Missa da Noite - 24 de dezembro
1ª Leitura: 1Sm 7, 1-5.8b-12.14a.16 Salmo: 88(89)
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Evangelho: Lc 1,67-79
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Zacarias, seu pai, cheio do Espírito Santo, profetizou dizendo:
“Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e libertou o seu povo.
Ele fez surgir para nós um poderoso salvador na casa de Davi, seu servo, assim
como tinha prometido desde os tempos antigos, pela boca dos seus santos
profetas: de salvar-nos dos nossos inimigos e da mão de quantos nos odeiam. Ele
foi misericordioso com nossos pais: recordou-se de sua santa aliança, e do
juramento que fez a nosso pai Abraão, de nos conceder que, sem medo e livres
dos inimigos, nós o sirvamos, com santidade e justiça, em sua presença, todos
os dias de nossa vida. E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque
irás à frente do Senhor, preparando os seus caminhos, dando a conhecer a seu
povo a salvação, com o perdão dos pecados, graças ao coração misericordioso de
nosso Deus, que envia o sol nascente do alto para nos visitar, para iluminar os
que estão nas trevas, na sombra da morte, e dirigir nossos passos no caminho da
paz”.
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Missa do Natal - 25 de dezembro
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Evangelho: Jo 1,1-18
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"E a Palavra se fez carne e habitou entre nós" |
"No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus; e a Palavra era Deus. No princípio estava ela com Deus. Tudo foi feito por ela e sem ela nada se fez de tudo que foi feito. Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la. Surgiu um homem enviado por Deus; Seu nome era João. Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz: daquele que era a luz de verdade, que, vindo ao mundo, ilumina todo ser humano. A Palavra estava no mundo - e o mundo foi feito por meio dela - mas o mundo não quis conhecê-la. Veio para o que era seu, e os seus não a acolheram. Mas, a todos que a receberam, deu-lhes capacidade de se tornarem filhos de Deus, isto é, aos que acreditam em seu nome, pois estes não nasceram do sangue nem da vontade da carne nem da vontade do varão, mas de Deus mesmo. E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como filho unigênito, cheio de graça e de verdade. Dele, João dá testemunho, clamando: 'Este é aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim passou à minha frente, porque ele existia antes de mim'. De sua plenitude todos nós recebemos graça por graça. Pois por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo. A Deus, ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer."
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Reflexão
Neste hino
utilizado por São João para começar seu evangelho, nota-se a influência de
textos do antigo testamento, tais como Pr 8, Eclo 24, Sb 7-8, que falam
de uma personificação da sabedoria. Nele são enunciados os principais aspectos
da história da nossa salvação. A força divina de luz e vida que tudo criou; o
testemunho de João, embora não fosse ele a luz; a recusa à Palavra de Deus, mas
também a acolhida daqueles que acreditaram no seu nome. O texto recebe seu
sentido máximo no versículo 14, ao anunciar a Palavra que se faz carne. O verbo
utilizado tem vários sentidos - acampar, habitar, armar sua tenda -, indicando
a nova presença de Deus junto à humanidade. Desta forma, a glória de Deus pode
ser vista e contemplada pelos novos "seus". O hino se encerra como
uma grande ação de graças da comunidade que recebeu a intimidade da revelação
de Jesus.
São João nos
ajuda, dessa forma, a contemplarmos em profundidade a festa que celebramos,
passando dos sinais sensíveis para o sentido profundo e escondido. O menino que
nasce em Belém é o verbo de Deus, a palavra de vida por quem o mundo foi
criado. Nasce para revelar a glória de Deus, fazendo com que todos participem
de sua graça e verdade. A celebração do natal mais que um evento do calendário
torna-se um caminho de intimidade para a comunidade cristã, uma nova fonte de
revelação. Ao se manifestar entre os humanos, o filho de Deus colocou a glória,
a graça e a verdade divina que ele recebeu do Pai ao nosso alcance, para que,
nascidos da natureza, possamos renascer como filhos e filhas de Deus. Os pais
da Igreja não cessam de repetir: Deus se fez humano para que a humanidade se
tornasse divina.
Hoje se renova
em nós a alegria por esta admirável troca entre o céu e a terra. Deus
entra em nossa pobre humanidade dando-lhe a plena humana em Jesus. Renova
conosco sua divina aliança para que nosso ser fragmentado se unifique e
possamos viver relações novas e construir “lares” de acolhida e comunhão. Assim
soam as palavras de São Gregório, bispo de Nazianzo, no século IV: "Por
isso, celebramos a festa, não como qualquer outro acontecimento, mas de um modo
divino. Não à maneira do mundo, mas de uma maneira diferente da do mundo. Não
como nossa festa, mas como a festa daquele que é nosso, ou melhor, como a festa
do nosso mestre. Não como a festa da doença, mas como a festa da cura. Não como
a festa na qual lembramos que Deus nos modelou, mas a festa onde lembramos que
ele nos remodelou"
Reflexão: revistadeliturgia.org.br Banner: news.va Estampa: cleofas.com.br
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