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Papa Francisco em mensagem:
Papa Francisco em mensagem:
"Exemplo de Mandela inspire as novas gerações"
O Papa Francisco escreveu na manhã desta sexta-feira, 06, ao Presidente da República Sul-Africana, Jacob Zuma, uma mensagem expressando seu pesar pela morte do líder e símbolo da luta anti-racista Nelson Mandela.
“Soube com tristeza da morte do ex-Pesidente Nelson Mandela e envio minhas preces e condolências à família Mandela, aos membros do Governo e a todo o povo da África do Sul. Encomendando a alma do falecido às infinitas bênçãos de Deus, peço ao Senhor que console e apóie todos os que choram por esta perda. Louvo o firme compromisso demonstrado por Nelson Mandela ao promover a dignidade humana de todos os cidadãos da nação e forjar uma nova África do Sul, construída sobre os alicerces firmes da não-violência, da reconciliação e da verdade. Rezo para que o exemplo do ex-Presidente inspire as gerações da África do Sul a colocar a justiça e o bem comum no topo de suas aspirações políticas. Com estes sentimentos, invoco sobre todos os povos da África do Sul os dons divinos da paz e prosperidade”.
FRANCISCUS PP. (CM)
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Na missa:
"Rezar com insistência"
Como todas as manhãs, o Papa Francisco celebrou Missa, na Capela Santa Marta, no Vaticano, durante a qual meditou, em sua homilia, sobre “a oração insistente”.
O Santo Padre
partiu da narração evangélica dos “Cegos de Jericó”, que gritam ao Senhor para ser
curados e exortou “a rezar com insistência, cientes de que Deus nos escuta”. A
oração cristã representa as nossas necessidades, mas, ao mesmo tempo, a certeza
de que Deus atende o nosso pedido, segundo seus tempos e modos. Quem reza sabe
que não perturba a Deus, pelo contrário, o faz com confiança.
Como os cegos de
Jericó, devemos gritar a Jesus, sem temer de incomodá-lo, para que venha ao
nosso socorro; é “bater à porta”, com confiança e fé, para que nos seja aberta,
na esperança de sermos atendidos. E o Papa perguntou: será que Jesus nos pode
curar? E respondeu:
“Ele pode
fazê-lo, mas quando o fará, não podemos saber. Eis a segurança da oração: a
necessidade de pedirmos com sinceridade ao Senhor, como um cego, que tem
necessidade e está enfermo. Deus sabe o que precisamos, mas vê também o modo
como lhe pedimos: com confiança, convicção e certeza, cientes de que Ele pode
fazer tudo”. (MT)
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Aos teólogos:
"Estar perto dos pobres torna mais inteligente e
sábio"
“Deus não é uma ameaça para o homem!”, disse o Papa
Francisco recebendo, esta manhã, no Vaticano, os membros da Comissão Teológica
Internacional, que encerram esta sexta-feira sua Sessão Plenária.
Em seu discurso,
o Pontífice definiu os teólogos como “pioneiros” do diálogo da Igreja com as culturas,
já que a missão deles é ouvir, discernir e interpretar as várias linguagens do
nosso tempo e julgá-las à luz da Palavra de Deus, para que a verdade revelada
seja compreendida sempre mais profundamente.
Comentando o
tema debatido pela Plenária, ou seja, a relação entre monoteísmo e violência, o
Papa reiterou que a Revelação de Deus constitui realmente uma Boa Nova para
todos os homens.
“Deus não é uma
ameaça para o homem! A fé no Deus uno e três vezes santo não é e jamais pode
ser geradora de violência e de intolerância. Pelo contrário, o seu caráter
altamente racional lhe confere uma dimensão universal, capaz de unir os homens
de boa vontade. Por outro lado, a Revelação definitiva de Deus em Jesus Cristo
torna impossível recorrer a qualquer violência ‘em nome de Deus’.”
A paz, disse
ainda Francisco, está no centro da doutrina social da Igreja, que tem a
finalidade de traduzir na concretude da vida social o amor de Deus pelo homem,
que se manifestou em Jesus Cristo. E a Igreja é a primeira que deve viver em si
mesma esta mensagem social que oferece ao mundo, afirmou, através de relações
fraternas entre os fiéis, da autoridade como serviço, da compartilha com os
pobres.
“O teólogo,
então, deve permanecer em escuta da fé vivida dos humildes e dos pequenos, aos
quais o Pai revelou aquilo que escondeu aos doutros e aos sábios”, disse o
Papa, citando Bento XVI.
