sábado, 7 de dezembro de 2013

Sábado no Vaticano

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Papa Francisco: 
"Para anunciar Cristo, internet não basta. Anúncio requer relações humanas diretas"

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu esta manhã, no Vaticano, os participantes da Plenária do Pontifício Conselho para os Leigos, que se reuniram por três dias para debater o tema “Anunciar Cristo na era digital”.
Por relações humanas diretas e autênticas
Em seu discurso, o Pontífice usou uma expressão utilizada por João Paulo II, de que “chegou a hora do laicato”, e recordou alguns eventos organizados pelo Dicastério nos últimos meses cujos protagonistas foram os leigos. Entre eles, citou o seminário sobre os 25 anos da Encíclica Mulieris dignitatem, lembrando que a mulher se encontra na linha de frente na batalha pela proteção do humano na crise cultural do nosso tempo, e a Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro, que definiu como “uma verdadeira festa da fé”.
O tema debatido na Plenária, a era digital, disse o Papa, é um campo privilegiado para a ação dos jovens, para os quais a rede é, por assim dizer, conatural. A Internet é uma realidade difundida, complexa e em contínua evolução, e o seu desenvolvimento repropõe a questão sempre atual da relação entre a fé e a cultura”. 
Entre as oportunidades que a rede oferece, afirmou o Pontífice, devemos fazer como pede São Paulo: “Discerni tudo e ficai com o que é bom”, cientes de que, certamente, “encontraremos moedas falsas, ilusões perigosas e ciladas e evitar. Mas, guiados pelo Espírito Santo, descobriremos também preciosas oportunidades para conduzir os homens à face luminosa do Senhor”.
Para Francisco, entre as possibilidades oferecidas pela comunicação digital, a mais importante diz respeito ao anúncio do Evangelho. Não se trata somente de adquirir competências tecnológicas, mas antes de tudo encontrar mulheres e homens reais, muitas vezes feridos ou perdidos, para oferecer a eles verdadeiras razões de esperança.
“A internet não basta, a tecnologia não é suficiente”, afirmou, recordando que o anúncio requer relações humanas autênticas e diretas. 
Todavia, a presença da Igreja na rede não é inútil, pelo contrário, é indispensável estar presente, sempre com estilo evangélico, para indicar o caminho que leva Àquele que é a resposta. E concluiu:
“A Igreja está sempre em caminho, em busca de novas vias para o anúncio do Evangelho. A contribuição e o testemunho dos leigos se demonstram sempre mais indispensáveis.”
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Mensagem para o Dia Mundial do Enfermo:

