sábado, 7 de outubro de 2017

Encontro da Imagem de Nossa Senhora Aparecida

Era domingo, 17 de outubro de 1717

O governador das Minas e São Paulo, D. Pedro de Almeida (1688-1756), o Conde de Assumar, estava em viagem (24/7). Saiu do Rio de Janeiro, por terra (a cavalo, a pé e carregado por escravos negros), e por Mar até Cubatão-SP, subiu a Serra do Mar e chegou a São Paulo (1/9). Nesta, tomou posse (4/9), permaneceu ali por 26 dias, onde encaminhou seus comandos de governança. Ele seguiu viagem (27/9), quase sempre carregado por índios, numa cadeira “em forma de andor”, passando pelas Aldeias da Escada e Umboassica, e nas povoações de Mogi das Cruzes, Jacareí, Caçapava, Taubaté e Pindamonhangaba (13-16/10).
Pesca da Imagem
No dia 16 pernoitou próximo da atual Roseira-SP, no dia seguinte, após a missa dominical e café da manhã, seguiu para Guaratinguetá-SP. Era domingo, 17 de outubro de 1717. Muitos pescadores tentaram a noite toda e não pescaram nenhum peixe. Eles estavam tensos por correr o risco de faltar com a Intimação da Câmara de Vereança. Mas, no raiar daquele dia, os pescadores: João Alves, Domingos Garcia e Felipe Pedroso, no Porto Itaguaçu, retiram das águas do Rio Paraíba do Sul, em rede de arrasto, uma imagenzinha de barro da Imaculada Conceição, quebrada, e logo em seguida, noutro lugar, retiraram a cabeça da mesma imagem. Após este reconhecimento, a imagem de Nossa Senhora foi enrolada decentemente em panos e colocada na canoa. Depois do “encontro” da imagem, a pescaria foi grande e ficaram admirados com tantos peixes.
Na Freguesia de Guaratinguetá (SP) havia muita violência. Os pobres eram excluídos, principalmente os índios e negros, e seus descendentes.
A população era constituída na sua maioria por mulheres. Havia muita miséria e corrupção. A justiça quase sempre era comprada pelos ricos. Os pobres ficavam à mercê da sorte. A alimentação básica era constituída de frutos e almeirões silvestres, alguns peixinhos, caças e formigas içás. Boa parte dos homens estava nas Minas, em busca das iludidas riquezas.
Foi neste cenário Sóciocultural que Nossa Senhora deixou se encontrar... Ela veio em socorro do Povo Brasileiro. Ela é Nossa Mãe, Rainha e Padroeira... A fé sadia é a força do cristão!
                                                                                    Ir. José Mauro Maciel, C.Ss.R.
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