domingo, 19 de setembro de 2021

Papa Francisco no Angelus deste domingo:

Quer se destacar? Sirva!
Torna-nos livres e mais semelhantes a Jesus

"Eu entendo a vida como uma competição para abrir espaço para mim mesmo às custas dos outros ou acho que se sobressair significa servir? E, concretamente: dedico tempo a algum "pequeno", a uma pessoa que não tem meios para retribuir? Eu cuido de alguém que não pode me retribuir ou apenas de meus parentes e amigos?": perguntas a nos fazermos, sugeriu Francisco.

Quer se destacar? Sirva! Nossa fidelidade ao Senhor depende de nossa disposição em servir. O serviço não nos diminui, mas nos faz crescer. E ao servirmos os esquecidos, que não podem nos retribuir, “também nós recebemos o terno abraço de Deus”.

O “serviço”, um tema caro ao Papa esteve no centro de sua alocução que precedeu a oração mariana do Angelus neste 25º Domingo do Tempo Comum: “Se quisermos seguir Jesus, devemos percorrer o caminho que ele mesmo traçou, o caminho do serviço.”

Dirigindo-se aos peregrinos e turistas reunidos na Praça São Pedro para o tradicional encontro dominical, Francisco começou explicando a discussão entre os discípulos narrada por Marcos sobre quem entre eles era o maior. E citou a frase que Jesus disse a eles, uma frase “que vale também para nós hoje” - “Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos” -, acrescentando que quem ser o primeiro, deve ir para a fila, pegar o último lugar "e servir a todos".

Quer se destacar? Sirva!

E justamente esta frase pronunciada pelo Mestre marca uma inversão nos critérios daquilo que realmente importa:

O valor de uma pessoa não depende mais do papel que ela desempenha, do sucesso que tem, do trabalho que faz, do dinheiro no banco; não, não, não, não depende disso; a grandeza e o sucesso, aos olhos de Deus, têm um padrão, uma medida diferente: são medidos no serviço. Não no que se tem, mas no que se dá. Quer se sobressair? Sirva. Este é o caminho.

Quanto mais servimos, mais sentimos a presença de Deus

Hoje em dia a palavra "serviço" – disse o Papa – “parece um pouco desbotada, desgastada pelo uso. Mas no Evangelho tem um significado preciso e concreto. Servir não é uma expressão de cortesia: é fazer como Jesus que, resumindo em poucas palavras a sua vida, disse que veio «não para ser servido, mas para servir». Portanto, se quisermos seguir Jesus, devemos percorrer o caminho que ele mesmo traçou, o caminho do serviço:

Nossa fidelidade ao Senhor depende de nossa disposição em servir. E isso, bem o sabemos, custa, geralmente isso custa, “tem gosto de cruz”. Mas, à medida que aumenta o cuidado e a disponibilidade para com os outros, tornamo-nos mais livres interiormente, mais semelhantes a Jesus. Quanto mais servimos, mais sentimos a presença de Deus, sobretudo quando servimos aqueles que não têm nada para nos restituir, os pobres, abraçando suas dificuldades e necessidades, com a terna compaixão: e ali descobrimos ser, por sua vez, amados e abraçados por Deus.

Em primeiro lugar, servir a quem não pode nos retribuir

Para ilustrar a importância da doação gratuita, Jesus coloca uma criança entre os discípulos, "os gestos de Jesus são mais fortes que as palavras que usa", observou o Papa. “A criança, no Evangelho – explicou –  não simboliza tanto a inocência mas a pequenez. Porque os pequenos, como as crianças, dependem dos outros, dos grandes, têm necessidade de receber. Jesus abraça aquela criança e diz que quem acolhe um pequenino, uma criança, o acolhe”:

Eis antes de tudo a quem servir: aqueles que têm necessidade de receber e não tem como retribuir. Acolhendo quem está à margem, abandonado, acolhemos Jesus, porque Ele está ali. E em um pequeno, em um pobre a quem servimos, também nós recebemos o terno abraço de Deus.

O serviço não nos diminui, nos faz crescer

Interpelados pelo Evangelho, o Papa sugere que nos interroguemos:

Eu, que sigo Jesus, me interesso por quem é mais abandonado? Ou, como os discípulos naquele dia, estou em busca de gratificações pessoais? Eu entendo a vida como uma competição para abrir espaço para mim mesmo às custas dos outros ou acho que se sobressair significa servir? E, concretamente: dedico tempo a algum "pequeno", a uma pessoa que não tem meios para retribuir? Eu cuido de alguém que não pode me retribuir ou apenas de meus parentes e amigos? São perguntas que podemos nos fazer.

Que a Virgem Maria, humilde serva do Senhor, nos ajude a compreender que o serviço não nos diminui, mas nos faz crescer. E que há mais alegria em dar do que em receber.

                                                                                      Jackson Erpen – Cidade do Vaticano

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Assista:

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Francisco:

as lágrimas de Maria fazem-nos pensar nas de Jesus por Jerusalém

Depois de rezar o Angelus, o Papa Francisco dirigiu seu pensamento às vítimas de inundações no México, às pessoas detidas injustamente em países estrangeiros e aos peregrinos reunidos no Santuário de La Salette, na França, no 175º aniversário das aparições.

Antes de saudar os presentes, muitos dos quais identificados pela bandeira do país de proveniência – poloneses, eslovacos, hondurenhos – o Papa expressou sua proximidade às vítimas das inundações no Estado mexicano de Hidalgo, “especialmente aos doentes que morreram no hospital de Tula e seus familiares”.

O Santo Padre também assegurou sua oração pelas “pessoas detidas injustamente em países estrangeiros”:

Infelizmente, existem vários casos, com causas diferentes e às vezes complexas. Faço votos que, no zeloso cumprimento da justiça, essas pessoas possam regressar à sua pátria o mais rapidamente possível.

Por fim, as palavras dirigidas aos fiéis reunidos no Santuário de La Salette, na França, no 175º aniversário da aparição de Nossa Senhora, “que se manifestou em lágrimas a dois jovens”:

As lágrimas de Maria fazem-nos pensar nas lágrimas de Jesus por Jerusalém e na sua angústia no Getsêmani. São um reflexo da dor de Cristo pelos nossos pecados e um apelo sempre oportuno para nos abandonarmos à misericórdia de Deus.

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