a Epifania do Senhor
A Igreja celebra
no dia 6 de janeiro a Solenidade da Epifania do Senhor. No Brasil, a festa é
sempre transferida para o domingo mais próximo e, por isso, comemora-se neste
dia 3 de janeiro. O Evangelho nos apresenta a passagem dos três Reis Magos que
oferecem presentes ao Menino Jesus. Na reflexão do Pe. César Augusto dos
Santos, uma solenidade que "nos anuncia de modo escancarado a abertura de
Deus a todos os povos, todos são seus filhos, todos foram criados por ele, mas
a herança dos filhos está reservada para aqueles que se assemelham ao Filho
Jesus, na humildade, na simplicidade, ao mesmo tempo sendo luz, referencial do
Pai, do próprio Deus!".
“Na Epifania
celebramos a vinda do Senhor para todos os povos. Se o Natal celebrava a
redenção de Israel, a Epifania celebra a redenção de todos os homens de boa
vontade.”
A primeira
leitura, Isaías 60, 1-6, cita a luz que brilha sobre Jerusalém, ou seja, a
glória do Senhor! Jerusalém cumpre sua vocação de ser luz de acolher e reunir
todos os povos para o louvor a Deus. Muito semelhante ao que o batizante sugere
ao batizando ao término do batismo, quando entrega a vela acesa no círio
pascal, que seja luz, que ilumine todos aqueles com quem encontrar e os leve a
Deus. Eis a missão do cristão, da religião, da Igreja. Por isso, no
passado, fazia-se questão de construir igrejas e capelas no alto dos montes,
para não só apontar que o Senhor está no alto, na verdade ele está no meio de
nós, mas para estar em lugar de destaque. E essa localização, como um farol
colocado em ponto estratégico para salvar todos os homens de boa vontade,
atraiu a si, não apenas as tribos dos judeus, mas todos os povos pagãos,
representados nos três sábios que vieram do Oriente adorar o Menino Jesus, como
nos fala o Evangelho de hoje, Mateus 2, 1-12.
Quando se fala em
luz, farol, construção elevada, se pensa em poder, em alta promoção, mas com
Jesus é diferente. Quem se destaca é a construção simples para abrigar
animais da casa de um morador da pobrezinha cidade de Belém. É lá que os
pastores vão adorar o Senhor e será também em local marcado pela simplicidade
que os “magos” irão adorar o Salvador. Desde o nascimento, o Rei dos reis se
identifica com os simples e os recebe. Simples não apenas no aspecto social,
mas principalmente no modo de ver o mundo, de entender a Verdade e de buscá-la.
Finalmente, a
segunda leitura, a carta de São Paulo aos Efésios 3,2-3.5-6, fala do plano de
Deus a nosso respeito. Sim, Deus tem um projeto para nós, sermos admitidos à
herança dos filhos, pois somos “membros do mesmo corpo, associados à mesma
promessa em Jesus Cristo”.
A solenidade da
Epifania nos anuncia de modo escancarado a abertura de Deus a todos os povos,
todos são seus filhos, todos foram criados por ele, mas a herança dos filhos
está reservada para aqueles que se assemelham ao Filho Jesus, na humildade, na
simplicidade, ao mesmo tempo sendo luz, referencial do Pai, do próprio Deus!
Pe. Cesar Augusto,
SJ
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