domingo, 1 de setembro de 2019

Papa no Angelus:

Jesus convida à generosidade desinteressada
"A retribuição humana, de fato, geralmente distorce os relacionamentos, os torna comerciais, introduzindo o interesse pessoal em uma relação que deveria ser generosa e gratuita. Em vez disso, Jesus convida à generosidade desinteressada, para abrir-nos o caminho em direção a uma alegria muito maior, a alegria de ser partícipes do próprio amor de Deus que nos espera, todos nós, no banquete celeste."
Cidade do Vaticano - A alocução do Papa Francisco neste domingo, 1 de setembro, antes de rezar o Angelus com os fiéis reunidos na Praça São Pedro:
Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Antes de tudo, tenho que me desculpar pelo atraso, mas houve um incidente: fiquei trancado no elevador por 25 minutos! Houve uma queda de tensão e o elevador parou. Graças a Deus vieram os bombeiros - agradeço tanto a eles! - e depois de 25 minutos de trabalho,  conseguiram fazer com que voltasse a funcionar. Uma salva de palmas para os bombeiros!
O Evangelho deste domingo mostra-nos Jesus participando de um banquete na casa de um chefe dos fariseus. Jesus olha e observa como os convidados correm, se apressam para conseguir os primeiros lugares. É um comportamento bastante difundido, também em nossos dias, e não somente quando somos convidados para um almoço: habitualmente busca-se o primeiro lugar para afirmar uma suposta superioridade sobre os outros.
Na realidade, essa corrida aos primeiros lugares faz mal à comunidade, quer civil como eclesial, porque destrói a fraternidade. Todos conhecemos estas pessoas: galgadores, que sempre se agarram para subir, subir. Fazem mal à fraternidade, prejudicam a fraternidade. Diante dessa cena, Jesus conta duas breves parábolas.
A primeira parábola é dirigida àquele que é convidado para um banquete e o exorta a não ocupar o primeiro lugar, «para que – diz ele - não aconteça que tenha um convidado mais digno do que tu e aquele que convidou os dois venha te dizer: "Por favor, para trás, dá lugar a ele!" Uma vergonha! Então tu ficarás envergonhado e irás ocupar o último lugar."
Em vez disso, Jesus nos ensina a ter a atitude oposta: “Quando tu fores convidado, vai sentar-te no último lugar. Assim, quando chegar quem te convidou, te dirá: 'Amigo, vem mais para cima'!". Portanto, não devemos buscar por iniciativa própria a atenção e a consideração de outros, mas sim permitir que sejam os outros a dá-la.
Jesus nos mostra sempre o caminho da humildade – devemos aprender o caminho da humildade! -  porque é o mais autêntico, o que também permite ter relações autênticas. A verdadeira humildade, não a humildade fingida, aquela que no Piemonte se chama a “mugna quacia”, não, aquela não. A verdadeira humildade.
Na segunda parábola, Jesus se dirige àquele que convida e, referindo-se à maneira de selecionar os convidados diz a ele: «Quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. Então tu serás feliz! Porque eles não te podem retribuir"(vv. 13-14).  Também aqui, Jesus Jesus vai completamente contracorrente, manifestando como sempre a lógica de Deus Pai. E também acrescenta a chave para interpretar esse seu discurso. E qual é a chave? Uma promessa: se fizerem assim,  “receberás a recompensa na ressurreição dos justos".
Isso significa que aquele que assim se comportar, terá a recompensa divina, muito superior à retribuição humana que se espera: eu te faço esse favor esperando que tu me faça outro. Não, isso não é cristão. A generosidade humilde é cristã.
A retribuição humana, de fato, geralmente distorce os relacionamentos, os torna comerciais, introduzindo o interesse pessoal em uma relação que deveria ser generosa e gratuita. Em vez disso, Jesus convida à generosidade desinteressada, para abrir-nos o caminho em direção a uma alegria muito maior, a alegria de ser partícipes do próprio amor de Deus que nos espera, todos nós, no banquete celeste.
Que a Virgem Maria, "humilde e mais elevada que uma criatura" (DANTE, Paradiso, XXXIII, 2), nos ajude a reconhecer-nos como somos, isto é, pequenos; e a nos alegrarmos em dar sem esperar recompensa.
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Assista:
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Papa convoca Consistório para 5 de outubro:
Portugal e Angola terão novos cardeais
Ao final do Angelus, o Papa Francisco anunciou para 5 de outubro a realização de um Consistório para a criação de dez novos purpurados. Entre eles está o arcebispo português Dom José Tolentino Medonça, Arquivista e Bibliotecário da Santa Romana Igreja.
