domingo, 11 de julho de 2021

Papa Francisco no Angelus deste domingo:

nenhum doente fique só.
Sistema de saúde gratuito e acessível a todos

Do Hospital Agostino Gemelli, onde se recupera de uma cirurgia, o Papa Francisco rezou de modo especial por todos os enfermos e fez um apelo por um sistema de saúde acessível a todos. Da janela do décimo andar, recebeu o carinho dos fiéis - uma imagem que não se via desde 2005, quando no dia 13 de março São João Paulo II pronunciou algumas palavras em público após uma traqueotomia.

“Estou feliz por poder manter o encontro dominical do Angelus, também aqui da Policlínica “Gemelli”. Agradeço a todos: senti muito a proximidade e o amparo de suas orações. Obrigado de coração!”

Um sentimento de gratidão marcou o Angelus deste domingo, realizado do Hospital Agostino Gemelli, onde o Papa Francisco está internado há uma semana, desde que se submeteu a uma cirurgia no intestino.

Da janela do seu apartamento no décimo andar da Policlínica, rodeado por crianças enfermas, o Papa acenou aos fiéis presentes na pequena praça que fica na entrada da estrutura e dali fez uma breve meditação sobre o Evangelho do dia, destacando de modo especial uma frase de Jesus aos discípulos: "curavam numerosos doentes, ungindo-os com óleo" (Mc 6,13).

"Este 'óleo' é certamente o sacramento da Unção dos enfermos, que dá conforto ao espírito e ao corpo. Mas este 'óleo' é também a escuta, a proximidade, o cuidado, a ternura de quem cuida da pessoa doente: é como uma carícia que faz sentir melhor, alivia a dor e soleva."

Para Francisco,  mais cedo ou mais tarde, todos necessitamos desta “unção” e todos podemos oferecê-la a alguém, com uma visita, um telefonema, uma mão estendida a quem necessita de ajuda. "Recordemos que no protocolo do juízo final Mateus, 25, uma das coisas que nos perguntarão será a proximidade aos doentes.

Fiéis reunidos para rezarem com o Papa


Sistema de saúde acessível a todos

Todavia, esta dimensão pessoal do cuidado deve ser alargada para uma dimensão social, em que todos os cidadãos possam usufruir de um sistema de saúde.

"Nesses dias de internação no hospital, prosseguiu o Pontífice, experimentei quanto é importante um bom serviço de saúde gratuito, acessível a todos, como existe na Itália e em outros países. Um sistema de saúde gratuito, que garanta um bom serviço acessível a todos. Não se pode perder este bem precioso. É preciso mantê-lo! E para isso é necessário que todos se empenhem, porque serve a todos e pede a contribuição de todos."

O Santo Padre lamentou que às vezes, na Igreja, quando alguma instituição de saúde passa por problemas financeiros, inclusive por má gestão, o primeiro pensamento é vender a estrutura: "Mas a sua vocação na Igreja não é ter dinheiro, mas prestar um serviço e um serviço é sempre gratuito, não se esqueçam, salvar as instituições gratuitas".

Por fim, Francisco dirigiu uma palavra a quem trabalha em hospitais, pedindo orações pelos enfermos:

"Quero expressar o meu apreço e o meu encorajamento aos médicos e a todos os agentes de saúde e aos funcionários dos hospitais. E rezemos por todos os doentes, aqui estão alguns amigos crianças doentes. Por que as crianças sofrem? Por que sofrem as crianças é uma pergunta que toca o coração. Acompanhemo-las com a oração e rezemos por todos os doentes, especialmente por aqueles em condições mais difíceis: ninguém fique só, cada um possa receber a unção da escuta, da proximidade, da ternura e do cuidado. E é o que pedimos por intercessão de Maria, nossa Mãe, saúde dos enfermos."

                                                                                                     Bianca Fraccalvieri

..................................................................................................................................

Assista:

Algumas imagens do Angelus deste 11 de julho:


..................................................................................................................................

Haiti, marítmos e beneditinos a oração do Papa

Antes de se despedir dos fiéis reunidos na praça diante do Hospital Gemelli, o Papa fez uma série de saudações, recordando alguns datas e acontecimentos. Entre eles, o trágico episódio que se verificou na quarta-feira no Haiti, com o assassinato do presidente Jovenel Moise.

Depois da oração do Angelus, Francisco manifestou sua apreensão pelo Haiti, depois do assassinato do presidente Jovenel Moise e o ferimento da esposa.

“Uno-me ao forte apelo dos bispos do país para ‘depor as armas, escolher a vida, escolher viver juntos fraternalmente no interesse de todos e no interesse do Haiti’. Sinto-me próximo ao querido povo haitiano; faço votos de que cesse a espiral de violência e a nação possa retomar o caminho rumo a um futuro de paz e de concórdia.”

Domingo do Mar, São Bento e orações

O Papa recordou também o “Domingo do Mar”, dedicado de modo especial aos marítimos e aos que têm no mar sua fonte de trabalho e sustento.

“Rezo por eles e exorto todos a cuidarem dos oceanos e dos mares. Cuidar da saúde dos mares: nada de plástico no mar.”

Outro pensamento do Papa foi aos participantes de uma peregrinação da Família da Rádio Maria ao Santuário de Czestochowa, na Polônia, aos quais enviou uma saudação especial.

Por fim, recordou que a Igreja celebra neste 11 de julho a memória de São Bento, Abade e Padroeiro da Europa. “Um abraço ao nosso Santo protetor! Façamos as felicitações aos beneditinos e às beneditinas em todo o mundo. E felicitações à Europa, que seja unida nos seus valores de fundação.”

E como sempre, o Santo Padre concluiu pedindo orações por ele, que neste domingo, justamente do Hospital, teve um valor especial:

"Desejo a todos bom domingo! Não se esqueçam de rezar por mim. Bom almoço e até logo!"

.................................................................................................................................................
                                                                                                              Fonte: vaticannews.va

Nenhum comentário:

Postar um comentário