sexta-feira, 1 de junho de 2012
Simplicidade que cativa e ensina
Deus criou o mundo com toda a sua beleza e, à sua imagem, criou o homem e a mulher. Deu-lhes a dignidade de filhos seus e tantas virtudes que tornam homens e mulheres a obra prima da criação. E a tal ponto teve consideração e amor à humanidade que quis que seu Filho amado nascesse de uma mulher e se tornasse um de nós.
A Jesus Cristo, que nos revelou “o rosto humano de Deus”, devemos sempre louvor e gratidão, por ter elevado tão alto a nossa condição de peregrinos por este mundo. Jesus foi uma pessoa simples e cativante em suas atitudes e ensinamentos. E com essas atitudes e ensinamentos conviveu durante trinta e três anos sua mãe Maria. É, por isso, que Nossa Senhora, a primeira discípula e missionária de Jesus, é modelo para todos nós, e, de modo especial, para as mulheres.
Refletindo sobre os textos bíblicos que falam de Maria, percebemos com facilidade o quanto ela foi fiel a Deus e cultivou muitas virtudes, entre as quais
a humildade e a simplicidade. Longe de se enaltecer, de se sentir vaidosa por ter sido escolhida para ser a mais importante mãe da história da humanidade, ela proclamou as maravilhas da bondade divina, considerando-se serva, servidora. É o que nos mostra a bela oração do Magnificat, que entoou quando da saudação de sua prima Isabel:”A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da sua serva. De hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações, pois o Todo-Poderoso fez em mim maravilhas. Santo é o seu nome” (Lc 1,46-49).
Todos temos muito a aprender com Maria. De modo especial, as mulheres e, mais ainda, as adolescentes e jovens de hoje. Em um tempo em que há uma cultura da vaidade, da exposição do corpo, que valoriza tão somente predicados exteriores da mulher, seria muito educativo olhar para a jovem de Nazaré: pura, humilde e simples. Mulher igual às mulheres de todos os tempos, com sonhos, aspirações e projetos: ter um namorado, amar, ser amada, casar-se, ter filhos, ser feliz, fazendo outras pessoas felizes. Maria viveu essa realidade com muito amor e simplicidade para servir ao seu Deus. E sua beleza interior era tanta que se refletia no exterior, transbordando-se de forma natural para sua face, seu sorriso, seu olhar. Todas as pinturas que, desde os primeiros séculos do cristianismo, tentam nos trazer a imagem de Maria, retratam a linda mulher que foi a esposa amada de José.
É isso! Não há necessidade de preocupação exagerada com ornamentos, enfeites e outros recursos que o marketing comercial exige da mulher para que pareça bela e preencha os padrões ditados por interesses nem sempre honestos. Todas as mulheres têm a dignidade e a beleza de filhas queridas de Deus. Basta que se valorizem na medida de sua grandeza diante dos olhos do Senhor, que sejam semelhantes à Mãe de Jesus, cuja simplicidade sempre transbordou em cativante simpatia e inigualável beleza.
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Luiz Rosa
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