quarta-feira, 25 de março de 2020

O Papa reza pelas irmãs
que se arriscam e dão a vida para assistir os doentes
Na Missa na Casa Santa Marta esta quarta-feira (25/03), Francisco dirigiu a sua oração pelas religiosas que estão ao lado dos doentes e dos pobres, recordando em particular as Filhas da caridade de São Vicente de Paulo que há 98 anos administram um dispensário no Vaticano para as famílias necessitadas.
Vatican News - O Papa presidiu a Missa na manhã desta quarta-feira (25/03) na Casa Santa Marta, na solenidade da Anunciação do Senhor, que recorda a Encarnação de Deus. Introduzindo a celebração, o Papa rezou pelas irmãs vicentinas que administram um dispensário no Vaticano para os pobres, e por todas as irmãs que cuidam dos doentes, em particular neste período caracterizado pela pandemia do coronavírus:
Hoje, festa da Encarnação do Senhor, as irmãs Filhas da caridade de São Vicente de Paulo, que há 98 anos dirigem, prestam serviço no dispensário de Santa Marta, estão aqui na Missa, renovam os votos junto com suas coirmãs em todas as partes do mundo. Gostaria de oferecer a Missa hoje por elas, pela Congregação que trabalha sempre com os doentes, os mais pobres, como aqui há 98 anos, e por todas as irmãs que estão trabalhando neste momento cuidando dos doentes e também arriscando a vida e dando a vida.
Na homilia deixou espaço para o grande Mistério da Encarnação relendo o Evangelho de São Lucas proposto por esta Solenidade (Lc 1,26-38). A seguir, as palavras do Papa e o trecho evangélico hodierno:
O evangelista Lucas poderia conhecer isto somente do relato de Nossa Senhora. Ouvindo Lucas, ouvimos Nossa Senhora que narra este mistério. Estamos diante do mistério. Talvez o melhor que possamos fazer agora seja reler esta passagem, pensando que foi Nossa Senhora quem o contou:
Naquele tempo, "no sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem, prometida em casamento a um homem que se chamava José, da casa de Davi e o nome da virgem era Maria". Entrando, o anjo disse-lhe: "Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo". Perturbou-se ela com estas palavras e pôs-se a pensar no que significaria semelhante saudação. O anjo disse-lhe: "Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim". Maria perguntou ao anjo: "Como se fará isso, pois não conheço homem?" Respondeu-lhe o anjo: "O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o menino que vai nascer de ti será chamado Santo, Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta, até ela concebeu um filho na sua velhice; e já está no sexto mês aquela que é tida por estéril, porque a Deus nenhuma coisa é impossível". Então disse Maria: "Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra". E o anjo afastou-se dela.
Este é o mistério.
O Santo Padre terminou a celebração com a adoração e a bênção eucarística, convidando a fazer a Comunhão espiritual. A seguir, a oração recitada pelo Papa:
Aos vossos pés, ó meu Jesus, me prostro e vos ofereço o arrependimento do meu coração contrito que mergulha no vosso e na Vossa santa presença. Eu vos adoro no Sacramento do vosso amor, desejo receber-vos na pobre morada que meu coração vos oferece. À espera da felicidade da comunhão sacramental, quero possuir-vos em Espírito. Vinde a mim, ó meu Jesus, que eu venha a vós. Que o vosso amor possa inflamar todo o meu ser, para a vida e para a morte. Creio em Vós, espero em Vós, Vos amo. Assim seja.
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Assista:
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Papa Francisco:
A defesa da vida não é ideologia, é uma realidade humana
O Pontífice deu uma pausa nas catequeses sobre as bem-aventuranças para recordar neste dia 25 a Solenidade da Anunciação do Senhor e os 25 anos da Encíclica Evangelium vitae, de São João Paulo II.
Bianca Fraccalvieri – Cidade do Vaticano - “O Evangelho da vida” este foi o sugestivo título da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral desta quarta-feira (25/03).
Realizada mais uma vez na “modalidade coronavírus”, na Biblioteca Apostólica, o Pontífice deu uma pausa nas catequeses sobre as bem-aventuranças para recordar neste dia 25 a Solenidade da Anunciação do Senhor e os 25 anos da Encíclica Evangelium vitae, de São João Paulo II.
Contexto de pandemia que ameaça a vida
“O elo entre a Anunciação e o ‘Evangelho da vida’ é íntimo e profundo, como destacou São João Paulo II na Encíclica”, ressaltou o Papa. E hoje, “nos encontramos a relançar este ensinamento no contexto de uma pandemia que ameaça a vida humana e a economia mundial”.
