domingo, 3 de junho de 2018

Papa no Angelus deste domingo:

Dor pelas graves violências na Nicarágua.
Igreja é sempre pelo diálogo.
"A Igreja é sempre pelo diálogo, mas isso requer o compromisso concreto a respeitar a liberdade e, em primeiro lugar, a vida. Rezo a fim de que cesse toda e qualquer violência e sejam asseguradas as condições para a retomada, o quanto antes, do diálogo”, disse Francisco no Angelus este IX Domingo do Tempo Comum.

Cidade do VaticanoO Papa Francisco expressou no Angelus deste domingo (03/06) mais um premente apelo em favor da paz na Nicarágua, país centro-americano que há meses tem vivido uma situação difícil marcada por protestos sociais reprimidos com violências que têm se agravado estes dias, com mortos e feridos:
“Uno-me a meus irmãos bispos da Nicarágua ao expressar dor pelas graves violências, com mortos e feridos, perpetradas por grupos armados para reprimir protestos sociais. Rezo pelas vítimas e seus familiares. A Igreja é sempre pelo diálogo, mas isso requer o compromisso concreto a respeitar a liberdade e, em primeiro lugar, a vida. Rezo a fim de que cesse toda e qualquer violência e sejam asseguradas as condições para a retomada, o quanto antes, do diálogo.”
O Santo Padre já havia mais vezes manifestado preocupação com a situação nicaraguense. Já no Regina Coeli – oração mariana do período Pascal – de 22 de abril passado, Francisco havia expresso sua proximidade ao país centro-americano unindo-se aos bispos ao pedir que cessasse toda e qualquer violência, evitando inútil derramamento de sangue, e que as questões abertas fossem resolvidas pacificamente e com sentido de responsabilidade.
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Foi neste domingo a Solenidade de Corpus Christi em Roma:
Papa convida a viver a vida "eucaristicamente"
No litoral romano, em Ostia, o Papa Francisco convidou os fiéis a viverem eucaristicamente: passando do eu ao tu.

Cidade do Vaticano - De São João de Latrão ao litoral romano: o Papa Francisco presidiu na tarde de domingo (03/06) à santa missa e à procissão de Corpus Christi na localidade de Ostia.
Trata-se de uma novidade no pontificado de Francisco, mas não inédita na história recente dos Papas. Todos os anos, Paulo VI realizava a procissão com o Santíssimo Sacramento numa diferente região de Roma e cinquenta anos atrás foi justamente Ostia a acolher o Pontífice. Depois, em 1978, João Paulo II estabeleceu a tradicional procissão saindo da Basílica de São João de Latrão, passando pela “Via Merulana”, até a Basílica de Santa Maria Maior.
A missa foi celebrada diante da praça da paróquia de Santa Mônica, com a participação de milhares de fiéis das oito paróquias do litoral romano.
Na homilia, Francisco comentou o Evangelho do dia, concentrando-se em especial sobre o verbo que aparece várias vezes na narração da Última Ceia: preparar.
Lugar e alimento
Jesus, explicou o Papa, prepara para nós um lugar e um alimento.
“Um lugar muito mais digno do que a «grande sala mobiliada» do Evangelho. É a nossa casa espaçosa e ampla aqui na terra, a Igreja, onde há, e deve haver, lugar para todos. Mas nos reservou também um lugar lá no Céu, no Paraíso, para estarmos com Ele e uns com os outros para sempre.”
Além do lugar, Jesus nos prepara também um alimento, um Pão que é Ele próprio. “Estas duas dádivas – o lugar e o alimento – são tudo aquilo que precisamos para viver. São a alimentação e a morada definitivas. E ambas nos são dadas na Eucaristia.”
Coração palpitante
A Eucaristia, prosseguiu Francisco, é o coração palpitante da Igreja, é a única matéria nesta terra que tem verdadeiramente sabor de eternidade.
“É o pão do futuro, que já agora nos faz saborear um futuro infinitamente maior do que as mais risonhas expectativas. É o pão que sacia os nossos maiores anseios e nutre os nossos mais belos sonhos. Numa palavra, é o penhor da vida eterna, isto é, uma antecipação concreta daquilo que nos será concedido. A Eucaristia é a marcação, a «reserva» do paraíso.”
Fome de amor
Na Hóstia consagrada, além do lugar, Jesus nos prepara o alimento. Na vida, nos nutrimos não só com alimentos, mas também com projetos e afetos, anseios e esperanças.
As tecnologias mais avançadas não bastam: temos fome de ser amados. Na Eucaristia encontramos realmente Jesus, sentimos o seu amor. O Papa então faz uma exortação:
“Queridos irmãos e irmãs, escolhamos este alimento de vida: ponhamos em primeiro lugar a Missa, voltemos a descobrir a adoração nas nossas comunidades! Peçamos a graça de nos sentirmos esfomeados de Deus, de nunca nos fartarmos de receber o que Ele prepara para nós.”
Locais desconfortáveis, não exclusivos
Para nos preparar para este lugar e alimento, Jesus nos indica suas preferências: não locais exclusivos e excludentes, mas desconfortáveis:
“Há tantas pessoas privadas dum lugar decente para viver e do alimento para comer! Mas todos conhecemos pessoas sozinhas, atribuladas, necessitadas: são sacrários abandonados. Nós, que recebemos de Jesus alimentação e morada, estamos aqui para preparar um lugar e o alimento para estes irmãos mais frágeis.”
A Eucaristia se traduz na vida
Jesus pede que nos doemos aos outros, que deixemos de viver para nós mesmos, mas vivamos um para o outro. É assim que se vive eucaristicamente: derramando sobre o mundo o amor que recebemos da carne do Senhor. A Eucaristia traduz-se, na vida, passando do eu ao tu.
Para isso, é preciso abater os muros da indiferença e da conivência, remover as grades dos abusos e arrogâncias, abrir os caminhos da justiça, da equidade e da legalidade.
“A Eucaristia convida a deixar-nos levar pela onda de Jesus, não ficar arenados na praia à espera que chegue qualquer coisa, mas zarpar livres, corajosos, unidos.”
Procissão
Depois da Santa Missa, o Papa Francisco presidiu à procissão com o Santíssimo, percorrendo uma distância de um quilômetro e duzentos metros, passando por algumas ruas da localidade na costa romana.
A procissão se concluiu no estacionamento na via della Martinica, perto da paróquia de Nossa Senhora de Bonaria, onde o Santo Padre concedeu a bênção eucarística.
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