domingo, 8 de dezembro de 2019

O Papa no Angelus:

Em Maria,
reflete-se a beleza de Deus que é amor, graça e dom de si
"Gosto de destacar a palavra com a qual Maria se define em sua entrega a Deus: professa-se «a serva do Senhor». O "sim" de Maria a Deus assume desde do início um comportamento de serviço, de atenção às necessidades dos outros", disse Francisco em sua alocução.
Mariangela Jaguraba - Cidade do Vaticano - O Papa Francisco rezou a oração mariana do Angelus deste domingo (08/12), Solenidade da Imaculada Conceição, com os fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro.
Na alocução que precedeu a oração, o Pontífice recordou que esta solenidade está situada no “contexto do Advento, tempo de espera: Deus realizará o que prometeu, mas na festa de hoje nos é anunciado que algo já está cumprido, na pessoa e na vida da Virgem Maria. Consideramos hoje o início desse cumprimento que se realiza antes do nascimento da Mãe do Senhor”.
De fato, a sua imaculada conceição nos leva ao momento preciso em que a vida de Maria começou a palpitar no seio de sua mãe: ali já estava presente o amor santificador de Deus, preservando-a do contágio do mal que é uma herança comum da família humana.
No Evangelho de hoje ressoa a saudação do Anjo a Maria: «Alegra-te, cheia de graça! O Senhor está contigo!»
Francisco sublinhou que “Deus pensou e quis Maria desde sempre, em seu desígnio imperscrutável, como criatura cheia de graça, ou seja, repleta de seu amor”.
Mas para estar repletos é preciso abrir espaço, esvaziar-se, colocar-se de lado. Como fez Maria, que soube escutar a Palavra de Deus e confiar-se totalmente à sua vontade, acolhendo-a sem reservas em sua vida. E nela a Palavra se fez carne. Isso foi possível graças ao seu "sim". Ao Anjo que lhe pergunta se estava disponível para se tornar a mãe de Jesus, Maria responde: Eis a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra.»
Para o Papa, “Maria não se perde em vários raciocínios, não coloca obstáculos ao Senhor, mas com prontidão se confia e abre espaço para a ação do Espírito Santo. Coloca imediatamente à disposição de Deus todo o seu ser e sua história pessoal, para que sejam a Palavra e a vontade de Deus a moldá-los e levá-los à termo. Assim, correspondendo perfeitamente ao projeto de Deus sobre ela, Maria torna-se a “toda bela”, a “toda santa”, mas sem a menor sombra de envaidecimento. É uma obra-prima, mas permanecendo humilde, pequena e pobre. Nela se reflete a beleza de Deus que é amor, graça e dom de si”.
Gosto de destacar a palavra com a qual Maria se define em sua entrega a Deus: professa-se «a serva do Senhor». O "sim" de Maria a Deus assume desde do início um comportamento de serviço, de atenção às necessidades dos outros. Isso é testemunhado pela visita a Isabel, que vem logo depois da Anunciação. A disponibilidade a Deus se confirma na disponibilidade de assumir as necessidades do próximo.
“Tudo isso sem fazer clamores e ostentações, sem buscar lugares de honra, sem propaganda, porque a caridade e as obras de misericórdia não precisam ser exibidas como um troféu. As nossas comunidades também são chamadas a seguir o exemplo de Maria, praticando o estilo da discrição e do silêncio.”
“Que a festa de nossa Mãe nos ajude a fazer de toda a nossa vida um sim a Deus, um sim de adoração a Ele e de gestos cotidianos de amor e serviço”, concluiu o Pontífice.
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Assista:
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Francisco na Praça de Espanha
confia a Maria os oprimidos pela desconfiança
Em sua oração, feita aos pés do monumento dedicado a Nossa Senhora, o Papa citou “a corrupção do coração que impecável por fora, mas por dentro está cheio de más intenções e egoísmos mesquinhos”. Deu graças a Deus por ter-nos dado uma mãe cheia de graça, que nos recorda a vitória de Cristo sobre o mal.
Mariangela Jaguraba - Cidade do Vaticano - O Papa Francisco deixou, o Vaticano, na tarde deste domingo (08/12), para fazer a tradicional homenagem floreal a Nossa Senhora, aos pés do monumento a ela dedicado, situado na Praça de Espanha, no centro de Roma.
Antes, porém, Francisco foi à Basílica de Santa Maria Maior para um momento de oração diante do ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani.
A Praça de Espanha estava repleta de fiéis romanos e turistas. A cidade foi representada pela prefeita, Virginia Raggi. O Papa foi acolhido pelo cardeal vigário, Angelo De Donatis.
Em sua oração, feita aos pés do monumento dedicado a Nossa Senhora, o Papa citou “a corrupção do coração que é impecável por fora, mas por dentro está cheio de más intenções e egoísmos mesquinhos”. Deu graças a Deus por ter-nos dado uma mãe cheia de graça, que nos recorda a vitória de Cristo sobre o mal.
