sexta-feira, 11 de junho de 2021

11º Domingo do Tempo Comum:

Leituras e reflexão
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1ª Leitura: Ez  17,22-24

Leitura da Profecia de Ezequiel:

Assim diz o Senhor Deus: “Eu mesmo tirarei um galho da copa do cedro, do mais alto de seus ramos arrancarei um broto e o plantarei sobre um monte alto e elevado. Vou plantá-lo sobre o alto monte de Israel. Ele produzirá folhagem, dará frutos e se tornará um cedro majestoso. Debaixo dele pousarão todos os pássaros, à sombra de sua ramagem as aves farão ninhos. E todas as árvores do campo saberão que eu sou o Senhor, que eu sou o Senhor, que abaixo a árvore alta e elevo a árvore baixa; faço secar a árvore verde e brotar a árvore seca. Eu, o Senhor, digo e faço”.

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Salmo Responsorial: 91

Como é bom agradecermos ao Senhor!

Como é bom agradecermos ao Senhor!

- Como é bom agradecermos ao Senhor/ e cantar salmos de louvor/ ao Deus altíssimo!/ Anunciar pela manhã vossa bondade,/ e o vosso amor fiel,/ a noite inteira.

- O justo crescerá como a palmeira,/ florirá igual ao cedro que há no Líbano;/ na casa do Senhor estão plantados,/ nos átrios de meu Deus florescerão.

- Mesmo no tempo da velhice darão frutos,/ cheios de seiva/ e de folhas verdejantes; e dirão:/ “É justo mesmo o Senhor Deus:/ meu rochedo,/ não existe nele o mal!”

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2ª Leitura: 2Cor 5,6-10

Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios:

Irmãos: Estamos sempre cheios de confiança e bem lembrados de que, enquanto moramos no corpo, somos peregrinos longe do Senhor; pois caminhamos na fé e não na visão clara. Mas estamos cheios de confiança e preferimos deixar a moradia do nosso corpo, para ir morar junto do Senhor. Por isso, também nos empenhamos em ser agradáveis a ele, quer estejamos no corpo, quer já tenhamos deixado essa morada. Aliás, todos nós temos de comparecer às claras perante o tribunal de Cristo, para cada um receber a devida recompensa – prêmio ou castigo – do que tiver feito ao longo de sua vida corporal.

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Evangelho: Mc 4,26-34

Leitura do Evangelho de São Marcos:

Naquele tempo, Jesus disse à multidão: “O Reino de Deus é como quando alguém espalha a semente na terra. Ele vai dormir e acorda, noite e dia, e a semente vai germinando e crescendo, mas ele não sabe como isso acontece. A terra, por si mesma, produz o fruto: primeiro aparecem as folhas, depois vem a espiga e, por fim, os grãos que enchem a espiga. Quando as espigas estão maduras, o homem mete logo a foice, porque o tempo da colheita chegou”.

E Jesus continuou: “Com que mais poderemos comparar o Reino de Deus? Que parábola usaremos para representá-lo? O Reino de Deus é como um grão de mostarda que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes da terra. Quando é semeado, cresce e se torna maior do que todas as hortaliças, e estende ramos tão grandes, que os pássaros do céu podem abrigar-se à sua sombra”.

Jesus anunciava a Palavra usando muitas parábolas como estas, conforme eles podiam compreender. E só lhes falava por meio de parábolas, mas, quando estava sozinho com os discípulos, explicava tudo.

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Reflexão do Pe. Johan Konings:
Não parece, mas o reino cresce

Muitos dentre nós estamos preocupados porque as comunidades eclesiais conscientes crescem tão devagarinho e às vezes até parecem diminuir. Então, demos um passo para trás, para enxergar melhor. Seiscentos anos antes de Jesus, o “povo eleito” que devia prestar culto ao Deus Único neste mundo foi tirado de sua terra e quase sumiu do mapa: Israel e seu rei foram levados para o exílio babilônico. Mas Deus fará crescer de novo um broto no cedro de Israel e o povo se tornará novamente uma árvore frondosa (1ª leitura). No evangelho, Jesus usa a imagem do crescimento para falar do Reino de Deus. Estamos preocupados porque o Reino de Deus não se enxerga? Aos que o criticam porque seu anúncio do Reino de Deus não se verifica por nenhum fenômeno extraordinário, Jesus responde: o agricultor não vê a semente crescer! O homem descansa ou se ocupa com outras coisas, e de repente a plantinha está aí. Ou veja a sementinha do mostardeiro, parece nada, mas cresce e se torna arbusto frondoso onde os passarinhos vão se abrigar. O mesmo acontece à pequena comunidade dos que buscam a vontade de Deus conforme a palavra de Cristo.

É essa a confiança que Jesus nos ensina. Jesus não é um homem de sucesso, de ibope. Ele lança uma sementinha, nada mais. E, de repente, a sementinha brota. O que parecia nada, torna-se fecundo, árvore frondosa.

No Calvário, o grão de trigo caiu na terra e morreu, para produzir muito fruto. Ressuscitou como árvore da vida. A Igreja dos primeiros cristãos foi esmagada pelas perseguições, mas ressurgiu das catacumbas como a maior força religiosa e moral do Império Romano. Os bárbaros destruíram o Império, mataram os missionários cristãos, mas de seu martírio surgiu a sociedade cristã da Idade Média. E esta foi desmantelada pela Modernidade, mas a semente cresce por baixo, especialmente no povo que mais sofreu a Modernidade do que dela se valeu. Nunca os pobres da América Latina foram tão ativos na comunidade de fé como hoje. E a árvore frondosa continua acolhendo passarinhos que chegam de todos os lados.

Mas o que mais importa não é a quantidade de novos galhos e sim a qualidade da semente, tão única e autêntica que nada a pode suprimir.

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PE. JOHAN KONINGS nasceu na Bélgica em 1941, onde se tornou Doutor em Teologia pela Universidade Católica de Lovaina, ligado ao Colégio para a América Latina (Fidei Donum). Veio ao Brasil, como sacerdote diocesano, em 1972. Em 1985 entrou na Companhia de Jesus (Jesuítas) e, desde 1986, atua como professor de exegese bíblica na FAJE, Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, em Belo Horizonte. Este comentário é do livro “Liturgia Dominical, Editora Vozes.

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                                                       Fonte e ilustração: franciscanos.org.br       Banner: cnbb.org.br

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