sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Leituras do 34º Domingo do Tempo Comum

Solenidade de Cristo, Rei do Universo


1ª Leitura: Pr 31,10-13.19-20.30-31
Profecia de Ezequiel:
Assim diz o Senhor Deus: “Vede! Eu mesmo vou procurar minhas ovelhas e tomar conta delas. Como o pastor toma conta do rebanho, de dia, quando se encontra no meio das ovelhas dispersas, assim vou cuidar de minhas ovelhas e vou resgatá-las de todos os lugares em que foram dispersadas num dia de nuvens e escuridão.
Eu mesmo vou apascentar as minhas ovelhas e fazê-las repousar - oráculo do Senhor Deus - Vou procurar a ovelha perdida, reconduzir a extraviada, enfaixar a da perna quebrada, fortalecer a doente, e vigiar a ovelha gorda e forte. Vou apascentá-las conforme o direito. Quanto a vós, minhas ovelhas - assim diz o Senhor Deus -, eu farei justiça entre uma ovelha e outra, entre carneiros e bodes”.
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Salmo: 22
O Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa alguma.
O Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa alguma.
Pelos prados e campinas verdejantes ele me leva a descansar. Pelas águas repousantes me encaminha, e restaura as minhas forças.
- Preparais à minha frente uma mesa, bem à vista do inimigo, e com óleo vós ungis minha cabeça; o meu cálice transborda.
- Felicidade e todo bem hão de seguir-me por toda a minha vida; e, na casa do Senhor, habitarei pelos tempos infinitos.
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2ª Leitura: 1Ts 5,1-6
Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses:
Quanto ao tempo e à hora, meus irmãos, não há por que vos escrever. Vós mesmos sabeis perfeitamente que o dia do Senhor virá como ladrão, de noite. Quando as pessoas disserem: “Paz e segurança!”, então de repente sobrevirá a destruição, como as dores de parto sobre a mulher grávida. E não poderão escapar.
Mas vós, meus irmãos, não estais nas trevas, de modo que esse dia vos surpreenda como um ladrão. Todos vós sois filhos da luz e filhos do dia. Não somos da noite, nem das trevas. Portanto, não durmamos, como os outros, mas sejamos vigilantes e sóbrios.
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Evangelho:  Mt 25,14-30
Evangelho de São Mateus:
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Quando o Filho do Homem vier em sua glória, acompanhado de todos os anjos, então se assentará em seu trono glorioso.
Todos os povos da terra serão reunidos diante dele, e ele separará uns dos outros, assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. E colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda.
Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Vinde, benditos de meu Pai! Recebei como herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo! Pois eu estava com fome e me destes de comer; eu estava com sede e me destes de beber; eu era estrangeiro e me recebestes em casa; eu estava nu e me vestistes; eu estava doente e cuidastes de mim; eu estava na prisão e fostes me visitar’.
Então os justos lhe perguntarão: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Com sede e te demos de beber? Quando foi que te vimos como estrangeiro e te recebemos em casa, e sem roupa e te vestimos? Quando foi que te vimos doente ou preso e fomos te visitar?’
Então o Rei lhes responderá: ‘Em verdade eu vos digo que todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!’
Depois o Rei dirá aos que estiverem à sua esquerda: ‘Afastai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno, preparado para o diabo e para os seus anjos. Pois eu estava com fome e não me destes de comer; eu estava com sede e não me destes de beber; eu era estrangeiro e não me recebestes em casa; eu estava nu e não me vestistes; eu estava doente e na prisão e não me fostes visitar’.
E responderão também eles: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome, ou com sede, como estrangeiro, ou nu, doente ou preso, e não te servimos?’
Então o Rei lhes responderá: ‘Em verdade eu vos digo: todas as vezes que não fizestes isso a um desses pequeninos, foi a mim que não o fizestes!’ Portanto, estes irão para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a vida eterna”.
Reflexão:
Ter o fim diante dos olhos

Os últimos domingos do ano litúrgico nos convidam a viver com o Fim diante dos olhos. Mas, quem vive pensando no céu não arrisca esquecer a terra?
Na 2ª leitura, Paulo nos lembra o ensinamento de Cristo, dizendo que a Parusia ( a segunda vinda de Cristo; cf. dom. passado) vem de improviso, como um ladrão de noite. Por isso, devemos viver vigiando. O que esse vigiar implica aparece no evangelho, a parábola dos talentos: não enterrar nosso talento, mas fazer frutificar aquilo que Cristo nos confiou para o tempo de sua ausência física. Assim seremos semelhantes à boa dona-de-casa que cuida incansavelmente de sua família (1ª leitura).
Cristo não tem hora marcada para nos visitar; o que importa é que ele nos encontre empenhados naquilo que ele nos confiou, e consagrou com o dom da própria vida: o amor fraterno a reinar entre nós. Pois essa é a “causa” pela qual Jesus deu sua vida. Os “talentos” de que fala o evangelho – as quantias de ouro confiadas a cada um – são uma imagem da “causa” do Cristo e do Reino. Devemos fazer render, e não enterrar, a porção da obra da salvação que Cristo nos confia. Essa porção é diferente para cada um, mas sempre exige de nós uma participação ativa na obra do amor de Deus, que Jesus nos confiou. A participação permanente na obra do amor que Cristo implantou é a única preparação válida para a sua nova vinda.
Entendendo-se assim, “pensar no céu”, pensar no Cristo que vem, não vai ser causa de alienação e de desinteresse pela terra, nem fuga de responsabilidade. Pelo contrário, vai produzir uma atenção constante – o contrário daquela mentalidade de loteria dos que passam a vida sem se empenhar por nada, pretendendo “jogar na hora certa” (Será por isso que muitos querem saber a data?)
Pensar no céu com realismo é viver cada dia como se fosse o último. Cristo deve nos encontrar empenhados em sua casa, que é o amor eficaz para com os irmãos seus e nossos, filhos do mesmo Pai. Então, cada momento recebe um valor de eternidade. Quem sabe, haverá por aí uma saída para um problema que ataca a muitos em nosso tempo: o sem-sentido da vida?
                    Do livro “Liturgia Dominical”, de Johan Konings, SJ, Editora Vozes
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                                        Reflexão e Ilustração: franciscanos.org.br  Banner: cnbb.org.br

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