“Quanto precisamos ser libertados da corrupção do coração, que é o perigo mais grave! Isso nos parece impossível, estamos tão acostumados, e em vez disso está ao nosso alcance. Basta olhar para o teu sorriso de mãe, para a tua beleza incontaminada, sentir novamente que não fomos feitos para o mal, mas para o bem, para o amor, para Deus!”
Cristo ressuscitado “quebra as correntes do mal, liberta dos vícios mais implacáveis, dissolve os laços mais criminosos e amolece os corações mais endurecidos. E se isso acontece dentro das pessoas, como a face da cidade muda! Nos pequenos gestos e nas grandes escolhas, os círculos viciosos tornam-se virtuosos pouco a pouco, a qualidade de vida torna-se melhor e o clima social mais respirável”, disse o Papa referindo-se à cidade de Roma.
A estátua de Nossa Senhora é obra do escultor Giuseppe Obici, que se encontra no alto de um obelisco, projetado pelo arquiteto Luigi Poletti. O monumento foi inaugurado em 8 de dezembro de 1857.
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Segue, na íntegra, a oração do Papa Francisco à Imaculada Conceição.
Maria Imaculada,
Reunimo-nos em torno a ti mais uma vez.
Quanto mais caminhamos na vida
aumenta cada vez mais a nossa gratidão a Deus
por ter-nos dado como mãe a nós, que somos pecadores,
Tu és Imaculada.
Entre todos os seres humanos, tu és a única
preservada do pecado, como mãe de Jesus
Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
Mas esse teu privilégio único
foi dado a ti para o bem de todos nós, seus filhos.
De fato, olhando para ti, vemos a vitória de Cristo,
a vitória do amor de Deus sobre o mal:
onde abundava o pecado, ou seja, no coração humano,
a graça transbordou,
pelo poder manso do sangue de Jesus.
Tu, Mãe, nos lembra que, sim, somos pecadores,
mas não somos mais escravos do pecado!
O teu filho, com seu sacrifício,
quebrou o domínio do mal, venceu o mundo.
O teu coração narra a isso a todas as gerações
tão claro quanto o céu onde o vento dissolveu todas as nuvens.
E então tu nos lembra que não é a mesma coisa
ser pecador e ser corruptos: é bem diferente.
Uma coisa é cair, mas depois, arrependido, confessar-se
e levantar-se com a ajuda da misericórdia de Deus.
Outra coisa é a conivência hipócrita com o mal,
a corrupção do coração, que é impecável por fora,
mas por dentro está cheio de más intenções e egoísmos mesquinhos.
A tua pureza límpida nos chama à sinceridade,
à transparência, à simplicidade.
Quanto precisamos ser libertados
da corrupção do coração, que é o perigo mais grave!
Isso nos parece impossível, estamos tão acostumados,
e em vez disso está ao nosso alcance. Basta olhar para o  teu sorriso de mãe,
para a tua beleza incontaminada,
sentir novamente que não fomos feitos para o mal,
mas para o bem, para o amor, para Deus!
Por isso, ó Virgem Maria,
hoje eu confio a ti todos aqueles que nesta cidade
e em todo o mundo, são oprimidos pela desconfiança,
pelo desânimo por causa do pecado;
aqueles que pensam que para eles não há mais esperança,
que suas culpas são muitas e grandes demais,
e que Deus não tem tempo a perder com eles.
Confio todos a ti, porque tu não és apenas mãe
e, como tal, nunca deixa de amar teus filhos,
mas tu és também a Imaculada, cheia de graça,
e podes refletir dentro da escuridão mais profunda
um raio da luz do Cristo ressuscitado.
Ele, e somente Ele, quebra as correntes do mal,
Liberta dos vícios mais implacáveis,
Dissolve os laços mais criminosos,
amolece os corações mais endurecidos.
E se isso acontece dentro das pessoas,
como a face da cidade muda!
Nos pequenos gestos e nas grandes escolhas,
os círculos viciosos tornam-se virtuosos pouco a pouco,
a qualidade de vida se torna melhor
e o clima social mais respirável.
Obrigado, Mãe Imaculada,
por nos lembrar que, pelo amor de Jesus Cristo,
não somos mais escravos do pecado,
mas livres, livres para amar, de nos querer bem,
de nos ajudar como irmãos, mesmo que diferentes de nós.
Obrigado porque, com a tua candura, nos encorajar
a não ter vergonha do bem, mas do mal;
nos ajuda a manter o maligno longe de nós,
que com engano nos atrai para si, nos espirais da morte;
nos dê a doce lembrança de que somos filhos de Deus,
Pai de imensa bondade,
fonte eterna de vida, beleza e amor. Amém.
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Veja:
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