quarta-feira, 31 de julho de 2024

Francisco na intenção de oração para agosto:

rezemos
para que os líderes políticos estejam ao serviço de seu povo

A intenção de oração do Papa Francisco para agosto é pelos líderes políticos. Nesse sentido, O Vídeo do Papa deste mês acompanha o desejo de Francisco no qual pede aos políticos para que “estejam ao serviço de seu povo”.

Pelos líderes políticos é a intenção de oração do Papa Francisco para o mês de agosto. Na mensagem de vídeo divulgada nesta terça-feira (30/07), o Santo Padre diz que "atualmente a política não tem boa fama: corrupção, escândalos, está distante do dia a dia das pessoas". "Mas, podemos avançar em direção à fraternidade universal sem uma boa política? Não", responde o Papa.

As primeiras palavras do Pontífice, na mensagem de vídeo que introduz sua intenção de oração para o mês de agosto, parecem dizer o que pensam muitos de nós: que a política é um negócio sujo nas mãos de quem só pensa em enriquecer-se ou alcançar o poder. Os que se dedicam à política, aos olhos das pessoas comuns, devem ser vistos com receio: certamente terão algum interesse pessoal que esconder.

A política é uma das formas mais altas da caridade

No entanto, na medida em que passam os segundos, no vídeo, fica claro que o Papa Francisco está dizendo outra coisa. Ele está nos lembrando que sempre é possível outro tipo de política:

Como disse Paulo VI, a política é uma das formas mais altas da caridade, porque busca o bem comum. Falo da POLÍTICA com maiúsculas, não da politicagem. Falo da política que escuta a realidade, que está a serviço dos pobres, não da que está escondida em grandes edifícios com longos corredores. Falo da política que se preocupa com os desempregados e sabe muito bem como pode ser triste um domingo quando a segunda-feira é um dia a mais sem poder ir trabalhar. Se a vemos assim, a política é muito mais nobre do que aparenta.

As imagens que acompanham suas palavras querem contar exatamente isto, alternando situações de vida em dois contextos diversos: um, no qual as pessoas sobrevivem por conta própria (uma mulher refugiada, um adulto desempregado, crianças sem água, uma pessoa em situação de rua), e outro em que, ao contrário, encontraram uma resposta - às vezes de modo emergencial, às vezes permanente - aos seus problemas. O mundo sem boa política e o mundo com boa política.

Que os líderes políticos estejam ao serviço de seu povo

Agradeçamos aos muitos políticos que desempenham sua tarefa com vontade de servir, não de poder, todos seus esforços pelo bem comum. Rezemos para que os líderes políticos estejam ao serviço de seu povo, trabalhando pelo desenvolvimento humano integral, trabalhando pelo bem comum, cuidando dos que perderam seu emprego e dando prioridade aos mais pobres.

Os cristãos, especialmente os leigos, são chamados a participar da vida política, para poder construir uma sociedade mais justa e solidária. “Um indivíduo pode ajudar a uma pessoa necessitada, porém quando se une a outros para gerar processos sociais de fraternidade e de justiça para todos, entra no campo da mais ampla caridade, a caridade política”, reflete o Papa Francisco sobre este tema na encíclica Fratelli Tutti.

Quando um político não deixa espaço para o diálogo, a cooperação e o compromisso com a dignidade das pessoas – chaves que o Papa destaca na Fratelli Tutti, não se alcança o desenvolvimento integral da sociedade. Problemas como a fome e a pobreza, as guerras ou as crises ambientais, para citar alguns, são agravados por uma liderança política egoísta e ávida de poder. 

_____________________________________________________________________________________
                                                                                                                     Fonte: vaticannews.va

terça-feira, 30 de julho de 2024

O Papa aos acólitos e coroinhas:

com Jesus estar com os outros de uma maneira nova

Francisco encontrou-se com os acólitos e coroinhas, na Praça São Pedro, no âmbito da 13ª Peregrinação Internacional da Associação Internacional dos Ministrantes que este ano tem como tema “Contigo”. "O “contigo” de Jesus, graças ao seu amor, torna-se o meu, o teu, o nosso “contigo”, que cada um pode dar aos outros", disse Francisco aos ministrantes.

