com refugiados e sem-teto
Ao final da projeção do filme-documentário “Francisco”, o Papa encontrou as 100 pessoas convidadas para o evento.
Um breve encontro, no átrio da Sala Paulo VI, marcado pelo calor e pela surpresa: assim foi a passagem do Papa Francisco ao final da projeção do filme-documentário “Francisco”, organizada pelo diretor Evgeny Afineevsky e pela Fundação Laudato si'.
Papa saúda sem-teto e refugiados
Uma nota da Sala de Imprensa da Santa Sé refere que o Pontífice se entreteve com cerca de 100 pessoas, sem-teto e refugiados, que foram convidados a assistir ao filme.
O encontro ocorreu enquanto era distribuído um pacote de alimentos, oferecido pelos organizadores. Da Sala Paulo VI, o Papa regressou à Casa Santa Marta.
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Papa em apelo ao meio ambiente:Em mensagem em vídeo de lançamento da
Plataforma de Ação Laudato si’, Francisco renova o apelo à humanidade para agir
em prol de uma ecologia integral em favor da natureza e do homem na sua
totalidade porque “o egoísmo, a indiferença e os estilos irresponsáveis estão
ameaçando o futuro dos jovens”. Existe esperança, insiste o Papa, para
“preparar um amanhã melhor para todos. Das mãos de Deus recebemos um jardim;
aos nossos filhos não podemos deixar um deserto”.
Durante o encerramento do Ano Especial do
quinto aniversário da encíclica Laudato si’ do Papa Francisco, uma Plataforma de Ação que
vai guiar as iniciativas por uma ecologia integral foi apresentada nesta
terça-feira (25) em coletiva de imprensa no Vaticano com o lançamento oficial
feito pelo próprio Pontífice. Através de uma mensagem em
vídeo, o agradecimento especial do Papa ao Dicastério para
o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral que organizou o Ano
Laudato si’ e a todos que aderiram à proposta por “uma missão de reconstruir a
nossa casa comum”.
A Plataforma de Ação Laudato si’
Assim, Francisco anunciou que o projeto vai
se estender pelos próximos 7 anos com a Plataforma de Ação (Laudato si’ Action
Platform) que pretende envolver 7 diferentes realidades para que as comunidades
se tornem “totalmente sustentáveis, no espírito da ecologia integral”:
famílias; paróquias e dioceses; escolas e universidades; hospitais; empresas
comerciais e agrícolas; organizações, grupos e movimentos; e institutos
religiosos.
Uma jornada que será guiada pelos 7
objetivos da Laudato si' para responder ao grito da Terra e ao grito dos
pobres, por uma economia ecológica, através da adoção de um estilo de vida
simples, por uma educação e espiritualidade ecológicas, além do engajamento
comunitário. “Trabalhar juntos”, destaca o Papa no vídeo, para “criar o futuro
que desejamos: um mundo mais inclusivo, fraterno, pacífico e sustentável”.
“Há esperança. Todos podemos colaborar,
cada um com a própria cultura e experiência, cada um com as próprias
iniciativas e capacidades, para que a nossa mãe Terra retorne à sua beleza
original e a criação volte a brilhar novamente segundo o plano de Deus.”
O cuidado com a casa comum
O Papa, então, renova o convite para que
todos cuidem da “nossa casa comum”, sobretudo com as consequências impostas
pela pandemia de Covid-19 que amplificou o grito da natureza e o dos pobres,
enaltecendo que “tudo está interligado e é interdependente e que a nossa saúde
não está separada da saúde do meio ambiente em que vivemos”:
“Há muito tempo esta casa que nos hospeda
sofre com feridas que causamos por causa de uma atitude predatória, que nos faz
sentir como soberanos do planeta e dos seus recursos e nos autoriza a um uso
irresponsável dos bens que Deus nos deu. Hoje, essas feridas se manifestam
dramaticamente em uma crise ecológica sem precedentes, que afeta o solo, o ar,
a água e, em geral, o ecossistema em que os seres humanos vivem.”
O apelo renovado do Papa
“Precisamos, portanto, de uma nova
abordagem ecológica”, insiste Francisco na mensagem em vídeo, que seja
direcionada à ecologia humana integral para envolver tanto questões ambientais
como o homem na sua totalidade. Essa é a nossa grande responsabilidade diante
das futuras gerações, conclui o Papa com um forte apelo e reflexão:
“Que mundo queremos deixar às nossas crianças e aos nossos jovens? O nosso egoísmo, a nossa indiferença e os nossos estilos irresponsáveis estão ameaçando o futuro dos nossos jovens! Assim, renovo o meu apelo: cuidemos da nossa mãe Terra, superemos a tentação do egoísmo que nos faz predadores de recursos, cultivemos o respeito pelos dons da Terra e da criação, inauguremos um estilo de vida e uma sociedade finalmente ecossustentável: temos a oportunidade de preparar um amanhã melhor para todos. Das mãos de Deus recebemos um jardim; aos nossos filhos não podemos deixar um deserto.”
Andressa Collet
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