segunda-feira, 25 de abril de 2016

Papa Francisco aos detentos de Veletri:

"Que o tempo no cárcere seja experiência de crescimento"

Cidade do Vaticano (RV) - “Não se fechem no passado; transformem-no em caminho de crescimento, de fé e de caridade. Deem a Deus a possibilidade de fazê-los brilhar através desta experiência”. É o que escreve o Papa em uma carta aos detentos do cárcere de Velletri, nas proximidades de Roma. A carta de Francisco é uma resposta à mensagem recebida pelo Bispo Dom Marcello Semeraro em sua visita à prisão, em 5 de março passado, quando celebrou uma missa.
“Agradeço por pensarem em mim em meio às dificuldades da sua vida atual”, afirma o Papa. “Confesso que eu também muitas vezes penso em vocês e nas pessoas que vivem nas prisões. “É por isso que quando faço visitas pastorais, peço sempre – quando é possível – para encontrar irmãos e irmãs como vocês, que vivem uma liberdade com limites, para levar o meu carinho e a minha proximidade”.
“Vocês vivem uma experiência na qual o tempo parece estar parado, parece que não passa nunca, mas a dimensão real do tempo não é a do relógio. Estejam certos de que Deus nos ama pessoalmente; para Ele a sua idade e cultura não têm importância, nem mesmo o que vocês foram, as coisas que fizeram, as metas que alcançaram, os erros que cometeram, as pessoas que feriram”.
“Na história da Igreja, muitos chegaram à santidade através de experiências duras e difíceis”, conclui o Papa, fazendo um convite aos detentos: “Abram a porta de seu coração a Cristo e será Ele a reverter a sua situação”. 
O cárcere de Velletri foi construído em 1999 e abriga atualmente 505 detentos, em dois pavilhões (CM)
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Teólogo, Pe. Giuseppe Lorizio:
"Amoris Laetitia" deve ser acolhida e colocada em prática

Ensinamento para  ser estudado e praticado
Cidade do Vaticano (RV) - “Diante de novos desdobramentos há sempre quem tenta diminuir o magistério da Igreja. Foi assim com o Concílio Vaticano II, quando se disse que, sendo um evento de natureza pastoral, não obrigava os fiéis a aceitar seus pronunciamentos. É o que se faz também hoje com o Papa Francisco, quando seu ensinamento resulta indigesto devido a seu estilo evangélico, como no caso da Amoris Laetitia”.
São palavras do professor ordinário de teologia fundamental na Pontifícia Universidade Lateranense, Pe. Giuseppe Lorizio, no debate sobre o valor magisterial da Exortação apostólica pós-sinodal Amoris Laetitia do Papa Francisco, publicada em 8 de abril.
Pastoral inclui o doutrinal
“Deve-se, todavia,  dizer e reiterar – explica o teólogo – que se um documento ou um Concílio tem natureza ‘pastoral’ não é verdade que tenha menos valor do que textos ou pronunciamentos doutrinais.”
“Efetivamente, o pastoral inclui também a doutrina. Se a Igreja sentiu a necessidade de interrogar-se em dois Sínodos e de expressar o resultado deste trabalho num documento assinado pelo Papa, é também porque quer afirmar algo de diferente em relação a antes”, observa Pe. Lorizio.
Passos avante na pastoral
“A Amoris Laetitia tem exatamente o mesmo valor da Familiaris Consortio de São João Paulo II, publicada em 1981, que era também ela uma Exortação apostólica”, acrescenta Pe. Lorizio.
Do ponto de vista doutrinal, o texto de Francisco não faz outra coisa senão repropor a ideia do matrimônio que a Revelação nos propõe. Ao invés, do ponto de vista pastoral, dá passos avante. Mas o fato de a palavra exortação ser acompanhada do termo ‘apostólica’ nos faz entender que são documentos do magistério ordenado do bispo de Roma e do Sínodo e, por conseguinte, os fiéis, em boa fé, não podem deixar de acolhê-los e buscar colocá-los em prática”.
Não há novos dogmas
“O magistério infalível do Papa requer um pronunciamento ‘ex-cathedra’ de tipo dogmático e, certamente, este não é o caso. Mas, por outro lado, aAmoris Laetitia deve ser acolhida com o espírito de confiança que deve caracterizar todo e qualquer fiel em relação aos pastores da Igreja”, pondera o especialista em teologia fundamental. (RL)
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