O Papa Francisco encontrou-se, na tarde desta terça-feira (30/07), com cerca de 50 mil acólitos e coroinhas, na Praça São Pedro, no âmbito da 13ª Peregrinação Internacional da Associação Internacional dos Ministrantes, Coetus Internationalis Ministrantium (CIM), que este ano tem como tema “Contigo”.

"A Praça São Pedro é sempre bonita, mas convosco torna-se ainda mais bonita", disse Francisco no início de seu discurso, dando as boas-vindas e agradecendo aos ministrantes por terem vindo a Roma, alguns até pela primeira vez.

Contigo, uma palavra que encerra o mistério do amor

"O tema de sua peregrinação chamou-me a atenção: “Contigo”. Sabeis porque é que me impressiona? Porque diz tudo numa palavra. Isto é belíssimo e abre espaço para procurar, para encontrar possíveis significados", sublinhou o Papa.

Contigo. É uma palavra que encerra o mistério da nossa vida, o mistério do amor. Quando um ser humano é concebido no ventre materno, a mãe diz-lhe: “Não tenhas medo, eu estou contigo”. Mas, misteriosamente, a mãe também sente que aquela pequena criatura lhe diz: “Estou contigo”. E isto, de um modo diverso, aplica-se igualmente ao pai!

Jesus está, espiritual e fisicamente, “conosco”

"Pensando e, neste momento, olhando para vós, este “contigo” se enriquece com novos significados", disse ainda o Papa, acrescentando que a experiência de serviço dos acólitos e coroinhas na Liturgia o fez pensar que "o primeiro sujeito, o protagonista deste “contigo” é Deus. Jesus disse: «onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles». E isto realiza-se plenamente na Missa, na Eucaristia: ali o “contigo” torna-se presença real e concreta de Deus no Corpo e no Sangue de Cristo".

Todos os dias, o sacerdote vê este mistério acontecer nas suas mãos; e vós, quando servis ao altar, também o vedes. E ao recebermos a Sagrada Comunhão, podemos experimentar que Jesus está, espiritual e fisicamente, “conosco”. Ele te diz: “Eu estou contigo”, mas não o diz com palavras, mas naquele gesto, naquele ato de amor que é a Eucaristia. E, na Comunhão, também tu podes dizer ao Senhor Jesus: “Eu estou contigo”, não com palavras, mas com o teu coração e o teu corpo, com o teu amor. Precisamente porque Ele está conosco, também nós podemos estar verdadeiramente com Ele.

Graças a Jesus dizer ao teu próximo “estou contigo”

"Aqui está, queridos jovens, o ponto-chave! Espero conseguir fazer-me entender: o “contigo” de Jesus, graças ao seu amor, torna-se o meu, o teu, o nosso “contigo”, que cada um pode dar aos outros. Assim, podemos cumprir o seu mandamento: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”", disse o Papa, acrescentando:

Se tu, acólito, como Maria, guardas no teu coração e na tua carne o mistério de Deus que está contigo, então és capaz de estar com os outros de uma maneira nova. Graças a Jesus, sempre e só graças a Ele, também tu podes dizer ao teu próximo “estou contigo”, não com palavras, mas com ações e gestos, com o coração e com uma proximidade concreta: chorar com quem chora, alegrar-se com quem se alegra, sem julgamentos nem preconceitos, sem fechamentos nem exclusões. Até contigo que não me és simpático; e contigo, que és diferente de mim; e contigo, que és um estrangeiro; e contigo, por quem não me sinto compreendido; e contigo, que nunca vens à igreja; e contigo, que dizes não acreditar em Deus.

