domingo, 6 de agosto de 2017

Papa Angelus:
Nas férias redescobrir o silêncio da meditação do Evangelho

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco rezou neste domingo a oração mariana do Angelus com os fiéis reunidos na Praça Pedro. Apesar do forte calor milhares de fiéis e peregrinos estiveram presentes na grande praça vaticana.
Na sua alocução o Pontífice recordou que neste domingo, a liturgia celebra a festa da Transfiguração do Senhor: página evangélica na qual os apóstolos Pedro, Tiago e João testemunham esse evento extraordinário.
O Papa comentando o texto recordou que na conclusão daquela experiência “os discípulos desceram do monte com os olhos e os corações transfigurados pelo encontro com o Senhor”.
“É o caminho que podemos realizar também nós. A redescoberta sempre viva de Jesus não é um fim em si, mas nos conduz a descer da montanha, recarregados com a força do Espírito Divino, para decidir novos passos de autêntica conversão e para testemunhar constantemente a caridade como lei de vida cotidiana”.
Transformados pela presença de Cristo e pelo ardor de Sua Palavra, - continuou o Papa - seremos um sinal concreto do amor vivificante de Deus por todos os nossos irmãos, especialmente por quem sofre, por aqueles que se encontram na solidão e no abandono, pelos enfermos e pela multidão de homens e mulheres que, em diversas partes do mundo, são humilhados pela injustiça, pela prepotência e pela violência.
Francisco acena aos fiéis
O evento da Transfiguração do Senhor nos oferece uma mensagem de esperança: convida-nos a encontrar Jesus, para estar a serviços dos irmãos.
“A subida dos discípulos ao Monte Tabor nos leva a refletir sobre a importância de se separar das coisas mundanas, para fazer um caminho em direção ao alto e contemplar Jesus. Trata-se de colocar-se à escuta atenta e orante de Cristo, o Filho amado do Pai, buscando momentos íntimos de oração que permitam a acolhida dócil e alegre da Palavra de Deus".
O Papa Francisco convidou ainda os fiéis presentes na Praça São Pedro a redescobrirem o silêncio pacificador e regenerador da meditação do Evangelho, “que conduz a uma meta rica de beleza, de esplendor e de alegria”.
“Nesta perspectiva, - sugeriu o Papa -, o tempo do verão é um momento providencial para aumentar o nosso compromisso de busca e de encontro com o Senhor. Durante este tempo, - recordou ainda o Papa fazendo referência ao verão no hemisfério norte – os estudantes estão livres de compromissos escolares e tantas famílias fazem suas férias. É importante que durante o período de descanso e de distanciamento das ocupações diárias, se possam regenerar as forças do corpo e do espírito, aprofundando o caminho espiritual”.
Em seguida Francisco confiou a Nossa Senhora as férias de todos pedindo que Ela nos ajude a entrar em sintonia com a Palavra de Deus para que Cristo se torne luz e guia de nossas vidas.
“A Ela confiamos as férias de todos, para que sejam serenas e profícuas, mas sobretudo o verão daqueles que não podem fazer férias porque impedidos pela idade, por motivos de saúde ou de trabalho, por restrições econômicas ou por outros problemas, para que, mesmo assim, seja um tempo de relaxamento, animado por presenças amigas e momentos felizes”. (SP)
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Papa aos jovens da Ásia:
Respondam com a coragem da fé

Cidade do Vaticano (RV) - Concluiu-se com uma solene cerimônia no aeroporto militar de Yoygiakarta a 7ª Jornada da Juventude da Ásia. O evento, que envolveu 21 países do continente e mais de dois mil jovens, foi precedido pela Santa Missa, da qual também participou o Vice-presidente da República da Indonésia, Jusuf Kalla. Durante a celebração, foi lida a mensagem do Santo Padre, assinada pelo Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin.
Jovens da Ásia
No texto, o Papa exorta os jovens da Ásia a escutarem com sempre maior atenção o chamado do Senhor para responder com fé e coragem à sua vocação. Francisco, convida então os jovens a inspirarem-se em Maria em seu desejo de serem discípulos missionários e de confiarem-se sempre à sua amorosa intercessão.
Daqui a três anos, esses jovens se encontrarão em outro país da Ásia, muitos deles já terão encontrado o seu caminho, muitos ainda estarão à procura, mas para todos eles, a experiência da Jornada da Juventude da Ásia será decisiva, como explica o Cardeal Luis Antonio Tagle, Arcebispo de Manila nas Filipinas e Presidente da Caritas Internationalis.
Cardeal Luis Antonio Tagle: Estes dias são dedicados aos jovens do continente asiático. Esta é a terceira vez que participo desses encontros. Na Indonésia, o tema foi a missão dos jovens em uma sociedade multicultural. Para nós, multicultural também significa multi-religioso; no entanto, com o espírito de encontro, de comunhão, multicultural torna-se intercultural; Multi-religioso torna-se inter-religioso. O espírito de diálogo é muito importante para nós na Igreja da Ásia; para os jovens, é importante começar com essa cultura e atitude de diálogo, de apreciação da diversidade: a diversidade não é uma razão de divisão, mas é uma das razões da riqueza da civilização, da sociedade.
Pergunta: As periferias do mundo são muito queridas ao Papa Francisco: talvez tenha sido uma das primeiras surpresas deste Pontificado ouvir falar sobre as periferias. Quanto isso é importante para jovens na Ásia? Quanto se sentem fortalecidos também eles em desejarem ser católicos ativos nesta periferia?
Cardeal Luis Antonio Tagle: Esta experiência, de estar na periferia da sociedade, se torne um motivo, um impulso missionário, para ver com os olhos da fé as outras pessoas nas periferias. Porque é um país onde existe uma religião maioritária, mas por trás dessa religião algumas pessoas estão na periferia econômica, cultural e social. E a experiência de estar na minoria, na periferia da sociedade, esperamos que se torne um impulso missionário e também um impulso de compaixão em relação a outras pessoas sofredoras e abandonadas. (SP)
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