a salvação passa pelas escolhas difíceis e impopulares
O Papa Leão XIV
no Angelus deste domingo (24/08): as palavras de Jesus “servem, antes de mais
nada, para abalar a presunção daqueles que pensam que já estão salvos, daqueles
que praticam a religião e, por isso, se sentem tranquilos”.
“Ao mesmo tempo
que nós, às vezes, julgamos quem está longe da fé, Jesus põe em crise “a
segurança dos crentes”. Foi o que destacou o Papa Leão XIV ao introduzir o
Angelus deste domingo (24/08) e comentar a imagem do Evangelho da “porta
estreita”, usada por Jesus para responder a alguém que lhe perguntou se são
poucos os que se salvam.
"Com efeito, diz-nos que não basta professar a fé com palavras, comer e beber com Ele celebrando a Eucaristia ou conhecer bem os ensinamentos cristãos. A nossa fé é autêntica quando envolve toda a nossa vida, quando se torna um critério para as nossas escolhas, quando nos torna mulheres e homens que se comprometem com o bem e apostam no amor, tal como fez Jesus".
O Senhor não
quer, certamente, desanimar-nos, disse o Papa. “As suas palavras servem,
antes de mais nada, para abalar a presunção daqueles que pensam que já estão
salvos, daqueles que praticam a religião e, por isso, se sentem tranquilos. Na
realidade, eles não compreenderam que não basta realizar atos religiosos se
estes não transformam o coração: o Senhor não quer um culto separado da vida e
não lhe são agradáveis sacrifícios e orações que não nos levam a viver o amor
aos irmãos e a praticar a justiça”.
“É bonita a
provocação que nos chega do Evangelho de hoje”, acrescentou o Papa leão.
Recordando que Jesus “não escolheu o caminho fácil do sucesso ou do poder”, mas, para nos salvar, atravessou a “porta estreita” da Cruz, o Papa salientou que Jesus é “a medida da nossa fé”, “a porta que devemos atravessar para sermos salvos, vivendo o seu mesmo amor e tornando-nos, com a nossa vida, agentes de justiça e paz”.
“Às vezes, isso
significa fazer escolhas difíceis e impopulares, lutar contra o próprio egoísmo
e gastar-se pelos outros, perseverar no bem onde parece prevalecer a lógica do
mal, e assim por diante”. Mas – continuou –, ao ultrapassar esse limiar, descobriremos
que a vida se abre diante de nós de uma maneira nova e, desde já, entraremos no
espaçoso coração de Deus e na alegria da festa eterna que Ele preparou para
nós”.
E o Santo Padre
concluiu: “Invoquemos a Virgem Maria, para que nos ajude a atravessar com
coragem a “porta estreita” do Evangelho, de modo que possamos abrir-nos com
alegria à largura do amor de Deus Pai”.
Silvonei José – Vatican News
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