para o 21º Domingo Comum
O amor é a Lei, é
a opção radical. Submissão significa respeito e não subserviência. Todavia,
para uma opção livre, segura, fundada no amor, será necessário o profundo
contato com Deus e saber que Ele nos governa.
Na primeira
leitura, extraída de Josué 24, 1-2.15-18, ele se dirige ao povo e diz:” Se
vos parece mal servir ao Senhor, escolhei hoje a quem quereis servir: se aos
deuses a quem vossos pais serviram na Mesopotâmia ou aos deuses dos amorreus,
em cuja terra habitais.”
E Josué
acrescenta:” Quanto a mim e à minha família, nós serviremos ao Senhor”. E o
povo responde que também eles servirão ao Senhor, acrescentando os benefícios
que o Senhor lhes proporcionou.
No Evangelho, João
6, 60-69, é o próprio Cristo quem questiona o povo depois de muitos discípulos
terem voltado atrás e não andarem mais com ele (v.66). “Vós também quereis ir
embora?”, perguntou Jesus aos doze. E Pedro responde:” A quem iremos, Senhor?
Tu tens palavras de vida eterna. Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és
o santo de Deus”. Tanto Josué, como Jesus, não amenizam as propostas. São
radicais, ou seja, vão à raiz! Não existe meio termo, não será servir ao Senhor
e nem ir a Ele com atitudes indefinidas, vagas, encima do muro. Não interessa
ter rebanho numeroso, mas seguidores integrados, missionários convictos.
Vamos à segunda
leitura, aquele trecho famoso de Paulo na Carta aos Efésios 5, 21-32.
Muitos sacerdotes e leigos machistas usam essa perícope para exercer sua
misoginia. Em uma sociedade bem estruturada existem os líderes e cada membro
tem sua autoridade e todos devem seguir o amor como está escrito principalmente
no versículo 28.
O amor é a Lei, é
a opção radical. Submissão significa respeito e não subserviência. Todavia,
para uma opção livre, segura, fundada no amor, será necessário o profundo
contato com Deus e saber que Ele nos governa.
Jesus foi o
enviado pelo Pai para nos congregar como Povo Santo, contudo, muitos desistiram
de sua liderança, um dos escolhidos o traiu, na hora suprema da cruz foi
abandonado por seus discípulos mais próximos e Pedro, o escolhido para conduzir
seus companheiros, o negou. Mas, a presença do Espírito fortaleceu a obra de
Cristo e podemos ver na Igreja nascente, o respeito de todos à liderança de
Pedro e a auto entrega do mesmo, até à morte, para a santificação de seus
irmãos. Que reflitamos o mesmo em relação a Paulo, sua permanente entrega e
doação em suas cartas relatadas.
Como vivemos nosso
batismo? Nossa entrega ao Povo de Deus?
Somos cristãos de
fato, em nossos relacionamentos, seja em casa, no trabalho ou na sociedade?
Padre Cesar Augusto, SJ
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