sábado, 3 de setembro de 2016

Papa abençoa monumento a

Nossa Senhora Aparecida e reza pelo Brasil

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco abençoou na manhã deste sábado (03/9), nos Jardins Vaticanos, um monumento em homenagem a Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil.
Em suas breves palavras espontâneas, o Papa disse:
Bênção da Imagem de Nossa Senhora Aparecida
“Estou contente de que a imagem de Nossa Senhora Aparecida esteja aqui nos Jardins. Em 2013, havia prometido retornar, no próximo ano, a Aparecida. Não sei se será possível. Mas, pelo menos, estou mais próximo dela aqui. Convido-lhes a rezar para que ela continue a proteger todo o Brasil, todo o povo brasileiro, neste momento triste. Que ela proteja os pobres, os descartados, os idosos abandonados, os meninos de rua. Que ela salve o seu povo, com a justiça social e o amor de seu Filho, Jesus Cristo”.
Francisco concluiu exortando a pedir a ela, com amor, por todo o povo brasileiro. Ela, recordou o Papa, foi encontrada por pobres trabalhadores; que hoje ela seja encontrada, de modo especial, por todos aqueles que precisam de trabalho, de educação e por aqueles que estão privados da dignidade.
Por fim, o Santo Padre convidou os presentes a rezar a Ave Maria. Depois, pediu que cantassem um canta dedicado a Nossa Senhora Aparecida.
O Papa se despediu dos presentes, - entre os quais se encontravam autoridades civis e religiosas do Brasil, com destaque para Dom Raimundo Damasceno Assis, - concedendo a todos a sua Bênção Apostólica. (MT)
Assista:

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Papa Francisco:
O amor de Deus nunca diminuirá
nas nossas vidas e na história do mundo

