quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Vale o questionamento:

Dulce dos Pobres é Santa. Por que não você também?

No dia 13 de outubro, na Praça de São Pedro, no Vaticano, o Papa Francisco proclamou oficialmente santas cinco pessoas, entre elas a primeira do Brasil, Santa Dulce dos Pobres. Maria Rita, seu nome civil, de família de classe média, pequena estatura, fisicamente frágil, nas três últimas décadas de vida, tinha apenas trinta por cento de capacidade respiratória. Mesmo assim construiu e manteve uma das maiores e mais respeitadas instituições filantrópicas do país, que atende anualmente três milhões e quinhentas mil pessoas, testemunho vivo de amor aos pobres e doentes.
Maria Rita não se acomodou às boas condições sociais e financeiras de sua família; abraçou a causa dos pobres e doentes e, no amor a Deus e ao próximo, construiu seu caminho de santidade. Já religiosa da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, durante dez anos peregrinou com seus doentes pelas ruas de Salvador à procura de abrigo para tratá-los até edificar, a partir de um galinheiro, onde improvisou uma enfermaria para seus enfermos, um dos maiores hospitais da Bahia. Nunca se deixou abater pelo desânimo. Sua inabalável fé em Deus e o amor aos pequenos e excluídos foram suporte em sua desafiadora e bela trajetória de santidade.
O “Anjo Bom da Bahia”, como era carinhosamente chamada, é hoje Santa Dulce dos Pobres, modelo de cristã, modelo de católica para todos nós. Antes de abraçar a vida religiosa, já abraçara a vocação à santidade, que também é a vocação primeira e permanente proposta a você, a mim e a todos os filhos e filhas de Deus. Se a humilde e frágil freirinha de Salvador é hoje santa, por que você não pode e deve ser santo (a)? Por que nós não podemos e devemos ser santos?
A santidade não nasce de nossos méritos e sim do amor e da graça de Deus, que nos quer felizes, que nos quer santos. É na resposta generosa ao chamado de amor que Ele nos propõe que se encontra o ponto de partida para a santidade nos diferentes estados de vida. Pais e mães são chamados e devem ser santos, sacerdotes e religiosos são chamados e devem ser santos, cristãos leigos e leigas são chamados e devem ser santos. O mundo está carente de santos do dia a dia, da simplicidade de vida, de santos nos postos de governo, na política, nas fábricas e nas ruas, em todos os setores da sociedade enfim.
Santa Dulce dos Pobres e milhares de outros santos, canonizados ou anônimos, percorreram caminhos muito semelhantes aos nossos, foram pessoas como nós, virtuosas e pecadoras, e chegaram à santidade por meio da doação diária de sua vida a familiares, vizinhos, conhecidos e desconhecidos. O “Anjo Bom da Bahia”, Dulce dos Pobres é hoje Santa. Por que não você também?
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Luiz Gonzaga da Rosa
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