Como todo anúncio evangélico, prosseguiu o Pontífice, também este deve ser, antes de tudo, testemunhado.
“E penso com gratidão ao testemunho silencioso de tantas pessoas que, de várias maneiras, estão se sacrificando a serviço dos doentes, dos idosos, de quem é só e mais indigente. Colocam em prática o Evangelho da vida, como Maria que, ao acolher o anúncio do anjo, foi ajudar a prima Isabel.”
A ameaça à vida repercute no coração da Igreja, não é ideologia
A vida que somos chamados a promover e defender não é um conceito abstrato, salientou o Papa, mas se manifesta sempre numa pessoa em carne e osso. E toda ameaça à dignidade e à vida humanas repercute no coração da Igreja, nas suas “vísceras” maternas.
“A defesa da vida para a Igreja não é uma ideologia, mas uma realidade humana. Envolve todos os cristãos. Porque são cristãos, são humanos. Não é uma ideologia.”
E as ameaças existem, desde novas formas de escravidão às legislações que nem sempre tutelam a vida mais vulnerável. “A mensagem da Encíclica Evangelium vitae, portanto, é mais do que nunca atual”, disse Francisco.
Para além das emergências, como esta que estamos vivendo, se trata de agir no plano cultural e educativo para transmitir às futuras gerações a atitude da solidariedade, do cuidado e do acolhimento.
“Queridos irmãos e irmãs, toda vida humana, única e irrepetível, constitui um valor inestimável. Isto deve ser anunciado sempre novamente, com a coragem da palavra e a coragem das ações.”
Francisco então concluiu com o apelo feito pelo santo polonês 25 anos atrás:
“Respeita, defende, ama e serve a vida, cada vida humana! Unicamente por esta estrada, encontrarás justiça, progresso, verdadeira liberdade, paz e felicidade!”
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Assista:
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O Papa reza o Pai-Nosso
implorando misericórdia pela humanidade provada
Ao meio-dia, os cristãos do mundo se uniram a Francisco para rezar a oração por excelência. O Papa implora misericórdia para que termine este tempo de provação.
Cidade do Vaticano - O Papa Francisco rezou a oração do Pai-Nosso, da Biblioteca Apostólica, no Vaticano, ao meio-dia, hora local, desta quarta-feira (25/03), Solenidade da Anunciação do Senhor.
Entre o medo e a ansiedade do mundo ameaçado pela pandemia de coronavírus, ressoa o Pai-Nosso, a oração que Jesus nos ensinou, fonte perene de esperança e fonte de unidade ente os cristãos. A voz do Papa Francisco, que invoca o Senhor para acabar com a pandemia, contém a oração de um povo ferido, mas unido em oração e com o olhar voltado para o Pai.
O Pontífice, que no final da Audiência Geral desta quarta-feira, renovou o apelo a todos os cristãos a fim de invocar o Deus Onipotente, tinha convidado no Angelus do último domingo, todos os líderes de Igrejas e comunidades cristãs a se unirem a esta oração. Uma oração comovente em que a voz comunitária do “nós”, e não a voz individual do “eu”, se eleva ao céu.
Antes da oração do Pai-Nosso, Francisco proferiu as seguintes palavras:
Queridos irmãos e irmãs,
hoje, marcamos um encontro, todos os cristãos do mundo, a fim de rezar juntos o Pai-Nosso, a oração que Jesus nos ensinou.
Como filhos confiantes, nos voltamos para o Pai. Fazemos isso todos os dias, várias vezes ao dia, mas agora queremos implorar misericórdia pela humanidade provada duramente pela pandemia de coronavírus. E fazemos isso juntos, cristãos de todas as Igrejas e comunidades, de todas as idades, línguas e nações.
Rezemos pelos doentes e suas famílias, pelos profissionais de saúde e aqueles que os ajudam, pelas autoridades, pelos policiais e voluntários, e pelos ministros de nossas comunidades.
Hoje, muitos de nós celebram a Encarnação do Verbo no ventre da Virgem Maria, quando em seu “Eis-me aqui”, humilde e total, refletiu-se o “Eis-me aqui” do Filho de Deus. Nós também nos entregamos com total confiança às mãos de Deus e num só coração e numa só alma rezemos:
“Pai-Nosso que estais nos céus,
santificado seja o vosso Nome,
venha a nós o vosso Reino,
seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje,
perdoai-nos as nossas ofensas
assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido,
e não nos deixeis cair em tentação,
mas livrai-nos do Mal.”

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Assista:
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