DOMINGO
- 1º DE JULHO DE 2012 -FESTIVIDADE DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO
1ª
Leitura: At 12,1-11 Salmo: Sl
33(34),2-3.4-5.6-7.8-9 (R. 5) 2ª Leitura:
2Tm 4, 6-8.17-18
Evangelho:
Mt 16,13-19
Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e ali
perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?”
Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; outros
ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”. Então Jesus lhes perguntou: “E
vós, quem dizeis que eu sou?” Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho
do Deus vivo”. Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de
Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está
no céu. Por isso te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a
minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. Eu te darei as chaves
do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o
que tu desligares na terra será desligado nos céus”.
Reflexão
Pedro e Paulo, apóstolos
O dia 29 de
junho é o dia da solenidade dos apóstolos São Pedro e São Paulo, colunas da
Igreja, que no Brasil é transferida para o domingo seguinte, quando esse dia
ocorrer durante a semana, para que todos possam participar da celebração
eucarística. O domingo é “Dia do Senhor ressuscitado”, do qual os apóstolos
foram testemunhas qualificadas da ressurreição de Jesus Cristo; domingo também
é dia de ouvir a Palavra de Deus e de celebrar a Eucaristia, transmitidas a
todos pelos apóstolos, e de professar a fé que nos reúne na mesma Igreja
fundada sobre o testemunho apostólico. Nesta solenidade, somos convidados a
louvar a Deus pela vida e a missão de São Pedro e São Paulo. Duas figuras tão
diferentes, que, no entanto se uniram no testemunho de Cristo até a morte.
Pedro, o homem volúvel e frágil, mas ao mesmo tempo decidido, recebe uma
atenção especial de Cristo. Homem corajoso, que confessa sua fé em Cristo,
disposto a acompanhá-lo em sua paixão, caminha sobre as águas, quer defender o
seu Mestre, mas ao mesmo tempo tão frágil a ponto de trair o seu Mestre,
negando conhecê-lo, por três vezes.
Mas é sobre
esta fragilidade fundamentada na fé que Cristo edifica sua Igreja. Paulo, homem
zeloso, que passou de perseguidor da Igreja a apóstolo totalmente dedicado à
pregação do Evangelho. Temperamento forte e difícil, mas cresce no amor de
Cristo, a ponto de poder dizer: “Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive
em mim”. A Solenidade de Pedro e Paulo nos dá ocasião para aprofundar o nosso
amor à Igreja e a nossa missão aos povos. Em ambos vemos a nossa missão de
discípulos missionários. Eles se doam totalmente à causa da Igreja. A esta
mesma vocação somos todos chamados. Importa confiar no Senhor, buscando n’Ele a
sua força. Então ainda hoje Deus há de intervir e guiar a Igreja. A nossa fé em
Jesus Cristo passa pelos Apóstolos, passa pela Igreja. Cremos numa Igreja una,
santa, católica e apostólica. Se Pedro é a coluna da unidade da Igreja e da
comunhão na mesma fé, Paulo representa a dimensão missionária da Igreja,
enviada para o meio dos povos para lhes comunicar sem cessar o Evangelho. “Ai
de mim, se eu não evangelizar!”. Por ocasião desta Solenidade, celebramos o Dia
do Papa. Unidos ao atual Sucessor de Pedro, o Papa Bento XVI, a exemplo dos
primeiros cristãos que estavam unidos a Pedro, em oração, de modo especial, no
momento em que ele mais sofria. “A Igreja rezava continuamente a Deus por ele”
(At 12,5).
Hoje, também,
somos convidados a permanecer unidos ao Santo Padre, rezando por ele. Como
sinal de comunhão e de partilha, oferecemos, nas missas da Solenidade dos
Apóstolos Pedro e Paulo, o Óbolo de São Pedro, oferta a ser enviada
ao Papa para atender às necessidades da Igreja no mundo inteiro. Em Roma,
solenidade comemorada mesmo no dia 29 de junho, onde Pedro e Paulo deram a vida
por Cristo e são patronos da cidade, o Papa entregou o pálio aos novos
arcebispos do mundo inteiro, isto é, um pano de lã branca confeccionado com a
lã de cordeiros, adornado com seis cruzes e três cravos, símbolo da Paixão. O
simbolismo da lã pura sobre os ombros recorda o Bom Pastor que leva as ovelhas
consigo, e as cruzes bordadas em lã lembram as chagas de Cristo e sua Paixão
salvadora. Revigoremos nossa vida cristã no testemunho no testemunho apostólico
para realizarmos hoje a missão que Jesus confiou a eles e também a nós. Sigamos
o exemplo destes dois Apóstolos que nos deram as primícias da fé.
Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena
Bispo de Guarabira (PB)
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