quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Papa na missa desta quinta-feira:

Fundamentar a nossa vida no Senhor, não nas aparências
Não devemos edificar a nossa vida sobre coisas passageiras, mas na rocha que é o Senhor, e ali seremos felizes. Este é o convite no centro da homilia pronunciada pelo Papa na missa matutina na Casa Santa Marta, inspirada no Evangelho de Mateus: "Confiem sempre no Senhor, porque Ele é uma rocha, uma rocha eterna”.
Gabriella Ceraso – Cidade do Vaticano - "O elogio da solidez" é o centro da Liturgia de hoje, com o Evangelho de Mateus (Mt7,21.24-27), em que Jesus fala da diferença entre o homem prudente e o homem sem juízo: o primeiro, deposita no Senhor o fundamento da sua vida, construindo a própria casa sobre a rocha. O outro não ouve a Palavra de Deus e vive de aparências, construindo a própria casa sobre um fundamento fraco, como a areia.
O Senhor é a rocha segura e forte
A partir deste episódio, o Papa desenvolveu a sua homilia, pronunciada na missa matutina na Casa Santa Marta (05/12), num diálogo contínuo com os fiéis, aos quais pediu para refletirem justamente sobre a "sabedoria e a fraqueza", isto é, sobre qual é o fundamento das nossas esperanças, das nossas seguranças e da nossa vida, e pedindo a graça de saber discernir onde está a rocha e onde está a areia.
A rocha. Assim é o Senhor. Quem confia no Senhor estará sempre seguro, porque seus fundamentos estão sobre a rocha. É o que diz Jesus no Evangelho. Fala de um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha, isto é, sobre a confiança no Senhor, sobre coisas sérias. E esta confiança também é um material nobre, porque o fundamento desta construção da nossa vida é seguro, é forte.
As aparências fazem a vida cristã ruir
O prudente, portanto, é quem edifica sobre a rocha, ao contrário do tolo, que escolhe a “areia que se move" e que é levada pelo vento e pela chuva. Também é assim na vida cotidiana, nos prédios que se constroem sem bons fundamentos e, portanto, desmoronam, e na nossa existência pessoal:
E também a nossa vida pode ser assim, quando o meu fundamento não é forte. Vem a tempestade – e todos nós temos tempestades na vida, todos, do Papa até o último, todos – e não somos capazes de resistir. E muitas pessoas dizem: “Não, eu mudarei de vida” e pensam que mudar de vida é maquiar-se, mas mudar de vida é mudar os fundamentos, isto é, colocar a rocha ali, que é Jesus. “Eu queria refazer esta construção, este prédio, porque é muito feio, muito feio, e gostaria de embelezá-lo um pouco, mas se recorro à maquiagem e enfeito um pouco, a casa não vai avante; cairá. Com as aparências, a vida cristã desmorona.
Saber discernir entre rocha e areia
Portanto, somente Jesus é o fundamento seguro, as aparências não ajudam e o Papa citou o exemplo de um confessionário: somente quem se reconhece pecador, fraco, desejoso de salvação, tem uma vida baseada sobre a rocha, enquanto crê e conta com Jesus-Salvação. Converter-se, portanto, àquilo que não desmorona e não passa: assim aconteceu com São Francisco Borgia em 1500, quando este ex-cavaleiro de corte, diante do corpo em decomposição da imperatriz Isabel, se deu conta da caducidade e da vaidade das coisas terrenas, e escolheu o Senhor e se tornou santo:
Nós não podemos edificar a nossa vida sobre coisas passageiras, nas aparências, em fazer de conta que tudo vai bem. Vamos para a rocha, onde está a nossa salvação. E ali seremos felizes todos. Todos.
Neste dia de Advento, o Papa então convidou cada um de nós a pensar no fundamento que damos à nossa vida, se a sólida rocha ou a areia móvel, pedindo ao Senhor a graça de saber discernir.
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São Pedro brilha com as luzes dos símbolos do Natal
Realizou-se na tarde desta quinta-feira (05/12), na Praça São Pedro, a tradicional inauguração do Presépio e da iluminação da árvore de Natal. A cerimônia foi presidida pelo cardeal Giuseppe Bertello e por dom Fernando Vérgez Alzaga, respectivamente, presidente e secretário geral do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano.
Emanuela Campanile / Raimundo de Lima - Cidade do Vaticano - A inauguração do presépio e da iluminação da árvore de Natal na Praça São Pedro é uma tradição que agrada também aos adultos. Introduzida em 1982 por São João Paulo II, há 37 anos acompanha e convida romanos, turistas e peregrinos do mundo inteiro. E para muitos tornou-se um evento que não se pode perder.