Encorajamento aos doentes e aos seus assistentes

Foi publicada, neste sábado, a Mensagem do Papa Francisco para o XXII Dia Mundial do Enfermo, que se celebra no dia 11 de fevereiro de 2014, festa de Nossa Senhora de Lurdes.
Ternura com os doentes
Partindo do tema central do Dia Mundial do Enfermo “Fé e caridade: também nós devemos dar a vida pelos irmãos”, o Santo Padre se dirige, de modo particular, às pessoas doentes e a todos aqueles que lhes prestam assistência e cuidados.
A eles o Papa diz: “A Igreja reconhece em vocês, queridos doentes, uma especial presença de Cristo sofredor. O sofrimento de Jesus acompanha o nosso sofrimento; ele carrega conosco o seu peso e revela o seu sentido. Quando o Filho de Deus assumiu a Cruz, destruiu a solidão do sofrimento e iluminou a sua obscuridade”. 
“Desta forma, continua a Mensagem, encontramo-nos diante do mistério do amor de Deus por nós, que nos infunde esperança e coragem: esperança, porque no desígnio do amor de Deus, também a obscuridade da dor se abre à luz pascal; coragem, para que possamos enfrentar toda adversidade em sua companhia, unidos a Ele”.
O Filho de Deus feito Homem não eliminou a doença e o sofrimento da experiência humana. Pelo contrário, as assumiu, as transformou e as redimensionou. Quando nos aproximamos com ternura daqueles que precisam de cuidados, levamos a esperança e o sorriso de Deus. Quando a dedicação generosa aos outros se torna estilo próprio das nossas ações, abrimos alas ao Coração de Cristo e contribuímos para o Reino de Deus.
Olhar para o outro com misericórdia e amor
Para crescer na ternura e na caridade respeitosa e delicada, afirma o Santo Padre, precisamos de um modelo cristão, ao qual dirigir o nosso olhar: é a Mãe de Jesus e nossa Mãe, sempre atenta à voz de Deus e às necessidades e dificuldades dos seus filhos. 
Maria, impelida pela misericórdia divina, vai ajudar a sua prima Isabel; intercede, junto ao seu Filho, nas Núpcias de Cana; carrega consigo as palavras do velho Simeão que “uma espada iria transpassar o seu coração”; permanece, com coragem, aos pés da Cruz de Jesus. Ela é a Mãe de todos os doentes e sofredores!
Quem está aos pés da Cruz, como Maria, aprende a amar como Jesus. A Cruz de Cristo nos convida a nos deixar contagiar pelo seu amor, nos ensina a olhar sempre para o outro com misericórdia e amor, sobretudo quem sofre e precisa de ajuda.
Por isso, o Santo Padre confia o próximo Dia Mundial do Enfermo à intercessão de Maria, para que ajude os enfermos a viver o seu sofrimento em comunhão com Jesus; ajude aqueles que lhes prestam assistência, os agentes da saúde e os voluntários. (MT)
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A defesa da dignidade humana em primeiro lugar 

Papa Francisco recebeu, no final da manhã deste sábado, na Sala Clementina do Vaticano, uma delegação de cerca de 200 pessoas do Instituto “Dignitatis Humanae”, acompanhados pelo Cardeal Renato Raffaele Martino, que lhe fez uma saudação, em nome dos presentes.
A dignidade humana está acima das ideologias
Em seu pronunciamento, o Bispo de Roma destacou o objetivo do Instituto: “Promover a dignidade humana com base na verdade fundamental de que o homem é criado à imagem e semelhança de Deus. Logo, uma dignidade original e insuprível de cada homem e mulher, que não pode ser submetida a nenhum poder ou ideologia”.
Neste sentido, o Pontífice frisou que “na nossa época, tão rica de conquistas e esperanças, não faltam poderes e forças que acabam produzindo uma “cultura do descartável”, que tende a se tornar mentalidade comum”. E o Papa acrescentou:
“As vítimas de tal cultura são os seres humanos mais fracos e frágeis – os nascituros, os pobres, os idosos doentes, os portadores de deficiência – que correm o risco de ser excluídos e expulsos de uma engrenagem que deveria ser eficiente a todo custo. Este falso modelo de homem e de sociedade prega um ateísmo prático, que nega a Palavra de Deus: ‘Façamos o homem à nossa imagem e semelhança’.”
Dignidade: raiz da liberdade e da justiça
O Papa exortou os presentes, dizendo que “a Doutrina Social da Igreja, com a sua visão integral do homem, como ser pessoal e social, deve ser a bússola de todos. Tal Doutrina contém o fruto, particularmente significativo, do longo caminho do Povo de Deus na história moderna e contemporânea; contém a defesa da liberdade religiosa, da vida em todas as suas fases, do direito ao trabalho decente, da família, da educação. E o Pontífice concluiu:
“Sejam bem vindas todas aquelas iniciativas como a de vocês, que tendem a ajudar as pessoas, as comunidades e as instituições a redescobrir o alcance ético e social do princípio da dignidade humana, raiz da liberdade e da justiça”.
Mas, para que isso se torne realidade, explicou o Papa, é preciso uma obra de sensibilização e de formação, para que os fiéis leigos, especialmente os que trabalham em campo político, saibam agir, segundo o Evangelho e a Doutrina Social da Igreja; porém, o façam com coerência, dialogando e colaborando com aqueles que, com sinceridade e honestidade intelectual, compartilham pelo menos da visão do homem e da sociedade, com suas consequências éticas. (MT)
                                                                                                 Fonte: radiovaticana.va
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