terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Para ler e refletir:

Identidade católica x Relativismo religioso
Somos discípulos e missionários de Jesus Cristo. Pelo nosso batismo, passamos a fazer parte da família de Deus. Pelo nosso batismo nos tornamos membros da Igreja Católica Apostólica Romana, fundada pelo Filho Deus: “Tu és Pedro e sobre essa pedra edificarei a minha Igreja” (Mt 16,18) foram as palavras de Jesus a Pedro a quem Ele mesmo constituiu o primeiro Papa. E no correr dos tempos, por meio da Sucessão dos apóstolos, bispos e papas foram sendo ordenados. Hoje o Sucessor de Pedro é o Papa Francisco, o Bispo de Roma, ao qual estão unidos os bispos do mundo todo. Na comunhão com o Papa Francisco e com os bispos está a garantia de que, de direito e de fato, participamos da Igreja de Jesus Cristo.
A Igreja Católica não desconhece as outras confissões religiosas; pelo contrário, por meio do diálogo inter-religioso e ecumenismo, procura criar pontes com todas as representações de fé e com as igrejas evangélicas. A partir do Concílio Vaticano II, intensificaram-se as ações da Igreja nesse sentido. De forma ainda mais efetiva os últimos papas têm estabelecido constantes contatos com os líderes religiosos das diversas correntes de pensamento e de fé na busca do diálogo, da convergência de ações, do entendimento, da fraternidade e da paz. Sem abrir mão dos fundamentos da fé cristã e católica, e não poderia ser diferente, são significativos e constantes os esforços da Igreja nessa direção.
 A Igreja reconhece os valores presentes em todas as crenças bem intencionadas que de forma ética e justa buscam a verdade. Não pode, porém, a Igreja Católica, e ela não o faz, concordar com o relativismo presente no campo religioso e intensificado nas últimas décadas. Para muitos grupos e pessoas, tudo é certo, tudo é igual, pode-se fazer parte de diversas religiões e de seus cultos ao mesmo tempo. Essa maneira de pensar e agir faz parte do relativismo, que devemos afastar de nossas concepções e práticas. O católico, amando e respeitando os que pensam e agem de forma diferente, devem preservar e fortalecer a sua identidade católica.
Vale a pena relembrar as palavras do Papa Emérito Bento XVI na Mensagem da Jornada Mundial da Juventude de 2011, ao se referir à “ditadura do relativismo”, expressão por ele mesmo criada: O relativismo difundido, segundo o qual tudo equivale e não existe verdade alguma, nem qualquer ponto de referência absoluto, não gera a verdadeira liberdade, mas instabilidade, desorientação, conformismo às modas do momento. Pensamento reiterado também pelo Papa Francisco.
Os evangélicos, segundo a sua fé e convicções devem participar de suas igrejas e nelas crescer. Membros de outras confissões religiosas devem agir da mesma forma. Nós católicos, por nossa vez, devemos participar e ser responsáveis pela nossa Igreja. Cada um na sua, sem perder a identidade. E como nos dirigimos aqui, de modo especial aos católicos, esclarecemos que, ante tantas visões equivocadas de muitos de nós que frequentam nossos templos, participam das celebrações da Igreja Católica e, ao mesmo tempo, participam de outras igrejas e templos não católicos, estão aderindo ao relativismo religioso. “Que o sim de vocês seja sim e o não seja não. O que passa disso vem do Maligno” (Mt 5,37) são as palavras de Jesus que devem fundamentar nossa vivência católica.
A Sagrada Escritura, a Tradição e o Magistério da Igreja são os fundamentos da nossa fé e os meios de orientação para a nossa vida e nossas atitudes. São a garantia da nossa identidade católica. Fica aqui um convite à reflexão a partir da afirmação do Doutor da Igreja, Santo Agostinho de Hipona: “Não se imponha a verdade sem a caridade, mas também não se sacrifique a verdade em nome da caridade.”
                                                                                                                  Luiz Gonzaga da Rosa
...........................................................................................................................................................

Nenhum comentário:

Postar um comentário