segunda-feira, 2 de maio de 2016

Papa na missa desta segunda-feira:

Ataques e perseguição, o preço do testemunho cristão

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco começou a semana celebrando a Missa na capela de sua residência, a Casa Santa Marta. Próximos da celebração de Pentecostes, as leituras falam sempre mais do Espírito Santo. De fato, os Atos dos Apóstolos referem que o Senhor abriu o coração de uma mulher de nome Lídia, uma comerciante de púrpura que na cidade de Tiatira ouvia as palavras de Paulo.
“Esta mulher sentiu algo dentro de si, que a levou a dizer: ‘Isso é verdade! Eu estou de acordo com aquilo que este homem diz, este homem que testemunha Jesus Cristo. O que ele diz é verdade!’. Mas quem tocou o coração desta mulher? Quem lhe disse: ‘Ouça, porque é verdade’? Foi precisamente o Espírito Santo que fez com que esta mulher sentisse que Jesus era o Senhor; fez com que sentisse que a salvação estava nas palavras de Paulo; fez com que esta mulher ouvisse um testemunho. O Espírito dá testemunho de Jesus. E todas as vezes que nós sentimos no coração algo que nos aproxima de Jesus, é o Espírito que trabalha dentro de nós”, refletiu Francisco.
Perseguição
O Evangelho fala de um testemunho duplo: o Espírito que testemunha Jesus e o nosso testemunho. Nós somos testemunhas do Senhor com a força do Espírito. Jesus convida os discípulos a não se escandalizarem, porque o testemunho carrega consigo as perseguições. Das “pequenas perseguições das fofocas”, das críticas, àquelas grandes perseguições, de que “a história da Igreja está repleta, que leva os cristãos à prisão e os leva até mesmo a dar a vida”:
“É o preço do testemunho cristão, disse Jesus. ‘Expulsarão vocês das sinagogas e chegará a hora em que alguém, ao matar vocês, pensará que está oferecendo um sacrifício a Deus’. O cristão, com a força do Espírito, testemunha que o Senhor vive, que o Senhor ressuscitou, que o Senhor está entre nós, que o Senhor celebra conosco sua morte e ressurreição, toda vez que nos dirigimos ao altar. O cristão dá também testemunho, ajudado pelo Espírito, em sua vida cotidiana, com o seu modo de agir, mas muitas vezes este testemunho provoca ataques, provoca perseguições.”
“O Espírito Santo que nos fez conhecer Jesus”, concluiu o Papa, “é o mesmo que nos impele a torná-lo conhecido, não tanto com palavras, mas com o testemunho de vida”:
“É bom pedir ao Espírito Santo que venha ao nosso coração para dar testemunho de Jesus; dizer-lhe: Senhor, que eu não me distancie de Jesus. Ensina-me o que Jesus ensinou. Faz-me lembrar o que Jesus disse e fez, e ajuda-me a testemunhar estas coisas. Que a mundanidade, as coisas fáceis, as coisas que vem do pai da mentira, do príncipe deste mundo, o pecado, não me distanciem do testemunho”. (BF/MJ)
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Francisco aos mercedários: 
Renovar-se para responder aos desafios do mundo

O Papa Francisco concluiu sua série de audiências na manhã de segunda-feira, (02/05), recebendo cerca de 50 mercedários por ocasião do Capítulo Geral no VIII centenário da Ordem.
Comentando o lema do Capítulo - “As Mercês: memória e profecia nas periferias da liberdade” – o Pontífice afirmou em seu discurso que há muito o que recordar nesses oito séculos: a obra de redenção dos prisioneiros, a missão audaz no novo mundo, os santos da Ordem, mas também os erros. Todavia, advertiu, essa lembrança não se deve limitar a uma exposição do passado, mas a uma avaliação das conquistas sem esquecer dos limites e, sobretudo, dos desafios que a humanidade apresenta.
“A verdadeira vida da Ordem deve ser buscada no constante esforço para adequar-se e renovar-se, a fim de poder dar uma resposta generosa às necessidades reais do mundo e da Igreja, sendo fiéis ao patrimônio perene de que são depositários”, afirmou Francisco.
Misericórdia divina
Com este espírito, prosseguiu, podemos falar realmente de profecia. Porque ser profeta é emprestar nossa voz humana à Palavra eterna, esquecermos de nós mesmos para que seja Deus a se manifestar. Os mercedários têm a missão de seguir Cristo levando a boa nova do Evangelho aos pobres e para a libertação dos prisioneiros. “Queridos irmãos, nossa profissão religiosa é um dom e uma grande responsabilidade, pois a levamos em vasos de barro. Não confiemos em nossas próprias forças, mas nos entreguemos sempre à misericórdia divina.”
O profeta, disse ainda o Papa, sabe ir às periferias, como fizeram inúmeros membros da Ordem. “Segui-los é assumir que, para libertar, devemos nos fazer pequenos, unirmo-nos ao prisioneiro, na certeza de que assim não só cumpriremos nosso  propósito de redimir, mas encontramos também nós a verdadeira liberdade".
Pedido do Papa
Francisco concluiu seu discurso com uma exortação: “No oitavo centenário da Ordem, não deixem de proclamar o ano de graça a todos aqueles aos quais são enviados: aos perseguidos por causa da fé e aos que estão privados de liberdade, às vítimas do tráfico, aos jovens de suas escolas, e aos fiéis de suas paróquias e missões”.
A Ordem fundada pelo leigo São Pedro Nolasco nasceu em 1218, na Espanha. Hoje, está presente em 23 países. O XVI Capítulo Geral se realiza em Roma de 23 de abril a 14 de maio. Entre os participantes, está o Provincial do Brasil, Frei Rogério Russo Soares. (BF)
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