Nossa Senhora Aparecida, Virgem da
alegria!
Assim o Papa Francisco saúda o povo
brasileiro por ocasião da festa da padroeira do Brasil celebrada neste sábado,
12 de outubro.
O Pontífice enviou sua mensagem durante participação no Sínodo sobre a sinodalidade, em andamento no Vaticano.
"No dia de Nossa Senhora Aparecida,
quero saudá-los e estar perto de vocês. Sigam em frente, com essa mensagem da
Virgem, que é toda a harmonia: harmonia entre todos os cristãos, harmonia com
toda a humanidade e harmonia climática", disse Francisco, utilizando uma
das expressões mais significativas deste Sínodo, a harmonia, quem tem o
Espírito Santo como protagonista.
O Papa recordou ainda sua presença no
Santuário Nacional, que visitou "várias vezes" e concluiu com um
auspício: "Peço à Virgem de Aparecida, a quem eu visitei várias vezes, que
os abençoe, que os faça ir em frente e que os faça muito alegres, porque ela é
a Virgem da alegria. Que o Senhor os abençoe".
Com informações da Vatican News
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História da querida imagem da Padroeira do Brasil:
Seis décadas depois de criada a Vila de
Guaratinguetá, um certo capitão José Correia Leite, adquiriu terras em
Tetequeras, nas margens do Rio Paraíba do Sul, cerca,de três léguas abaixo de
Pindamonhangaba. O Porto existente em sua fazenda, ficou então conhecido pelo
nome de Porto José Correia Leite (atual Porto Itaguaçú).
Em dezembro de 1716, o rei D. João V,
nomeou D. Pedro Miguel de Almeida Portugal e Vasconcelos, conhecido como Conde
de Assumar, para governar como Capitão General a Capitania de São Paulo e Minas
Gerais, que pouco depois seria desmembrada em duas, por sugestão dele mesmo.
Foi homem importante, viria a ser mais tarde vice-rei da Índia. Embarcou no Rio
de Janeiro para Angra dos Reis, Parati e Santos, daí galgou a Serra do Mar e
foi a São Paulo, onde tomou posse em 04 de setembro de 1717. Pouco depois
seguiu para Minas Gerais, pela chamada estrada real, hospedando-se com toda sua
comitiva em Guaratinguetá de 17 a 30 de outubro, à espera de suas bagagens que
deixara no porto de Parati.
A Câmara Municipal da Vila de Santo Antonio de Guaratinguetá viu-se em apuros para abastecer a mesa de tão ilustre visitante, por isso convocou os pescadores Domingos Garcia, Felipe Pedroso e João Alves, e os mesmos saíram em pescaria pelo Rio Paraíba. Desceram e subiram o rio várias vezes e nada conseguiram, chegando ao Porto “José Correia” o pescador João Alves arremessando sua rede às águas do Rio Paraíba sentiu que algo ali se prendera, puxou-a de volta ao barco e viu que se tratava de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, sem a cabeça. Arremessou novamente a rede e apanhou a cabeça da imagem. Os três pescadores sem nada entender continuaram a pescaria, quando para surpresa de todos os peixes surgiram em abundância para aqueles homens.
Nossa Senhora Aparecida, abençoai todos nós, seus filhos! |
A casa de Silvana foi o primeiro oratório
que teve aquela imagem, e ficou com ela cerca de nove anos, até 1726, data
provável de seu falecimento. O marido e o filho, Deus já os chamara antes.
Assim tornou-se herdeiro da imagem seu irmão, Felipe Pedroso, o único
sobrevivente da milagrosa pescaria. Sua casa foi o segundo oratório, por seis
anos, perto da Ponte Sá (proximidade da atual Estação Ferroviária) e também o
terceiro, por mais sete anos, na Ponte Alta, para onde se mudara. Em 1739,
Felipe Pedroso mudou-se mais uma vez, já velho, para o Itaguaçu, e fez a
entrega da imagem a seu filho Atanásio. Até então a imagem ficava dentro do
baú, guardada, e só era tirada de lá nas horas da preces, quando era posta
sobre uma mesa. Na casa de Atanásio Pedroso, que ficou sendo seu quarto
oratório, ela passou a ter altar e oratório de madeira, feitos por ele. Chamava
sempre parentes e amigos e com eles rezava o terço e entoava cânticos. O número
de devotos começou a aumentar, alguns sentiram-se favorecidos por graças e até
por milagres, que apregoavam. A fama da Santa Aparecida foi crescendo e a
notícia dos prodígios chegou aos ouvidos do vigário da Paróquia, Padre José
Alves, que mandou seu sacristão, João Potiguara, assistir as rezas e observar.
Baseado nas informações desse, e tendo ouvido outras pessoas, resolveu o
vigário construir uma capelinha ao lado da casa de Atanásio, que, nessas
alturas, estava morando no Porto Itaguaçú, onde a imagem fora encontrada.Reprodução do encontro da Imagem
Assim, 28 anos depois de “aparecida” a
imagem nas águas do Rio Paraíba do Sul, ela teve sua capela, que iria durar 138
anos, até 1883.
Em 1894, chegou em Aparecida um grupo de
padres e irmãos da Congregação dos Missionários Redentoristas, para trabalhar
no atendimento aos romeiros que acorriam aos pés da Virgem Maria para rezar com
a Senhora “Aparecida” das águas.
No dia 8 de setembro de 1904, D. José
Camargo de Barros coroou solenemente a Imagem de Nossa Senhora Aparecida. Em 29
de abril de 1908, a igreja recebeu o título de Basílica Menor, passados vinte
anos, no dia 17 de dezembro de 1928, a vila que se formou ao redor da Igreja no
alto do Morro dos Coqueiros tornou-se Município, e em 1929, Nossa senhora foi
proclamada Rainha do Brasil e sua Padroeira oficial, por determinação do Papa
Pio XI.
Com o passar do tempo o aumento do número
de romeiros foi aumentando e a Basílica tornou-se pequena. Foi então que os
Missionários Redentoristas e os senhores Bispos iniciaram no dia 11 de novembro
de 1955 a construção da atual Basílica Nova, o maior Santuário Mariano do
Mundo. Em 1980, ainda em construção, recebeu o título de Basílica Menor pelo
Papa João Paulo II. Em 1984, foi declarada oficialmente Basílica de Aparecida
Santuário Nacional, pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).
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