Por isso,
prosseguiu o Pontífice, a missão do teólogo é ao mesmo tempo fascinante e de
risco. É fascinante porque a busca e o ensinamento da Teologia podem se tornar
um verdadeiro caminho de santidade. Mas é de risco porque comporta tentações: a
aridez do coração, o orgulho e até mesmo a ambição.
“Aproximar-se
dos pequenos e dos pobres ajuda a se torna mais inteligente e mais sábio. Não
se trata de propaganda jesuítica, mas penso em Santo Inácio de Loyola, que aos
professos pedia o voto de ensinar catequese às crianças para entender melhor a
sabedoria de Deus”, disse o Papa, que concluiu:
“Que Nossa
Senhora permita a todos os teólogos e teólogas crescer no espírito de oração e
devoção e, assim, com profundo sentido de humildade, serem verdadeiros
servidores da Igreja.” (BF)
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Pregação de
Advento ao Papa e à Cúria Romana:
"Francisco de Assis e a reforma da
Igreja"
O Santo Padre participou, na manhã desta sexta-feira, na Capela Redemptoris Mater, no Vaticano, da primeira pregação de Advento, pronunciada pelo Padre Raniero Cantalamessa, pregador oficial da Casa Pontifícia.
Foram convidados
para a meditação, também os Cardeais, Arcebispos, Bispos, os Secretários das
Congregações, os membros da Cúria Romana e do Vicariato de Roma, Superiores
gerais e procuradores das Ordens religiosas, que fazem parte da Capela
Pontifícia.
Durante as três
primeiras sextas-feiras de Advento, em preparação ao Natal, Padre Cantalamessa,
da Ordem dos Frades Capuchinhos, escolheu meditar sobre os seguintes temas:
“Francisco de Assis e a reforma da Igreja: o caminho da santidade”, “A
humildade de Francisco de Assis: o caminho evangélico de fraternidade e de
paz”, “Com São Francisco diante do mistério da Encarnação: a pobreza de Cristo
e a de Francisco.
Na sua primeira
pregação, hoje, Padre Raniero meditou sobre o tema: “Francisco de Assis e a
reforma da Igreja: o caminho da santidade”, colocando em evidência a natureza
do retorno de Francisco de Assis ao Evangelho, ou seja, Francisco como exemplo
típico da reforma da Igreja, através do caminho de santidade.
O Frei
Capuchinho dividiu o tema desta sua primeira reflexão em quatro pontos: “a
conversão de Francisco”; “Francisco e a reforma da Igreja”; “Francisco e o
retorno ao Evangelho”; e “Como imitar Francisco”.
A “conversão de
Francisco” dependeu da sua decisão de mudar completamente de vida, a partir do
mandamento evangélico: “Ama ao próximo como a ti mesmo” e “se quiser ser
perfeito, vai e vende tudo e dá aos pobres e, depois, vem e segue-me”. Logo, o
Pobrezinho de Assis passou de uma vida de riqueza social a uma pobreza radical,
compartilhando da vida dos últimos, dos excluídos, dos aflitos e necessitados.
Ao ter optado
por Cristo, na pessoa dos pobres, Francisco reuniu alguns companheiros, com os
quais procurou “reformar a Igreja”, a partir do seu aspecto institucional: “Vai
e constrói a minha Igreja, que está em ruína”. Ele, então, começou com a
reconstrução material da igrejinha de São Damião. Mas, Deus queria dele uma
reforma, no sentido mais profundo e institucional, mediante o caminho da
santidade.
Desta forma,
Francisco de Assis levou a sério o Evangelho: “Vá anunciar a todos o Reino de
Deus e curar os doentes... sem levar nada consigo”. Logo, um “retorno simples
e radical ao Evangelho”, pregado pelo próprio Jesus: restabelecer a forma
e o estilo de vida de Jesus e dos Apóstolos no mundo. Eis o verdadeiro programa
de Francisco para renovar o rosto da Igreja, através da santidade e da
penitência.
Por fim, Padre
Raniero Cantalamessa apresentou, para a reflexão do Papa e da Cúria Romana, um
último ponto: “Como imitar Francisco” em nossos dias. Para uma verdadeira
reforma da Igreja, o pregador sugeriu começar por uma “conversão pessoal,
renegando-se a si mesmo e seguindo a Cristo”. Para atingir a alegria e a paz da
vida cristã, no seio da Igreja e no mundo, concluiu o Capuchinho, é preciso
dizer: “Não sou mais eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim!”. (MT)
Fonte: radiovaticana.va news.va
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