"Queridos jovens, que grande mistério nesta simples palavra: contigo", sublinhou Francisco, agradecendo "a quem a escolheu" e também aos acólitos e coroinhas que se fizeram "peregrinos, para partilhar a alegria de pertencer a Jesus, de ser servos do seu Amor, servos do seu Coração ferido que cura as nossas feridas, que nos salva da morte e nos dá a vida eterna". "Obrigado, jovens amigos! E uma boa caminhada com Jesus", concluiu.

_____________________________________________________________________________________
                                                                                                                     Fonte: vaticannews.va

Padre Zezinho esclarece:

Não tivemos os mesmos mestres

Pe. Zezinho, scj |||||||||||||||||||||||||||||||

________________________________

GVL escreveu comparando as letras das minhas canções que serão publicadas e refletidas em livro de 1800 canções e as canções que se cantam hoje!

A comparação não é justa porque são duas vertentes e duas perspectivas. Eles optaram pela catequese do LOUVOR e eu pela Catequese SOCIOPOLÍTICA. Ambas estão na Bíblia e nos documentos da Igreja.

E, se alguém canta louvores, isto não significa que ele é direitista e conservador, da mesma forma que quem canta doutrina social não significa que ele é esquerdista ou marxista. A GVL errou na análise.

É fácil explicar. Alguns vivem para LOUVAR. Isto está nos salmos e nos hinos da Bíbli . Encaram isto como seu chamado e vocação.

Seus mestres ensinaram isto: LOUVEM E CANTEM LOUVORES.

****

No meu caso, fui ordenado padre um ano depois do Concílio, em 1966, meus mestres me ensinaram a mística da REPARAÇÃO e a proposta do Concílio que está na “Gaudium et Spes (Alegrias e esperanças dos povos).

Este documento propõe diálogo com todas as correntes políticas e religiosas e ecumênicas. É, pois, um documento sociopolítico, mas está longe de ser um documento comunista. É totalmente catequista! Escolhi este caminho, que também está na Bíblia e no CONCILIO Vaticano II.

Mas eu também componho louvores, contudo, por vocação, miro as alegrias e esperanças dos carregadores da própria cruz e da cruz dos outros.

****

Sigo a DSI, Doutrina Social da Igreja, e me inspiro nas 40 encíclicas sociais; desde a RERUM NOVARUM, de Leão XIII, a Mater et Magistra de João XXIII, a Populorum Progressio de Paulo VI e nas 7 encíclicas sociais de João Paulo II, e também as cinco encíclicas sociais do Papa Francisco. Estudei todas elas para compor minhas canções.

Mas é escolha deles compor e cantar o LOUVOR e é escolha minha cantar A DOR E A ESPERANÇA do povo.

****

Tivemos outros mestres e estudamos outros livros. Santa Tereza D’Avila e São João da Cruz e São Pio de Petralcina e alguns videntes também me fazem pensar, mas, para compor, eu me inspiro em documentos e encíclicas sociais e na espiritualidade de Santa Margarida Maria Alacocque, que pregava reparação pelas ofensas a Jesus. Tenho minhas fontes de inspiração e os outros compositores seguem outras fontes.

*****

Então é claro que os textos serão diferentes. Eles bebem da fonte do louvor e eu da fonte da alteridade.

***

As letras deles celebram o louvor e, em geral, mostram as comunidades ALELUIÁTICAS (alel-alelu-ia) (LOUVO-LOUVAI a JAVÉ) LOUVEMOS O SENHOR.

***

Eu fui formado na pregação aos GO-EL, OS DESAMPARADOS, os que não tem ninguém por eles e só tem EL, só tem DEUS por eles porque nem orar sabem.

Seguem esta espiritualidade: São Vicente de Paula, Madre Teresa de Calcutá, Irmã Dulce, Dom Helder e Dom Pedro Casaldáliga, Dom Paulo Arns, Dom Luciano Mendes e centenas de santos, santas, bispos e padres e leigos que pregam a ascensão dos pobres do mundo. Tudo isto também está nos salmos e em toda a Bíblia!

