manter e cultivar relações de ajuda fraterna
Em seu discurso,
Leão XIV afirmou que os "religiosos scalabrinianos e redentoristas,
escolhidos e consagrados para o serviço do episcopado e do cardinalato, trazem
ao seu ministério a herança de dois carismas importantes, especialmente em
nossos dias: o serviço aos migrantes e a evangelização dos pobres e
distantes".
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O arcebispo de Pouso Alegre, dom José Luiz Majella Delgado, C.Ss.R., é o segundo da direita para a esquerda na segunda fila. |
O Papa Leão XIV
recebeu em audiência, nesta quinta-feira (26/06), na Sala do Consistório, no
Vaticano, os bispos Redentoristas e Scalabrinianos.
O Pontífice
iniciou o seu discurso, manifestando satisfação por este encontro, destacando a
ocasião que o gerou: "A escolha de duas Congregações religiosas de se
encontrarem e refletirem com os confrades que se dedicaram à Igreja no
ministério episcopal." "Trata-se de um intercâmbio que certamente
enriquece os bispos presentes, suas comunidades e todo o Povo de Deus, como
ensina o Concílio Vaticano II", sublinhou o Papa.
Serviço aos
migrantes e evangelização dos pobres
"A Igreja é
grata aos seus Institutos, aos quais pediu, com a nomeação de bispos dentre os
seus membros, um sacrifício considerável em tempos de escassez de
religiosos", disse ainda Leão XIV, sublinhando que "o serviço à
Igreja inteira é para toda família religiosa a graça e a alegria mais
bonita".
“Em particular, vocês, religiosos scalabrinianos e redentoristas, escolhidos e consagrados para o serviço do episcopado e do cardinalato, trazem ao seu ministério a herança de dois carismas importantes, especialmente em nossos dias: o serviço aos migrantes e a evangelização dos pobres e distantes.”
A seguir, o Papa
recordou que "Santo Afonso Maria de Ligório, ao entrar em contato com a
miséria dos bairros mais abandonados de Nápoles no século XVIII, renunciou a
uma vida confortável e a uma carreira lucrativa, abraçando a missão de levar o
Evangelho aos últimos".
"São João
Batista Scalabrini, um século depois, soube sentir e fazer suas as esperanças e
os sofrimentos de muitas pessoas que partiam, deixando tudo para trás, em busca
de um futuro melhor para si e para suas famílias em países distantes", sublinhou.
“Ambos foram fundadores, tornaram-se bispos e souberam responder aos desafios de sistemas sociais e econômicos que ao mesmo tempo em que abriam novas fronteiras em vários níveis, também deixavam para trás tanta miséria ignorada e tantos problemas, criando bolsões de degradação com os quais ninguém parecia querer lidar.”
Ouvir a voz do
amor de Deus
Segundo o Papa,
"num momento histórico que apresenta grandes oportunidades e ao mesmo
tempo não está isento de dificuldades e contradições, celebrando o Jubileu
da Esperança queremos recordar que, hoje como ontem, a voz a ser ouvida para
compreender o que fazer é a do «amor de Deus [...] derramado em nossos corações
pelo Espírito Santo que nos foi dado»".
“Mesmo em nosso mundo, a obra do Senhor está sempre diante de nós: somos chamados a conformar nossas mentes e corações a ela por meio de um discernimento sábio. Estou convencido de que a discussão que vocês promoveram será muito útil para esse fim.”
Por fim, Leão
XIV os encorajou "a manter e a cultivar no futuro essas relações de ajuda
fraterna, com generosidade e abnegação, para o bem de todo o rebanho de Cristo".
Mariangela Jaguraba - Vatican News
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