Advento
Nos quatro
domingos do Advento deve-se descobrir que o “Senhor é a nossa justiça”, e que o
evento “Natal” expressa um gesto bonito e carregado da solidariedade de Deus
para com o seu povo.
Nas correrias e
ritmo acelerado da vida moderna, esperar passou a ser um desafio para as
pessoas. E o tempo do Advento é o contrário disto, porque significa “tempo de
espera”, de preparação próxima para a chegada do Menino Deus. São semanas que
sugerem contemplação do mistério da encarnação do Verbo de Deus, aquilo que já
vinha sendo anunciado pelos profetas no Antigo Testamento.
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Dom Paulo Mendes Peixoto |
Esse tempo marca
o início do Ano Litúrgico, culminando com o Natal de Jesus. Fazemos uma
trajetória de reflexões fecundadas pela leitura atenta da Palavra de Deus. O
Senhor nos fala pela Sagrada Escritura e nos convida a seguir seus ensinamentos
de forma ativa e com responsabilidade. Ele quer de nós gestos verdadeiros de
solidariedade e justiça para construirmos a paz.
No período do
Advento realizamos, nas comunidades cristãs, a Novena de Natal. Aquelas que são
bem preparadas apresentam uma verdadeira catequese, um anúncio querigmático da
vida de Jesus. Provocam um encontro da pessoa com todo o processo da chegada do
Menino-Deus, e como uma verdadeira experiência de pré-natal. É a preparação
para a chegada de novos tempos.
Nos quatro
domingos do Advento deve-se descobrir que o “Senhor é a nossa justiça”, e que o
evento “Natal” expressa um gesto bonito e carregado da solidariedade de Deus
para com o seu povo. Quem nasce deve ter o direito de viver, de conviver, de ir
e vir, de um fim natural e de construir a “cidade de Deus”, cidade de respeito
e dignidade do ser humano e de fraternidade verdadeira.
Todo esse
cenário faz parte do projeto já anunciado no longínquo passado bíblico. Nada
acontece por acaso, porque Deus é o Senhor da história. Mesmo em acontecimentos
terríveis da chegada dos fins dos tempos, provocados pela própria natureza,
esses fatos não podem ser causadores de desânimo e desestímulo para a vida,
porque Deus caminha com seu povo e não o deixa desamparado.
No Advento as
pessoas devem estar abertas para a escuta da “fala” de Deus e ao convite para
seguir sua vontade. Abertura também para superar as infidelidades contra o projeto
de vida, o descuido com a prática da verdade e da justiça e se apoiar na força
da esperança. Portanto, Advento é um caminhar totalmente ancorado na vigilância
e na espera da vinda do Senhor no dia do Natal.
Dom Paulo Mendes
Peixoto - Arcebispo Metropolitano de Uberaba – MG
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Fonte: cnbbleste2.org.br
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