Sigo a REPARAÇÃO, a REDENÇÃO dos feridos pela vida, e canto estas dores do povo, como as dos Salmos 7 e 10 , 12 , 17 e 22 e o Miserere (Sl 51).

Eles cantam os salmos 8, 9, 15, 19 e cerca de 20 ou 30, e os salmos de Glória e Louvor e de 145 - 150.

Mas 130 deles alternam entre o LOUVOR, A DOR e a LIBERTAÇÃO DOS OPRIMIDOS.

***

Então os autores escolhem o que cantar. E cada qual escolhe o que musicar de acordo com a sua espiritualidade. São caminhos de espiritualidade. Mas todos apontam para o Céu e todos passam por Mateus 7,15-21 e Mateus 25,31-46.

Cantar só o louvor não significa que o cantor não ajuda os oprimidos e carentes. Cantar a libertação do oprimido não significa que o cantor não louva o Senhor!... Parece que alguns críticos católicos não perceberam isto!

Estamos no mesmo navio da fé, mas a depender do salão, os cantos não serão os mesmos. São escolhas dos maestros, compositores e cantores! Entendamos o que é Louvar e Dar Esperanças! Pz

____________________________________________________________________________________
                                                                                                   Fonte: facebook.com/padrezezinhoscj

Baixe as atividades para as crianças

da Semana Nacional da Família,
celebrada de 11 a 17 de agosto

A Comissão Episcopal para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) disponibilizou as atividades para as crianças da Semana Nacional da Família, que será celebrada entre os dias 11 e 17 de agosto, em todo o país. O link para acessar o material está disponível no QR Code de cada encontro e no Portal Vida e Família. Para receber as ilustrações, é necessário preencher o formulário com nome e e-mail aqui.

As imagens estão relacionadas ao tema abordado de cada encontro e é uma atividade que tem o objetivo de motivar as crianças a participarem deste momento especial da Igreja no Brasil.

Material gráfico

A Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF) também disponibilizou um pacote de arquivos que pode apoiar as comunidades, paróquias e dioceses nas confecções das artes para as redes sociais, banners e convites.

Acesse aqui o material.

Saiba mais

Neste ano, o tema para a Semana Nacional da Família está em sintonia com a Campanha da Fraternidade, e vai aprofundar a relação “Família e Amizade”, com o lema “Amizade, uma forma de vida com sabor do Evangelho”. Os encontros têm início no segundo domingo de agosto, dia 11. Para a celebração, são oferecidos oito encontros: um para cada dia da semana e um roteiro para o Dia dos Pais.

Ainda dá tempo para adquirir o subsídio Hora da Família. Acesse a loja virtual da CNPF aqui. Cada exemplar custa R$ 5,00.

Os pedido também podem ser feito pelo telefone e whatsapp da Pastoral Familiar em (61) 3443-2900 ou pelo e-mail vendas@cnpf.org.br.

Com informações do Portal Vida e Família

_____________________________________________________________________________________
                                                                                                                           Fonte: cnbb.org.br

segunda-feira, 29 de julho de 2024

Pouso Alegre recebe

visita das relíquias de Santa Teresinha


Entre os dias 01 e 04 de agosto, a cidade de Pouso Alegre recebe as relíquias de primeiro grau de Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face. O município, sede da Arquidiocese, é uma das 70 cidades brasileiras por onde passará os restos mortais da Santa das Rosas.

Foto tirada pela jornalista Cledina Reis,
na visita da Relíquia de Santa Terezinha
do Menino Jesus a Pouso Alegre em 1997.
Na imagem, nota-se Dom Ricardo Pedro.
Fonte: Redes sociais

Esta é a segunda vez que as relíquias visitam a cidade, sendo a primeira em 1997, quando se celebrou o centenário de morte de Teresa.  Neste ano, a ocasião da visita se deve as celebrações do Centenário de Canonização ocorrido em 17 de maio de 1925 pelo Papa Pio XI e os 150 anos de seu nascimento (02 de janeiro de 1873).

