quinta-feira, 1 de setembro de 2022

Retiro, elebração penitencial e procissão dos bispos ao Santuário

marcam o penúltimo dia da 59ª AG CNBB

Dom Armando Bucciol pregador do retiro aos bispos.
Foto: Victória Holsbach – Ascom 59ª AG CNBB


Na manhã desta quinta-feira, 1º de setembro, penúltimo dia da 59ª Assembleia Geral da CNBB, os bispos dedicaram-se à oração. Orientados pelo bispo da Diocese de Livramento de Nossa Senhora (BA), dom Armando Bucciol, os bispos dedicaram o tempo para fazer um retiro. O tema escolhido pelo pregador foi: “Discernimento: sentido, método, meios”.

Dom Armando Bucciol

O retiro iniciou com a oração das laudes. Em seguida, em aproximadamente 45 minutos, dom Bucciol realizou uma conferência sobre o tema proposto. O bispo discorreu sobre os três pontos essenciais do discernimento: sentido, método e meios.

Dom Bucciol recordou que o discernimento é algo que faz parte da vida cristã, especialmente para os bispos. “A cada dia, precisamos tomar decisões; nas escolhas pessoais e do ministério”, disse o bispo. Além disso, dois eventos importantes da Igreja tornam a reflexão sobre o discernimento ainda mais importantes: “A celebração do Sínodo, tempo de graça e de intenso discernimento por parte de todos os membros da nossa Igreja, e o Ano Vocacional (2023), “Vocação: Graça e Missão”, com as três palavras-chave: despertar, discernir, cultivar”.

Ao falar sobre o sentido do discernimento, o pregador recordou que é algo que não diz respeito somente à escolha vocacional ou à vida eclesial: “É algo muito abrangente e exigente. É necessário discernimento em todas as escolhas da vida: social, política, cultural, relacional.

Manhã de retiro durante a 59ª AG CNBB.
Foto: Adielson Agrelos – Ascom 59ª AG CNBB

Todos os dias, experimentamos divergências, conflitos, às vezes divisões e contraposições. O discernimento consiste nessa capacidade de analisar o que acontece, e avaliar seu sentido; para quem segue Jesus, à luz do seu ensinamento”, disse dom Bucciol.

O bispo conclui a reflexão recordando que nas Assembleias Gerais da CNBB os bispos são chamados a fazer discernimento eclesial, e afirmou viver com intensa emoção essa experiência ao ver os irmãos de tantos lugares e culturas diferentes discernindo e tomando decisões comuns, segundo o Espírito Santo.

“Peço a luz do Alto para que, nesse espírito e com disponibilidade interior, sabedoria e o dom do conselho – discernimento, vivamos esse tempo estreitando o diálogo e a comunhão eclesial, como nos pede o Sínodo. Com sábio e corajoso discernimento, possamos escutar e acolher o que o Espírito diz à Igreja toda, a nossa Assembleia Geral e as nossas Igrejas Particulares”, finalizou dom Bucciol.

Celebração Penitencial e Procissão para o Santuário

Após a conferência, aconteceu a celebração Penitencial, que foi presidida pelo arcebispo de Olinda e Recife, dom Antônio Fernando Saburido.

Os bispos fazem a experiência da confissão
sacramental uns com os outros.
Foto: Adielson Agrelos
Ascom 59ª AG CNBB

Nela, houve um momento de exame de consciência e um espaço para a confissão sacramental. No mesmo ambiente do plenário, os bispos que desejaram, fizeram a confissão uns com os outros.

Ao concluir a celebração, os bispos preparam-se para seguir em procissão até o Basílica de Nossa Senhora Aparecida. Como romeiros, em procissão, conduzidos pelos missionários redentoristas, eles carregaram o andor de Nossa Senhora Aparecida, enquanto cantavam e rezavam à Maria. Chegando no Santuário, eles passaram visitar a imagem oficial de Nossa Senhora Aparecida e então, seguiram para sacristia para preparar-se para a Missa. A celebração Eucarística foi presidida por dom Armando Bucciol, ladeado pelos bispos eméritos presentes na Assembleia.

Dom do discernimento

O arcebispo de Juiz de Fora (MG), Dom Gil Moreira, contou que o retiro é um momento muito esperado pelo episcopado em todas as Assembleias. “É um dia em que paramos só para rezar e meditar. É um dia de silencio e celebração mais intensa.

Dom Gil Moreira

Nessa assembleia, dom Armando nos fez refletir sobre o dom do discernimento, recordando que é a capacidade de discernir diante de problemas, de medidas que os bispos precisam tomar e não podem ser tomadas apenas por motivos racionais, mas precisa se inspirar em Deus, no Espírito Santo, pois é ele quem dá o dom do discernimento”, afirmou dom Gil.

