sábado, 24 de agosto de 2019

Reflexão para o

21º Domingo do Tempo Comum
Na reflexão do Pe. Cesar Augusto dos Santos sobre a Liturgia do XXI Domingo do Tempo Comum: ao caminhar para Jerusalém, Jesus anuncia o Reino do Céu. Caminhar para a Cidade Santa supõe maturidade, sair de si e voltar-se para o outro.
No Evangelho, Jesus anuncia o Reino do Céu a todos os seres humanos.
Ele o anuncia através de sua caminhada para Jerusalém, caminhada não apenas no sentido geográfico, mas principalmente no sentido teológico. Para nós é a caminhada para a salvação. Por isso ela começa com a pergunta sobre se são muitos ou são poucos os que se salvam.
Jesus não a responde, mas fala que a salvação depende do compromisso radical com o projeto do Pai, a prática da justiça.
Muitos pensam em entrar no Reino apenas pertencendo à Igreja pelo batismo, fazendo parte de alguma associação, tendo títulos religiosos honoríficos, mas tudo isso para Jesus diz pouco ou nada.
É necessário não praticar injustiças, não ser conivente com elas, não ser omisso, mas comprometer-se, radicalmente, com a prática da justiça e sentir-se pequeno, não contando com suas obras, suas práticas religiosas, mas contando apenas com a misericórdia divina.
Na segunda leitura, o autor da Carta ao Hebreus nos incentiva à perseverança por causa das lutas travadas para serem todos fiéis ao projeto de Deus. O grande incentivo e modelo de perseverança é Cristo Crucificado. Mais ainda, seu autor diz que o sofrimento ajuda os cristãos a alcançar a maturidade da fé.
Se Deus permite que soframos, é porque não somos estranhos a Ele, mas filhos queridos. Ele deseja nossa perfeição. Não é Ele que nos envia sofrimentos. Doenças e aflições não procedem de Deus, mas da circunstâncias da vida e, às vezes, da maldade dos homens.
Não existe um número de eleitos, de chamados à salvação. O que existe é um apelo permanente à conversão. Para o cristão, o sofrimento não deverá deprimir, mas fazer crescer em nós frutos de paz e de justiça.
Estamos dispostos a entrar pela porta estreita da desinstalação e do compromisso com os marginalizados? Abrimos a porta de nosso coração para que também ela deixe de ser estreita e se torne ampla?
Muitas vezes lutar pela justiça, desinstalar-se pode levar o cristão à porta estreita, mas será exatamente essa atitude que irá abrir as portas do coração, e isso poderá fazer sofrer, poderá fazer doer!
Desinstalar-se, lutar pelo direito e pela justiça faz sofrer porque nos coloca em luta contra o egoísmo de outros e também nossos, lutar nos tira do comodismo, nos desinstala.
Caminhar para Jerusalém supõe maturidade, supõe sair de si e estar voltado para o outro.
                                                                                              Pe. Cesar Augusto dos Santos 
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                                                                                                               Fonte: vaticannews.va

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