viver a unidade, mesmo na diferença
Francisco, na alocução que precedeu a
oração mariana do Angelus, refletiu sobre a unidade invocada por Jesus que não
pode ser ignorada: "a beleza do Evangelho requer ser vivida e testemunhada
em harmonia entre nós, que somos tão diferentes!". E essa unidade, esse
mistério imenso revelado pelo próprio Jesus, acrescentou o Pontífice, "não
é uma atitude, uma forma de dizer", mas "é essencial porque nasce do
amor" de Deus que, "embora seja um e único, não é solidão, mas
comunhão".
Num domingo (30) de tempo instável na
Cidade do Vaticano, diferente dos dias quentes e anteriores de primavera na
Europa, o Papa Francisco aqueceu os corações dos fiéis no Angelus ao refletir a
liturgia do dia em que se celebra a Santíssima Trindade, "o mistério de um
único Deus, e esse Deus é: o Pai e o Filho e o Espírito Santo, três
pessoas". O Pontífice disse que pode ser difícil de entender, mas "é
um só deus e três pessoas", um mistério revelado pelo próprio Jesus
Cristo:
Hoje paramos para celebrar esse mistério,
porque as Pessoas não são adjetivações de Deus, não. São pessoas, reais,
diversas, diferentes. Não são - como dizia aquele filósofo - 'emanações de
Deus', não, não! São pessoas. Há o Pai, a quem rezo com o Pai Nosso, que me deu
a redenção, a justificação; há o Espírito Santo que habita em nós e que habita
na Igreja.
Esse é um grande mistério que fala "ao
nosso coração", insistiu o Papa, porque o encontramos incluído na
expressão de São João que resume toda revelação: "Deus é amor". Um
mistério que deve ser vivido por nós, fortalecendo a nossa comunhão com o
Senhor e com as pessoas com as quais convivemos, não só através das palavras,
mas com a força da unidade e do amor:
“E, na medida em que é amor, Deus, embora
seja um e único, não é solidão, mas comunhão, entre o Pai, o Filho e o Espírito
Santo. Porque o amor é essencialmente dom de si e, na sua realidade original e
infinita, é Pai que se entrega gerando o Filho, que por sua vez se entrega ao
Pai, e o seu amor recíproco é o Espírito Santo, vínculo da sua unidade.”
A unidade ao cristão que nasce do amor
O Papa, assim, refletiu sobre a importância
deste Domingo da Santíssima Trindade nos encorajando a "contemplar esse
maravilhoso mistério de amor e de luz", sem ignorar a unidade invocada por
Jesus: "a beleza do Evangelho requer ser vivida - a unidade - e
testemunhada em harmonia entre nós, que somos tão diferentes!".
“E essa unidade, eu ouso dizer, é essencial
para o cristão: não é uma atitude, uma forma de dizer, não. É essencial, porque
é a unidade que nasce do amor, da misericórdia de Deus, da justificação de
Jesus Cristo e da presença do Espírito Santo nos nossos corações.”
Andressa Collet
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