A cerimônia de inauguração teve lugar na tarde desta quinta-feira (05/12), presidida pelo cardeal Giuseppe Bertello e por dom Fernando Vérgez Alzaga, respectivamente, presidente e secretário geral do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano.
O presépio e a árvore de Natal foram doados por duas pequenas localidades do nordeste da Itália, respectivamente, pelas cidadezinha de Scurelle, na província de Trento, e Rotzo, no planalto de Asiago: dois dos numerosos municípios profundamente atingidos pela tempestade que em 2018 devastou florestas inteiras do Triveneto.
Encontro do Papa com doadores dos dois símbolos do Natal
O encontro, na manhã desta quinta-feira, do Papa Francisco com os doadores dos dois símbolos do Natal foi ocasião de encorajamento por parte do Pontífice para as populações destas áreas atingidas, bem como de reflexão comum:
“[O encontro de hoje me dá a oportunidade para renovar meu encorajamento às vossas populações, que no ano passado sofreram uma calamidade natural devastadora, com o abatimento de inteiras áreas de bosque. Trata-se de eventos que assustam, são sinais de alarme que a criação envia, e que nos pedem para tomar imediatamente decisões eficazes para preservar a nossa casa comum.]”
O sinal admirável do presépio
A emoção acompanha o acender das luzes do presépio e da árvore de Natal. Sorrisos e olhos luminosos marcam os rostos de todos, dos pequenos e dos grandes, dando razão às palavras de Francisco na Carta apostólica “Admirabile signum”:
O sinal admirável do Presépio, muito amado pelo povo cristão, não cessa de suscitar maravilha e enlevo. Com esta Carta, quero apoiar a tradição bonita das nossas famílias prepararem o Presépio, nos dias que antecedem o Natal, e também o costume de o montarem nos lugares de trabalho, nas escolas, nos hospitais, nos estabelecimentos prisionais, nas praças… Trata-se verdadeiramente dum exercício de imaginação criativa, que recorre aos mais variados materiais para produzir, em miniatura, obras-primas de beleza.
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Veja:
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Papa Francisco:
Resgatar os símbolos
cristãos natalianos perdidos no imaginário comercial
O presépio e a árvore de Natal que enfeitam a Praça São Pedro neste Natal foram doados por regiões do norte da Itália que sofreram calamidades naturais no outono passado. As delegações foram recebidas em audiência pelo Papa Francisco nesta quinta-feira (05/12), no Vaticano.
Cidade do VaticanoNo dia da inauguração do presépio e da árvore de Natal na Praça São Pedro, o Papa Francisco recebeu em audiência as autoridades civis e eclesiásticas que doaram os símbolos natalinos ao Vaticano.
Este ano, os dons provêm das províncias italianas de Trento, Vicenza e de Treviso, regiões que viveram no outono passado uma forte tempestade que destruiu parte dos bosques locais.
De fato, o Pontífice aproveitou a audiência para renovar seu encorajamento às populações.
“Trata-se de eventos que assustam, são sinais de alarme que a criação envia, e que nos pedem para tomar imediatamente decisões eficazes para preservar a nossa casa comum.”
Francisco manifestou seu agradecimento e apreço pela decisão que serão replantados 40 abetos para substituir das plantas destinadas ao Vaticano, pois além da árvore na Praça, do norte da Itália provêm também as demais árvores que enfeitam outras salas vaticanas.
“O abeto vermelho doado representa um sinal de esperança especialmente para as vossas florestas, de modo que possam ser depuradas e dar início, assim, à obra de reflorestamento.”
Presépio, maneira genuína de comunicar o Evangelho
Já o presépio, realizado quase inteiramente de madeira, ajudará os visitantes a saborearem a riqueza espiritual do Natal do Senhor, destacou o Papa. Os troncos de madeira são provenientes das regiões atingidas por enchentes e ressaltam a precariedade na qual se encontrou a Sagrada Família naquela noite de Belém.
O Pontífice recordou que no I Domingo do Advento visitou Greccio, lugar do primeiro presépio de São Francisco, ocasião em que publicou uma Carta para falar deste sinal simples e admirável da nossa fé e que não deve ser perdido, pelo contrário, mas transmitido de pais a filhos, de avós a netos.
“É uma maneira genuína de comunicar o Evangelho, num mundo que às vezes parece ter medo de recordar o que é realmente o Natal, e cancela os sinais cristãos para manter somente os de um imaginário banal e comercial.”
Francisco concluiu seu discurso fazendo votos de que Nossa Senhor nos ajude a contemplar o Filho de Deus no rosto de quem sofre, e nos ampare no “compromisso de sermos solidários com as pessoas mais frágeis e mais fracas”.

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