Videomensagem de
Leão XIV aos membros da província de Santo Tomás de Villanova, a maior
comunidade agostiniana nos Estados Unidos.
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Papa ladeado pelo prior provincial, padre Robert P. Hagan (direita) e do vigário geral da Ordem, padre Joseph Farrell (esquerda) |
No dia em que a Igreja celebra a memória litúrgica do Bispo de Hipona, o Papa Leão foi agraciado com a Medalha de Santo Agostinho da Província de Santo Tomás de Villanova, nos Estados Unidos. A motivação foi a sua liderança no serviço, o compromisso de toda a sua vida a favor dos pobres, o seu testemunho dos valores agostinianos e agora, como Pastor universal, pelo exemplo que oferece a todos para nos aproximar do Senhor e uns dos outros na construção da paz. Em agradecimento, o Pontífice gravou uma videomensagem aos membros de uma das comunidades agostinianas mais antigas em território estadunidense.
"Como
agostinianos, buscamos todos os dias estar à altura do exemplo do nosso pai
espiritual, Santo Agostinho. Ser reconhecido como agostiniano é uma grande
honra", afirmou o Papa, que acrescentou: "Devo muito do que sou ao
espírito e aos ensinamentos de Santo Agostinho".
Confira um trecho da videomensagem:
De modo
especial, o Pontífice ressaltou a importância da comunidade e recordou que foi
através da oração de sua mãe, Mônica, e das boas pessoas que o circundavam que
Agostinho conseguiu encontrar o caminho da paz para o seu coração irrequieto.
Ainda neste espírito comunitário, Leão XIV citou os padres Matthew Carr e John
Rossiter, cujo espírito missionário os impulsinou, no final do século XVIII, a
levar a Boa Nova do Evangelho no serviço aos imigrantes irlandeses e alemães,
em busca de uma vida melhor e de tolerância religiosa.
"Ainda hoje
somos chamados a levar adiante esta herança de serviço amoroso a todo o povo de
Deus. No Evangelho, Jesus nos recorda de amar o próximo e isso nos desafia,
agora mais do que nunca, a nos recordar de ver hoje o próximo com os olhos de
Cristo."
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Medalha recebida pelo Papa |
A paz, disse
ainda o Papa, começa com aquilo que dizemos e fazemos e como o dizemos e
fazemos. Antes de falar, dizia Santo Agostinho, devemos ouvir e, "como
Igreja sinodal somos encorajados a nos empenhar novamente na arte de ouvir
através da oração, do silêncio, do discernimento e da reflexão".
"Temos a oportunidade e a responsabilidade de ouvir o Espírito Santo, de
ouvir uns aos outros, de ouvir a voz dos pobres e das pessoas marginalizadas. É
em nossos corações que Deus nos fala", recordou o Pontífice.
O Bispo de
Hipona recomendava ainda que, para além da escuta, era preciso ter a
"atenção do coração". Num mundo repleto de ruídos, há mensagens que
alimentam nossa inquietação e roubam a nossa alegria. Para Leão, é preciso
filtrar o ruído e abrir nossas mentes e corações a Deus e ao seu amor.
"Que
possamos continuar a reforçar a nossa missão comum, como Igreja e comunidade,
de promover a paz, viver na esperança e refletir a luz e o amor de Deus no
mundo", concluiu o Papa, agradecendo mais uma vez pela Medalha
recebida.
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