marcam o penúltimo dia da 59ª AG CNBB
![]() |
Dom Armando Bucciol pregador do retiro aos bispos. Foto: Victória Holsbach – Ascom 59ª AG CNBB |
Na manhã desta quinta-feira, 1º de
setembro, penúltimo dia da 59ª Assembleia Geral da CNBB, os bispos dedicaram-se
à oração. Orientados pelo bispo da Diocese de Livramento de Nossa Senhora (BA),
dom Armando Bucciol, os bispos dedicaram o tempo para fazer um retiro. O tema
escolhido pelo pregador foi: “Discernimento: sentido, método, meios”.
![]() |
Dom Armando Bucciol |
Dom Bucciol recordou que o discernimento é
algo que faz parte da vida cristã, especialmente para os bispos. “A cada dia,
precisamos tomar decisões; nas escolhas pessoais e do ministério”, disse o
bispo. Além disso, dois eventos importantes da Igreja tornam a reflexão sobre o
discernimento ainda mais importantes: “A celebração do Sínodo, tempo de graça e
de intenso discernimento por parte de todos os membros da nossa Igreja, e o Ano
Vocacional (2023), “Vocação: Graça e Missão”, com as três palavras-chave:
despertar, discernir, cultivar”.
Ao falar sobre o sentido do discernimento,
o pregador recordou que é algo que não diz respeito somente à escolha
vocacional ou à vida eclesial: “É algo muito abrangente e exigente. É
necessário discernimento em todas as escolhas da vida: social, política,
cultural, relacional.
![]() |
Manhã de retiro durante a 59ª AG CNBB. Foto: Adielson Agrelos – Ascom 59ª AG CNBB |
Todos os dias, experimentamos divergências, conflitos, às vezes divisões e contraposições. O discernimento consiste nessa capacidade de analisar o que acontece, e avaliar seu sentido; para quem segue Jesus, à luz do seu ensinamento”, disse dom Bucciol.
O bispo conclui a reflexão recordando que
nas Assembleias Gerais da CNBB os bispos são chamados a fazer discernimento
eclesial, e afirmou viver com intensa emoção essa experiência ao ver os irmãos
de tantos lugares e culturas diferentes discernindo e tomando decisões comuns,
segundo o Espírito Santo.
“Peço a luz do Alto para que, nesse
espírito e com disponibilidade interior, sabedoria e o dom do conselho –
discernimento, vivamos esse tempo estreitando o diálogo e a comunhão eclesial,
como nos pede o Sínodo. Com sábio e corajoso discernimento, possamos escutar e
acolher o que o Espírito diz à Igreja toda, a nossa Assembleia Geral e as
nossas Igrejas Particulares”, finalizou dom Bucciol.
Celebração Penitencial e Procissão para o Santuário
Após a conferência, aconteceu a celebração
Penitencial, que foi presidida pelo arcebispo de Olinda e Recife, dom Antônio
Fernando Saburido.
![]() |
Os bispos fazem a experiência da confissão sacramental uns com os outros. Foto: Adielson Agrelos Ascom 59ª AG CNBB |
Nela, houve um momento de exame de
consciência e um espaço para a confissão sacramental. No mesmo ambiente do plenário,
os bispos que desejaram, fizeram a confissão uns com os outros.
Ao concluir a celebração, os bispos
preparam-se para seguir em procissão até o Basílica de Nossa Senhora Aparecida.
Como romeiros, em procissão, conduzidos pelos missionários redentoristas, eles
carregaram o andor de Nossa Senhora Aparecida, enquanto cantavam e rezavam à
Maria. Chegando no Santuário, eles passaram visitar a imagem oficial de Nossa
Senhora Aparecida e então, seguiram para sacristia para preparar-se para a
Missa. A celebração Eucarística foi presidida por dom Armando Bucciol, ladeado
pelos bispos eméritos presentes na Assembleia.
![]() |
Dom do discernimento
O arcebispo de Juiz de Fora (MG), Dom Gil
Moreira, contou que o retiro é um momento muito esperado pelo episcopado em
todas as Assembleias. “É um dia em que paramos só para rezar e meditar. É um
dia de silencio e celebração mais intensa.
![]() |
Dom Gil Moreira |
Nessa assembleia, dom Armando nos fez
refletir sobre o dom do discernimento, recordando que é a capacidade de
discernir diante de problemas, de medidas que os bispos precisam tomar e não
podem ser tomadas apenas por motivos racionais, mas precisa se inspirar em
Deus, no Espírito Santo, pois é ele quem dá o dom do discernimento”, afirmou
dom Gil.