O relicário que é em madeira e acrílico, foi doado pelo povo brasileiro. Em seu interior, existe uma caixa de prata com o fêmur da perna direita e ossos do pé. A escolha desta parte do corpo da santa se deve a uma de suas falas em que gostaria de percorrer todo o mundo para anunciar o amor de Deus:

“Quereria percorrer a terra, pregar o teu nome, implantar no solo infiel a tua cruz gloriosa, mas, ó meu Bem-amado!, uma missão só não me bastaria. Quereria, ao mesmo tempo, anunciar o Evangelho nas cinco partes do mundo, e até nas ilhas mais longínquas.” 

Segundo o padre Jésus Andrade Guimarães, pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima de Pouso Alegre, a visita da relíquia de Santa Terezinha, em comemoração ao centenário de canonização “é para nós uma grande graça. É muito especial receber as relíquias, dado o amor dos fiéis por Santa Terezinha, dado valor na Igreja, proclamada inclusive como Doutora e que nos ensina a uma vida de oração, principalmente pelo pequeno caminho, pequena via, nas pequenas coisas a amar a Deus e amar o irmão. Ela é para nós uma mestra, uma doutora e sua presença através das relíquias, enche de bençãos o coração de todos e imploramos que do céu caia uma chuva de rosas que abençoe toda nossa cidade de Pouso Alegre.”

_____________________________________________________________________________________

Confira a programação completa da visita das Relíquias de Santa Teresinha do Menino Jesus:

Tríduo em preparação a chegada das Relíquias – de 29 a 31 de julho na Capela Santa Terezinha (Paróquia do Imaculado Coração de Maria)

15h – Terço Mariano e Novena das Rosas

16h – Missa

DIA 01 DE AGOSTO – QUINTA FEIRA

As relíquias sairão do Carmelo da cidade de Três Pontas (Diocese da Campanha)

16h – Acolhida das Relíquias no estacionamento do Supermercado Central no bairro Paineiras (ao lado do Batalhão do Corpo de Bombeiros), seguida de carreata até a Capela Santa Terezinha (Paróquia do Imaculado Coração de Maria)

17h – Terço Mariano

18h – Missa de Acolhida das relíquias presidida pelo padre Luiz Francisco Marvulo Martins, CMF

20h – Procissão em direção a Catedral Metropolitana

DIA 02 DE AGOSTO – SEXTA FEIRA

8h – Santa Missa na Catedral Metropolitana

10h – Terço Mariano na Catedral Metropolitana

12h15 – Santa Missa na Catedral Metropolitana

13h30 – Procissão com as relíquias até a Igreja Matriz da Paróquia Nossa Senhora de Fátima

14h – Recitação dos Mistérios Gozosos na Matriz de Fátima

15h – Santa Missa na Matriz de Fátima presidida pelo padre Jésus Andrade Guimarães

17h – Recitação dos Mistérios Dolorosos na Matriz de Fátima

18h30 – Recitação dos Mistérios Luminosos na Matriz de Fátima

19h15 – Santa Missa na Matriz de Fátima presidida pelo padre Jésus Andrade Guimarães

21h – Procissão com as relíquias até o Carmelo Sagrada Família com recitação dos Mistérios Gloriosos

DIA 03 DE AGOSTO – SÁBADO

7h – Terço Mariano no Carmelo Sagrada Família com participação do Movimento Restauradores do Coração de Maria

8h – Santa Missa no Carmelo Sagrada Família com participação da Paróquia Nossa Senhora do Carmo (Borda da Mata)

10h – Santa Missa no Carmelo Sagrada Família com participação das Paróquia da cidade de Itajubá