Cidade do Vaticano - "Expressar a vocação missionária da Igreja que continua a anunciar o amor misericordioso de Deus a todos os homens da terra". Com estas palavras o Papa Francisco anunciou no final do Angelus deste domingo, 1 de setembro, a realização de um Consistório em 5 de outubro, para a criação de 13 novos cardeais. São eles:
1.  Dom Miguel Angel Ayuso Guixot, mccj – Presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso (Espanha)
2.  Dom José Tolentino Medonça – Arquivista e Bibliotecário da Santa Romana Igreja (Portugal).
3. Dom Ignatius Suharyo Hardjoatmodjo – Arcebispo de Jakarta (Indonésia).
4. Dom Juan de la Caridad García Rodríguez – Arcebispo de San Cristóbal de la Habana (Cuba).
5.  Dom Fridolin Ambongo Besungu, o.f.m. cap – Arcebispo de Kinshasa (República Democrática do Congo)
6.  Dom Jean-Claude Höllerich, sj – Arcebispo de Luxemburgo (Luxembrugo).
7.  Dom Alvaro L. Ramazzini Imeri – Arcebispo de Huehuetenamgo (Guatemala)
8.  Dom Matteo Zuppi – Arcebispo de Bolonha (Itália).
9.  Dom Cristóbal López Romero, sdb – Arcebispo de Rabat (Marrocos).
10. R.P. Michael Czerny, sj – Subsecretário da Seção de Migrantes – Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral (Canadá)
"Juntamente com eles - disse o Papa -, unirei aos membros do Colégio dos Cardeais, dois arcebispos e um bispo que se destacaram por seu serviço à Igreja":
1.  Dom Michael Louis Fitzgerald – Arcebispo Emérito de Nepte (Inglaterra).
2.  Dom Sigitas Tamkevicius, sj – Arcebispo Emérito de Kaunas (Lituânia).
3.  Dom Eugenio Dal Corso, psdp – Arcebispo Emérito de Benguela (Angola).
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Antes do Angelus, Papa preso 25 minutos no elevador
Atraso no início do Angelus causou apreensão. Foi o próprio Papa Francisco a explicar a causa do atraso: 25 minutos preso no elevador do Palácio Apostólico. Foi "salvo" pelos bombeiros do Vaticano.
Cidade do VaticanoOs olhares estavam todos voltados para a janela do Apartamento Pontifício, aguardando a abertura das cortinas que indicam a chegada do Papa Francisco, que antes de rezar o Angelus com os fiéis reunidos na Praça São Pedro, propõe uma reflexão sobre o Evangelho do domingo.
Como costuma ser pontual, o passar dos minutos sem a presença do Pontífice começou a provocar certa apreensão entre os peregrinos e turistas, mas também por quem acompanhava a transmissão pelos meios de comunicação. O mistério foi desvendado pelo próprio Francisco, em suas primeiras palavras:
"Antes de tudo, tenho que me desculpar pelo atraso, mas houve um incidente: fiquei preso no elevador por 25 minutos! Houve uma queda de tensão e o elevador parou. Graças a Deus vieram os bombeiros - agradeço muito a eles! - e depois de 25 minutos de trabalho,  conseguiram fazê-lo funcionar. Uma aplauso aos bombeiros!"
O Corpo de Bombeiros no Vaticano
Um Corpo de Bombeiros da Igreja já existia no tempo dos Estados Pontifícios, sempre bem equipado e dotado de equipamentos de combate a incêndio, como evidenciado por gravuras e aquarelas que remontam ao ano 1820.
No início do século XX, um serviço da Guarda Contra Incêndios operava nos Sacros Palácios Apostólico. Em 1941, sob o Pontificado de Pio XII, foi criado o Núcleo dos Bombeiros quando – em plena Segunda Guerra Mundial - a situação bélica sugeria constituir uma realidade operacional bem organizada, treinada e equipada com meios eficazes de intervenção de emergência na Cidade do Vaticano e em áreas extraterritoriais.
A Caserna do Núcleo passou a ter sua sede em locais especialmente preparados para este fim nos Palácios Vaticanos, com entrada pelo Pátio do Belvedere, onde está até hoje.
Reorganização
Em 2002, com a Lei sobre o Governo do Estado, foi instituída a Direção de Serviços de Segurança e Proteção Civil, à qual for passou a ser submetido o Corpo da Gendarmaria e o Corpo de Bombeiros. A partir de então, teve início uma verdadeira reorganização do Corpo, que foi dotado de pessoal altamente qualificado.  A caserna também passou por uma reestruturação radical.
As intervenções
Os “Vigili del Fuoco” além das tarefas específicas de intervenções para combater incêndios, são responsáveis por atividades de ações de emergência e preventivas, para proteger pessoas e bens, inclusive histórico-artísticos.
Ademais, fazem o controle de equipamentos anti- incêndio localizados na Cidade do Vaticano e em algumas áreas extraterritoriais.
Eles também realizam tarefas de proteção civil em colaboração com seus colegas da Gendarmaria: uma equipe interveio nos locais atingidos pelo terremoto na Itália central em 2016.
Atualmente, a equipe é composta por 30 policiais, chefiados por um oficial coordenador.
Papa convoca Consistório para 5 de outubro: Portugal e Angola terão novos cardeais
Ao final do Angelus, o Papa Francisco anunciou para 5 de outubro a realização de um Consistório para a criação de dez novos purpurados. Entre eles está o arcebispo português Dom José Tolentino Medonça, Arquivista e Bibliotecário da Santa Romana Igreja.
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Assista:
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