Dom Gil destacou, também, que a homilia foi
um complemento do retiro. “Dom Bucciol nos falou sobre o lançar as redes em
nome do Senhor. São Pedro tinha a técnica para pescar e uma técnica que,
humanamente falando, Jesus não tinha, mas ele acreditou mais na palavra de
Cristo do que na sua técnica, do que em qualquer outra coisa que pudesse
ajudá-lo a fazer uma pesca grandiosa”, disse o arcebispo.
Para o bispo de Joaçaba (SC), dom Mário
Marquez, o retiro é um momento especial e um ponto alto da Assembleia. “O tema
do discernimento veio ao encontro de algo que eu sempre reflito e digo aos
crismandos em minha diocese, mas eu nunca tinha parado para pensar e meditar,
como fiz hoje. Depois, o momento penitencial foi uma oportunidade de fazer uma
boa confissão, revendo a vida e a caminhada. A procissão também foi muito
significativa, pois senti-me como um devoto de Nossa Senhora, vivendo como os
devotos vivem a vinda à Casa da Mãe Aparecida”, disse dom Marquez.
Por Karina de Carvalho
.........................................................................................................................................................................
O episcopado brasileiro, reunido
na 59ª Assembleia Geral, aprovou a nova marca da CNBB
A proposta de modernização da marca da CNBB
foi apresentada e aprovada pelo bispos do Brasil na terça-feira, 30 de
agosto. Foi desenvolvida pela doutora em design e especialista em marcas,
Dulce Albarez, a partir das indicações de um trabalho de conclusão da
pós-graduação em Marketing Digital e Negócios Estratégicos realizada na
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, desenvolvido pelos
jornalistas Larissa Carvalho, Manuela Castro e Willian Bonfim, membros da Assessoria
de Comunicação da CNBB.
![]() |
O bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG) e
presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB, dom
Joaquim Mol, falou que trata-se de uma prática comum no mundo corporativo e das
organizações, de tempos em tempos, desenvolver um processo de “rebranding”
termo do campo da comunicação e marketing, que significa um processo de
reposicionamento da marca junto aos seus públicos. “A modernização da marca é
parte deste processo”, disse.
O jornalista e mestre em comunicação pela
Universidade de Brasília, Willian Bonfim, informou que a modernização da marca
da CNBB é resultado de um estudo aprofundado e “que a sua reformulação é
compreendida como parte do processo de renovação que a entidade está passando,
com a atualização de seu Estatuto, a reforma de sua sede em Brasília e demais
novidades que o Sínodo 2023 está fazendo brotar na Igreja”.
![]() |
“Um dos problemas identificados foi o fato
de não haver um manual que padronize o uso da marca e que, em razão disto, se
percebeu diferentes tipos de aplicações e usos, dificultando assegurar a
identidade da CNBB”, ressaltou Willian.
O jornalista reforçou também que a proposta
de renovação da identidade visual não é uma mudança brusca mas consiste em sua
modernização, à luz das tendências do designer contemporâneo, mantendo e
considerando os elementos, símbolos e significados que fazem parte da tradição
da instituição, sobretudo de uma marca com 70 anos como a da CNBB.
Marca aprovada pelos bispos
![]() |
A assessora de Comunicação da CNBB,
Manuela Castro, apresentou a proposta de modernização da marca que foi
desenvolvida com base nas palavras e valores que mais foram sugeridos na
pesquisa: “unidade, fraternidade, sinodalidade, comunhão, colegialidade e
amor”.
Ela reforçou também que foi desenvolvida
uma tipografia específica para a marca. “Na concepção da assinatura
visual, o posicionamento do cajado mudou de sentido para que a pomba, que
representa o Espírito Santo, e o olhar dos pastores estejam voltados para a
atualidade, para o presente e para frente”, apresentou.
![]() |
Bispos aprovam a proposta de modernização da marca CNBB. Foto: Victória Holzbach – Ascom 59ª AG CNBB |
Processo de implementação
A marca, com a explicação dos seus
sentidos, será oficialmente lançada no dia 14 de outubro, data do aniversário
de 70 anos da CNBB. Após a aprovação pelo episcopado, inicia-se uma fase
de construção do seu Manual de Aplicação e Padronização no qual constará seus
significados, sua política de gestão e as regras de sua utilização e aplicação.
Cumprida esta etapa, será feita uma rodada de conversa com os departamentos,
organismos vinculados e regionais da CNBB com vistas a manter a unidade na
sua implantação e uso, garantido o reforço da identidade da instituição.
Por Vanuza Wistuba
Nenhum comentário:
Postar um comentário