12h – Santa Missa com participação dos enfermos

14h – Santa Missa no Carmelo Sagrada Família com participação das Paróquias São Francisco de Paula (Poço Fundo) e Nossa Senhora de Lourdes (Maria da Fé)

16h – Santa Missa no Carmelo Sagrada Família com participação das Paróquias da cidade de Santa Rita do Sapucaí

18h – Santa Missa no Carmelo Sagrada Família com participação da Comunidade Imaculada Conceição

20h – Santa Missa no Carmelo Sagrada Família com participação da Pastoral Universitária

22h – Vígilia de Oração com a participação do Cenáculo Caminhando com Maria

0h – Vígilia de Oração com a participação dos Terços dos Homens

2h – Vígilia de Oração com a participação da Comunidade Javé Nissi

8h – Missa Solene presidida pelo Arcebispo dom José Luiz Majella Delgado, CSsR com a profissão temporária da Irmã Maria de Jesus. Após a Missa, envio das relíquias para a cidade de Passos/MG (Diocese de Guaxupé).

Quem foi Santa Terezinha?

Santa Terezinha nasceu em Alençon, França, no dia 2 de janeiro de 1873, e morreu no dia 30 de setembro de 1897, com apenas 24 anos. Mas ela viveu tão intensamente esses 24 anos que parece que viveu muito mais. A forma intensa que ela viveu foi uma intensa vida de oração.

Pintura de Henry Wingate(2014)

Santa Teresinha nasceu em uma família com ótimas condições financeiras e temente a Deus. Seus pais, Luis e Zélia, que agora são santos, recentemente canonizados pela Igreja, tiveram oito filhos, antes da caçula Teresinha. Quatro de seus irmãos morreram com pouca idade, restaram quatro irmãs de Teresa que também se tornaram freiras (Maria, Paulina, Leônia e Celina). Terezinha também sentiu um forte desejo de abraçar a vida religiosa e com apenas 15 anos obteve a autorização do Papa Leão XIII para entrar no mosteiro das carmelitas, em Lisieux.

Depois da morte de sua mãe, Terezinha ficava por diversos momentos bem triste e chorava muito. Aos dez anos, ela fez uma experiência forte com Nossa Senhora e mudou completamente a sua vida. Ela viu a imagem de Nossa Senhora como nunca havia visto antes, uma alegria tomou conta de seu ser e todas as suas penas foram entregues a Mãe de Deus. Após essa visão, Santa Terezinha diz: “a Santíssima Virgem sorriu para mim, foi por causa das orações que eu tive a graça do sorriso da Rainha do Céu” (História de uma alma).

Terezinha teve uma importante experiência com o Menino Jesus, no Natal de 1883, quando tinha apenas 13 anos de idade. Ela viu Jesus como o doador de uma total conversão. Depois disso, a sua vida foi transformada e ela começou a dar grandes passos na vida espiritual. Esse fato foi tão importante na vida da santa, que ela adotou o nome de Terezinha do Menino Jesus.

O seu lema de vida a partir do momento que entrou no Carmelo foi rezar pela conversão dos pecadores e por todos os sacerdotes. Porém, trazia em seu coração o grande desejo de ser missionária e anunciar aos quatro cantos do mundo a boa nova do Evangelho. Até que entendeu que deveria rezar do carmelo pela missão de toda a Igreja, devido à impossibilidade de sair em missão. Logo após a sua morte, o Papa Pio XI a declarou padroeira das missões.

As carmelitas de hoje seguem o mesmo carisma de Santa Terezinha do Menino Jesus e, do Mosteiro, rezam pela conversão dos pecadores e por toda a Igreja. Elas rezam e trabalham pela salvação das almas. Elas são madrinhas de oração dos sacerdotes, religiosos e seminaristas, intercedem junto à Deus por todas as vocações.

