sexta-feira, 26 de abril de 2019

Leituras do

2º Domingo da Páscoa
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1ª Leitura: At 5,12-16
Atos dos Apóstolos:
Muitos sinais e maravilhas eram realizados entre o povo pelas mãos dos apóstolos. Todos os fiéis se reuniam, com muita união, no Pórtico de Salomão.
Nenhum dos outros ousava juntar-se a eles, mas o povo estimava-os muito.
Crescia sempre mais o número dos que aderiam ao Senhor pela fé; era uma multidão de homens e mulheres. Chegavam a transportar para as praças os doentes em camas e macas, a fim de que, quando Pedro passasse, pelo menos a sua sombra tocasse alguns deles.
A multidão vinha até das cidades vizinhas de Jerusalém, trazendo doentes e pessoas atormentadas por maus espíritos. E todos eram curados.
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Salmo: 117
- Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! “Eterna é a sua misericórdia!”
- Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! “Eterna é a sua misericórdia!”
- A casa de Israel agora o diga:/ “Eterna é a sua misericórdia!’/ A casa de Aarão agora o diga:/ “Eterna é a sua misericórdia!”/ Os que temem o Senhor, agora o digam:/ “Eterna é a sua misericórdia!”
- “A pedra que os pedreiros rejeitaram/ tornou-se agora a pedra angular./ Pelo Senhor é que foi feito tudo isso:/ Que maravilhas ele fez a nossos olhos!/ Este é o dia que o Senhor fez para nós,/ Alegremo-nos e nele exultemos!
- Ó Senhor, dai-nos a vossa salvação,/ ó Senhor,/ dai-nos também prosperidade!”/ Bendito seja,/ em nome do Senhor,/ aquele que em seus átrios vai entrando!/ Desta casa do Senhor vos bendizemos./ Que o Senhor e nosso Deus nos ilumine!
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2ª Leitura: Ap 1,9-11a.12-13.17-19
Livro do Apocalipse de São João:
Eu, João, vosso irmão e companheiro na tribulação, e também no reino e na perseverança em Jesus, fui levado à ilha de Patmos, por causa da Palavra de Deus e do testemunho que eu dava de Jesus.
No dia do Senhor, fui arrebatado pelo Espírito e ouvi atrás de mim uma voz forte, como de trombeta, a qual dizia: “O que vais ver, escreve-o num livro”.
Então voltei-me para ver quem estava falando; e ao voltar-me, vi sete candelabros de ouro. No meio dos candelabros havia alguém semelhante a um “filho de homem”, vestido com uma túnica comprida e com uma faixa de ouro em volta do peito.
Ao vê-lo, caí como morto a seus pés, mas ele colocou sobre mim sua mão direita e disse: “Não tenhas medo. Eu sou o Primeiro e o Último, aquele que vive. Estive morto, mas agora estou vivo para sempre. Eu tenho a chave da morte e da região dos mortos.
Escreve pois o que viste, aquilo que está acontecendo e que vai acontecer depois”.
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Evangelho: Jo 20,19-31
Evangelho de São João:
Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: “A paz esteja convosco”.
Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor.
Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”.
E, depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos”.
Tomé, chamado Dídimo, que era um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio. Os outros discípulos contaram-lhe depois: “Vimos o Senhor!”
Mas Tomé disse-lhes: “Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei”.
Oito dias depois, encontravam-se os discípulos novamente reunidos em casa, e Tomé estava com eles. Estando fechadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco”.
Depois disse a Tomé: “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel”.
Tomé respondeu: “Meu Senhor e meu Deus!” Jesus lhe disse: “Acreditaste, porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!”
Jesus realizou muitos outros sinais diante dos discípulos, que não estão escritos neste livro. Mas estes foram escritos para que acrediteis que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome.
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Reflexão:
Bem-aventurados os que acreditaram no Ressuscitado!

