fé nos mantenham firmes no compromisso com a paz”, exortou.  Dom Walmor disse ser necessário, neste momento, ações conjuntas velozes dos governantes, líderes mundiais e políticos, reparadoras e capazes de levar, urgentemente, à superação de conflitos que vitimam inocentes, desestabilizam o mundo, ameaçam nações e cobrem a história da humanidade com a sombra da morte.

“Que o investimento permanente seja na fraternidade universal, sem demoras ou justificativas”, reafirmou o presidente da CNBB.

Dia de Oração pela Paz na Ucrânia

Atendendo ao pedido do Papa Francisco, na Audiência geral desta quarta-feira, 23 de fevereiro, que falou da sua tristeza sobre o agravamento da situação na Ucrânia e convocou um Dia de oração e jejum pela paz e dando continuidade as Jornadas de Oração e Missão pela Paz, a Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB e a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que sofre (ACN), realizam conjuntamente na próxima quarta-feira, 2 de março, a Jornada de Oração e Missão pela Paz na Ucrânia.

“Peço a todas as partes envolvidas para que se abstenham de qualquer ação que possa causar ainda mais sofrimento às populações, desestabilizando a convivência entre as nações e desacreditando o direito internacional”, disse Francisco.

Dessa maneira o Papa no final da Audiência Geral, falou sobre a situação na Ucrânia, apelando “aos que têm responsabilidade política para fazer um sério exame de consciência diante de Deus, que é o Deus da paz e não da guerra” e que “quer que sejamos irmãos e não inimigos”. “Mais uma vez, a paz de todos está ameaçada por interesses de parte”.

De acordo com a Comissão para Ação Missionária da CNBB as jornadas são um convite para contribuir, especialmente, com a oração que é uma das formas mais significativas de colaborar com o trabalho missionário.

A Jornada de Oração e Missão faz parte de uma série que coloca o valor da oração como “agir missionário” e propõe que cada cristão católico dedique um tempo do dia para rezar por determinado país.

Com o agravamento da crise, a ACN se compromete a ajudar emergencialmente os 4.879 sacerdotes e religiosos e 1.350 religiosas na Ucrânia, para permitir assim que continuem seus programas pastorais e de ajuda.

Além disso, a fundação pontifícia fornecerá ajuda emergencial para os quatro exarcados greco-católicos e as duas dioceses latinas no leste da Ucrânia, abrangendo Kharkiv, Zaporizhya, Donetsk, Odesa e Krym.

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Assista o vídeo sobre a Jornada da Paz na Ucrânia:

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Cardeais Koch e Ayuso:

unidos ao Papa em oração,
que prevaleçam os pensamentos de paz

Em vista do dia 2 de março, Quarta-feira de cinzas, os cardeais à frente do Dicastério para a Unidade dos Cristãos e do Diálogo Inter-religioso relançam o convite de Francisco para um dia de jejum e oração pela Ucrânia: apelamos às consciências com as armas de Deus para pedir pelo fim da guerra e ser solidários com aqueles que sofrem.

Missa da Quarta-feira de Cinzas do ano passado


Com o aumento no mundo das preocupações com a guerra na Ucrânia, os cardeais Kurt Koch e Miguel Ángel Ayuso Guixot, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Interreligioso, respectivamente, se unem ao apelo de paz lançado pelo Papa na semana passada. "Jesus nos ensinou que se responde à diabólica insensatez da violência com as armas de Deus, com a oração e o jejum", disse Francisco ao final da audiência geral em 23 de fevereiro, pedindo para 2 de março, Quarta-feira de Cinzas, início da Quaresma, um dia dedicado à Ucrânia, encorajando os fiéis de forma especial a rezarem intensamente. Os chefes dos dois dicastérios vaticano sublinharam a importância do convite do Papa e exortaram, por sua vez, todos os católicos e pessoas de outras religiões a se unirem em oração pela paz.

Koch: oração pública, um apelo à consciência

"Para nós católicos, a Quarta-feira de Cinzas já é um dia de oração e jejum", disse o cardeal Kurt Koch, lembrando que o Papa convida a todos - cristãos de outras Igrejas e de todas as pessoas - a se unirem a esta oração pela paz. "É uma forma de ser solidário e estar unido, especialmente porque", observou o cardeal, "quando há uma guerra, o povo tem a impressão de ser impotente e se pergunta o que fazer". "Neste momento é muito importante confiar-se a Deus", explicou o presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, "porque Deus quer a paz, e de nenhuma forma a guerra". "Uma oração pública", acrescentou o Cardeal Koch, é um "apelo à consciência de todos aqueles que têm poder sobre a guerra e a paz, um convite para purificar suas consciências, para que não tenham pensamentos de guerra, mas de paz". "Em terceiro lugar, a oração pela paz é um sinal de solidariedade com todos aqueles que sofrem, que estão numa situação muito trágica" - conclui o cardeal - "que têm que deixar suas famílias, suas casas. A oração é um sinal para essas pessoas, porque as faz entender que não estão sozinhas, que há alguém que pensa nelas e reza por elas".

Ayuso: religiões unidas para rezar

O cardeal Miguel Ángel Ayuso Guixot, por sua vez, expressou sua gratidão ao Papa por ter pedido a todos que rezassem como membros da família humana. O cardeal exortou os fiéis de diferentes tradições religiosas a aderirem à iniciativa do Pontífice, enfatizou a importância atribuída pelas tradições religiosas ao jejum e à oração e se dirigiu, em particular como presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, aos líderes de diferentes comunidades e tradições religiosas para aderirem ao Dia pela Ucrânia. O cardeal Ayuso Guixot espera que as orações e o jejum de todos contribuam para a paz no mundo.

                                                                                          Tiziana Campisi e Felipe Herrera

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