Dom Gil destacou, também, que a homilia foi um complemento do retiro. “Dom Bucciol nos falou sobre o lançar as redes em nome do Senhor. São Pedro tinha a técnica para pescar e uma técnica que, humanamente falando, Jesus não tinha, mas ele acreditou mais na palavra de Cristo do que na sua técnica, do que em qualquer outra coisa que pudesse ajudá-lo a fazer uma pesca grandiosa”, disse o arcebispo.

Para o bispo de Joaçaba (SC), dom Mário Marquez, o retiro é um momento especial e um ponto alto da Assembleia. “O tema do discernimento veio ao encontro de algo que eu sempre reflito e digo aos crismandos em minha diocese, mas eu nunca tinha parado para pensar e meditar, como fiz hoje. Depois, o momento penitencial foi uma oportunidade de fazer uma boa confissão, revendo a vida e a caminhada. A procissão também foi muito significativa, pois senti-me como um devoto de Nossa Senhora, vivendo como os devotos vivem a vinda à Casa da Mãe Aparecida”, disse dom Marquez.

Por Karina de Carvalho

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O episcopado brasileiro, reunido

na 59ª Assembleia Geral, aprovou a nova marca da CNBB

A proposta de modernização da marca da CNBB foi apresentada e aprovada pelo bispos do Brasil na terça-feira, 30 de agosto. Foi desenvolvida pela doutora em design e especialista em marcas, Dulce Albarez, a partir das indicações de um trabalho de conclusão da pós-graduação em Marketing Digital e Negócios Estratégicos realizada na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, desenvolvido pelos jornalistas Larissa Carvalho, Manuela Castro e Willian Bonfim, membros da Assessoria de Comunicação da CNBB.

O bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB, dom Joaquim Mol, falou que trata-se de uma prática comum no mundo corporativo e das organizações, de tempos em tempos, desenvolver um processo de “rebranding” termo do campo da comunicação e marketing, que significa um processo de reposicionamento da marca junto aos seus públicos. “A modernização da marca é parte deste processo”, disse.  

O jornalista e mestre em comunicação pela Universidade de Brasília, Willian Bonfim, informou que a modernização da marca da CNBB é resultado de um estudo aprofundado e “que a sua reformulação é compreendida como parte do processo de renovação que a entidade está passando, com a atualização de seu Estatuto, a reforma de sua sede em Brasília e demais novidades que o Sínodo 2023 está fazendo brotar na Igreja”.

O jornalista lembrou também que a modernização da marca é uma das ações previstas no Plano de Comunicação da CNBB (2019-2023), aprovado pelo Conselho Permanente da entidade em 2020.

Para embasar os estudos do desenvolvimento da nova marca, foi realizada uma escuta quali-quantitativa com 848 pessoas, entre bispos, jornalistas, fiéis católicos, agentes pastorais, representantes de organismos, os bispos membros da atual presidência e membros das campanhas e projetos realizados pela entidade para diagnosticar como avaliam e percebem a marca.

“Um dos problemas identificados foi o fato de não haver um manual que padronize o uso da marca e que, em razão disto, se percebeu diferentes tipos de aplicações e usos, dificultando assegurar a identidade da CNBB”, ressaltou Willian. 

O jornalista reforçou também que a proposta de renovação da identidade visual não é uma mudança brusca mas consiste em sua modernização, à luz das tendências do designer contemporâneo, mantendo e considerando os elementos, símbolos e significados que fazem parte da tradição da instituição, sobretudo de uma marca com 70 anos como a da CNBB.

Marca aprovada pelos bispos

 A assessora de Comunicação da CNBB, Manuela Castro, apresentou a proposta de modernização da marca que foi desenvolvida com base nas palavras e valores que mais foram sugeridos na pesquisa: “unidade, fraternidade, sinodalidade, comunhão, colegialidade e amor”.

Ela reforçou também que foi desenvolvida uma tipografia específica para a marca. “Na concepção da assinatura visual, o posicionamento do cajado mudou de sentido para que a pomba, que representa o Espírito Santo, e o olhar dos pastores estejam voltados para a atualidade, para o presente e para frente”, apresentou.  

Bispos aprovam a proposta de modernização da marca CNBB.
Foto: Victória Holzbach – Ascom 59ª AG CNBB


Processo de implementação

A marca, com a explicação dos seus sentidos, será oficialmente lançada no dia 14 de outubro, data do aniversário de 70 anos da CNBB. Após a aprovação pelo episcopado, inicia-se uma fase de construção do seu Manual de Aplicação e Padronização no qual constará seus significados, sua política de gestão e as regras de sua utilização e aplicação. Cumprida esta etapa, será feita uma rodada de conversa com os departamentos, organismos vinculados e regionais da CNBB com vistas a manter a unidade na sua implantação e uso, garantido o reforço da identidade da instituição.

Por Vanuza Wistuba

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