"Nós devemos acreditar no Cristo Ressuscitado contra todas as aparências que o bem é mais forte do que o mal"
A liturgia deste domingo põe em relevo o papel da comunidade cristã como espaço privilegiado de encontro com Jesus Ressuscitado.
Dom Eurico dos Santos Veloso
Depois de Ressuscitar, Jesus apareceu aos seus discípulos como jardineiro, pescador, peregrino. Neste domingo ele aparece na forma de comunidade eclesial. Na primeira vez em que o Senhor Ressuscitado aparece aos onze apóstolos, Tomé não se encontrava presente. Portanto, Tomé não vê o Senhor Ressuscitado, não recebe o Divino Espírito Santo, não se alegra com os seus irmãos apóstolos. Quando toda a comunidade dos apóstolos lhe narra o ocorrido, Tomé não consegue acreditar. Se ele não estiver presente, se não experimentar, não vai acreditar. Não é difícil nos identificarmos com a reação de Tomé, porque também nós muitas vezes não aceitamos crer sem ver. E o que faz Jesus? Aparece a Tomé, não para satisfazer seus caprichos, mas para ensinar-lhe uma lição: “Creste por que me viste? Bem-aventurados os que creram sem ter visto” (cf. Jo 20,29). Bem-aventurados os que creram no testemunho dos apóstolos, no testemunho da comunidade, daqueles que viram Jesus. Nenhum de nós, nos dias de hoje, viu Jesus como aos apóstolos viram. Mas, por crermos no que eles viram, somos mais felizes que São Tomé, porque nossa fé transforma a comunidade paroquial – cada um de seus irmãos e irmãs – na própria pessoa de Cristo Ressuscitado. Por isso demos graças a Deus por crermos que Jesus está aqui presente nesta assembleia orante.
O Evangelho (cf. Jo 20,19-31) sublinha a ideia de que Jesus vivo e ressuscitado é o centro da comunidade cristã; é à volta d’Ele que a comunidade se estrutura e é d’Ele que ela recebe a vida que a anima e que lhe permite enfrentar as dificuldades e as perseguições. Por outro lado, é na vida da comunidade (na sua liturgia, no seu amor, no seu testemunho) que os homens encontram as provas de que Jesus está vivo.
A segunda leitura (cf Ap 1,9-11a.12-13.17-19) insiste no motivo da centralidade de Jesus como referência fundamental da comunidade cristã: apresenta-O a caminhar lado a lado com a sua Igreja nos caminhos da história e sugere que é n’Ele que a comunidade encontra a força para caminhar e para vencer as forças que se opõem à vida nova de Deus.
A primeira leitura (cf. At 5,12-16) sugere que a comunidade cristã continua no mundo a missão salvadora e libertadora de Jesus; e quando ela é capaz de o fazer, está a dar testemunho desse Cristo vivo que continua a apresentar uma proposta de redenção para os homens.
Nosso Senhor Jesus Cristo não promete a paz do comodismo, mas pelo contrário, envia os seus discípulos na missão árdua em favor do Reino, mas promete o Shalom, pois o Senhor nunca abandonará quem procura viver na fidelidade ao projeto de Deus. Jesus soprou sobre os discípulos, como Deus fez sobre Adão quando infundiu nele o espírito de vida; Jesus os recria com o Espírito Santo.
Nós devemos acreditar no Cristo Ressuscitado contra todas as aparências que o bem é mais forte do que o mal, a vida do que a morte, o Shalom do que a prepotência! Somente uma fé profunda e uma experiência da presença do Ressuscitado vai nos dar essa firmeza. O Apóstolo Tomé confessa Jesus nas palavras que o Salmista usa para Javé, Sl 35,23. No primeiro capítulo do Evangelho de João, os discípulos deram a Jesus uma série de títulos que indicaram um conhecimento crescente de quem ele era; aqui Tomé lhe dá o título final e definitivo – Jesus é Senhor e Deus! Como Príncipe da Paz, Jesus Ressuscitado é o Senhor, está vivo, por isso não cansamos de rezar: O Senhor esteja convosco: Respondemos Ele está no meio de nós! Testemunhemos esta verdade!
                                   Dom Eurico dos Santos Veloso Arcebispo Emérito de Juiz de Fora - MG
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                            Reflexão: cnbbleste2.org.br  Ilustração: franciscanos.org.br  Banner: cnbb.org.br

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