Cidade do Vaticano (RV) - “Estai sempre prontos para a solidariedade, fortes na proximidade, diligentes para despertar alegria e convincentes na consolação. O mundo precisa de sinais concretos de solidariedade, especialmente diante da tentação da indiferença.”
Foi a exortação do Pontífice ao participantes do Jubileu dos Agentes de Misericórdia, cujo evento teve lugar na manhã deste sábado (03/09) na Praça São Pedro, lotada de voluntários provenientes de todas as partes do mundo, cerca de 24 mil, aos quais o Papa Francisco reiterou o convite a serem agentes de misericórdia diante da tentação da indiferença.
O Jubileu dos Agentes de Misericórdia teve início na sexta-feira tem seu ponto alto este sábado com o encontro com o Santo Padre e terá sua coroação este domingo com a canonização de Madre Teresa de Calcutá, exemplo incansável de agente da Misericórdia de Deus.
Em seu discurso, o Papa ateve-se ao hino do amor que o apóstolo Paulo escreveu para a comunidade de Corinto (Cor 13,1-13) definindo-o como uma das páginas mais belas e exigentes para o testemunho da nossa fé.
O apóstolo afirma que “ao contrário da fé e da esperança, o amor «jamais acabará». Este ensinamento deve ser para nós uma certeza inabalável; o amor de Deus nunca diminuirá nas nossas vidas e na história do mundo. É um amor que permanece para sempre jovem, ativo, dinâmico capaz de atrair para si de modo incomparável. É um amor fiel que não trai, apesar das nossas contradições”, ressaltou.
Descrevendo-o, Francisco disse tratar-se de “é um amor que permanece para sempre jovem, ativo, dinâmico capaz de atrair para si de modo incomparável. É um amor fiel que não trai, apesar das nossas contradições. É um amor fecundo que gera e conduz para além da nossa preguiça. É desse amor que todos nós somos testemunhas”.
O Pontífice frisou que o amor de Deus, que vem ao nosso encontro, “é como um rio na cheia que nos arrasta, mas sem nos anular; muito pelo contrário, é uma condição de vida”, observou, acrescentando que “quanto mais nos deixamos envolver por este amor, mas a nossa vida se regenera. Deveríamos dizer com toda a nossa força: sou amado, logo existo!”.
Papa celebra Jubileu dos Agentes da Misericórdia
“O amor de que o Apóstolo fala não é algo abstrato e vago; pelo contrário, é um amor que se vê, se toca e se experimenta em primeira pessoa. A maior e mais expressiva forma desse amor é Jesus. Toda a sua pessoa e a sua vida não são outra coisa senão a manifestação concreta do amor do Pai, chegando até o ponto culminante: «A prova de que Deus nos ama é que Cristo morreu por nós, quando éramos ainda pecadores» (Rm 5,8).”
Diante deste conteúdo tão essencial da fé, prosseguiu o Papa, “a Igreja nunca poderia permitir-se fazer como fizeram o sacerdote e o levita com o homem deixado meio morto por terra (cf. Lc 10,25-36). Não é possível desviar o olhar e tomar outra direção para não ver as muitas formas de pobreza que pedem misericórdia”.
Ditas tais palavras, Francisco fez uma premente admoestação, um imperioso dever evangélico diante do qual a Igreja e nenhum cristão pode furtar-se:
“Não seria digno da Igreja nem de um cristão “passar ao largo”, supondo que se pode ter a consciência tranquila só por termos rezado! O Calvário é sempre atual; de nenhum modo deixou de existir, nem permanece como uma bela pintura nas nossas igrejas. O vértice de “com-paixão”, de onde brota o amor de Deus diante da miséria humana, ainda fala aos nossos dias e impele sempre a dar novos sinais de misericórdia.”
“Nunca me cansarei de dizer que a misericórdia de Deus não é uma ideia bonita, mas uma ação concreta”, advertiu o Santo Padre; “e mesmo a misericórdia humana não é autêntica enquanto não alcança a concretização no seu agir diário. A exortação do Apóstolo João permanece sempre válida: «Filhinhos, não amemos só com palavras e de boca, mas com ações e de verdade!» (1 Jo 3,18)”.
De fato, “a verdade da misericórdia se confirma nos nossos gestos de cada dia, que tornam visível a ação de Deus no meio de nós”, acrescentou.
Em seguida, Francisco dirigiu-se diretamente ao multifacetário mundo do voluntariado:.
“Irmãos e irmãs, vós representais aqui o grande e variado mundo do voluntariado. Sois justamente vós uma das realidades mais preciosas da Igreja que, muitas vezes no silêncio e escondidos, dais forma e visibilidade à misericórdia. Exprimis o desejo - entre os mais belos no coração do homem: fazer com que a pessoa que sofre se sinta amada. Em diferentes condições de carência e nas necessidades de tantas pessoas, a vossa presença é a mão de Cristo estendida que alcança a todos.
A credibilidade da Igreja, observou com ênfase, “passa de forma convincente através do vosso serviço com as crianças abandonadas, os doentes, os pobres sem comida e trabalho, os idosos, os sem-abrigo, os prisioneiros, refugiados e migrantes, as pessoas afetadas por desastres naturais... enfim, onde quer que exista um pedido de ajuda, ali chega o vosso testemunho ativo e desinteressado. Tornais visível a lei de Cristo: levar os pesos uns dos outros (cf. Gal 6,2, Jo 13,34).
Francisco concluiu com uma premente exortação aos Operadores de Misericórdia do mundo inteiro:
“Estai sempre prontos para a solidariedade, fortes na proximidade, diligentes para despertar alegria e convincentes na consolação. O mundo precisa de sinais concretos de solidariedade, especialmente diante da tentação da indiferença, e exige pessoas capazes de opor-se com as suas vidas o individualismo: pensar só a si mesmo, ignorando os irmãos em necessidade.”
Antes de despedir-se, quis deixar uma advertência: “Estai sempre contentes e cheios de alegria pelo vosso serviço, mas nunca fazei dele um motivo de presunção que leva a se sentir melhor do que os outros. Em vez disso, que a vossa obra de misericórdia seja a prolongação humilde e eloquente de Jesus Cristo, que continua a se curvar e cuidar daqueles que sofrem”.
Por fim, Francisco lembrou que este domingo teremos a alegria de ver Madre Teresa proclamada santa: “Este testemunho da misericórdia dos nossos tempos se une à fileira inumerável de homens e mulheres que tornaram visíveis com a sua santidade o amor de Cristo. Imitemos nós também o seu exemplo, e peçamos para ser humildes instrumentos nas mãos de Deus para aliviar o sofrimento do mundo e dar a alegria e a esperança da ressurreição”. (RL)
Assista:
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                                                                                           Fonte: radiovaticana.va     news.va

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