sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Papa intima religiosos belgas

a deixar de oferecer eutanásia a doentes mentais

Cidade do Vaticano (RV) – A Sala de Imprensa da Santa Sé confirma que o Papa Francisco ordenou ao ramo belga do Instituto religioso dos Irmãos da Caridade para por fim até este mês de agosto à prática de oferecer a eutanásia aos pacientes psiquiátricos internados nas estruturas que administra.
A ordem foi transmitida pela Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica ao Superior Geral do Instituto, Frei René Stockman. Caso não for atendida, será ocasião para severos procedimentos canônicos, que podem incorrer em excomunhão.
O próprio Stockman havia afirmado à Agência dos bispos estadunidenses CNS que o Papa havia aprovado pessoalmente a intimação para que os métodos em uso fossem interrompidos até agosto pela instituição, que administra 15 centros para pacientes com problemas psiquiátricos.
Uso da eutanásia
"Kit eutanásia" belga
O grupo dos Irmãos da Caridade havia anunciado em maio que permitiria que os médicos realizassem a eutanásia em seus 15 hospitais psiquiátricos na Bélgica – país que junto com a Holanda autoriza o uso da eutanásia em pacientes com problemas de saúde mental.
A instituição de caridade disse em uma declaração que a eutanásia só seria realizada caso não houvesse "nenhuma alternativa de tratamento razoável".
A eutanásia vai contra os princípios da Igreja Católica e a Santa Sé começou a investigar a decisão do conselho de administração do grupo em permitir a prática da eutanásia.
Magistério da Igreja
Os religiosos que fazem parte do conselho do Grupo Irmãos da Caridade deverão assinar uma carta a ser enviada ao Superior Geral declarando que “apoiam plenamente a visão do Magistério da Igreja Católica, que sempre confirmou que a vida humana deve ser respeitada e protegida em termos absolutos, desde o momento da concepção até seu fim natural”.
Os irmãos que se recusarem a assinar tal declaração sofrerão sanções com base no Direito Canônico, enquanto o grupo poderá sofrer ações legais, o que contempla até mesmo a expulsão da Igreja caso não houver mudança nos métodos usados.
“O grupo – acrescentou Stockman – não deve mais considerar a eutanásia, em nenhuma circunstância, como solução para os sofrimentos humanos”. (JE/AP)
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