Santa Terezinha falece aos 24 anos de idade e diz em suas últimas palavras: “Oh Amo-O. Deus meu… amo-Vos!”. Após a morte de Terezinha, foram publicados os inúmeros escritos deixados por ela, que se tornaram conhecidos mundialmente. Dessa forma, cumpriu-se o seu desejo de que se espalhe pelo mundo chuva de rosas, de milagres e graças por todo o mundo. Sua beatificação aconteceu em 1923, sendo canonizada pelo Papa Pio XI em 1925, que a chamava de “uma palavra de Deus”. O Papa João Paulo II a proclamou doutora da Igreja, no dia 19 de outubro de 1997.

Créditos

Redação: Giuliano Cabral do Espírito Santo Beraldo

Foto de capa: Santuário de Lisieux

Informações: Padre Jésus Andrade Guimarães, Paróquias do Imaculado Coração de Maria, Bom Jesus, Nossa Senhora de Fátima e Carmelo

História de Santa Teresinha: Site da CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

 _____________________________________________________________________________________

                                                                                                           Fonte: arquidiocesepa.org.br

domingo, 28 de julho de 2024

Papa Francisco na oração do Angelus deste domingo:

saber reconhecer e usufruir todos os dias
os milagres da graça de Deus

"Oferecer, dar graças e partilhar", três gestos realizados pelos protagonistas da multiplicação dos pães e dos peixes - narrada no Evangelho de João (cf. Jo 6, 1-15), e que Jesus voltará a repetir na Última Ceia.

O maior milagre

Dirigindo-se as milhares de fiéis reunidos na Praça São Pedro, sob uma temperatura de 36°C, Francisco explicou o significado de cada um dos três gestos, a começar por "oferecer", que "é o gesto com o qual reconhecemos ter algo de bom para dar e dizemos o nosso “sim”, mesmo que o que temos seja pouco em relação às necessidades":

Isto é sublinhado, na Missa, quando o sacerdote oferece sobre o altar o pão e o vinho, e cada um oferece a si mesmo, a própria vida. É um gesto que pode parecer pouca coisa, se pensarmos nas imensas necessidades da humanidade, precisamente como os cinco pães e os dois peixes diante de uma multidão de milhares de pessoas; mas Deus faz disso a matéria para o milagre, o maior milagre que existe: aquele em que Ele mesmo, Ele mesmo, se torna presente entre nós, para a salvação do mundo.

Oferecer nosso pequeno amor ao Senhor, que o recebe

E o primeiro gesto, leva à compreensão do segundo, dar graças, que significa dizer ao Senhor com humildade, mas também com alegria:

Tudo o que tenho é dom teu Senhor, e para te agradecer só posso devolver-te o que por primeiro me deste, junto com teu Filho Jesus Cristo, acrescentando a isso o que posso, cada um de nós pode acrescentar alguma coisa. O que posso dar ao Senhor? O que o pequeno pode dar ao Senhor? Dar...dizer ao Senhor: "Te amo". Mas nós, pobrezinhos, o nosso amor é tão pequeno, mas dá-lo ao Senhor, o Senhor o recebe.

Viver cada gesto de amor como dom de graça

Por fim, o terceiro gesto, partilhar. "Na Missa - explicou o Santo Padre - é a Comunhão, quando juntos nos aproximamos do altar para receber o Corpo e o Sangue de Cristo: fruto do dom de todos, transformado pelo Senhor em alimento para todos":

É um momento belíssimo, o da Comunhão, que nos ensina a viver cada gesto de amor como um dom de graça, tanto para quem a dá como para quem a recebe.

Então, o convite do Papa para nos perguntarmos:

Acredito realmente, pela graça de Deus, de ter algo único para dar aos meus irmãos, ou sinto-me anonimamente “um entre tantos”? Sou protagonista de um bem a ser doado? Sou agradecido ao Senhor pelos dons com os quais Ele continuamente manifesta a mim o seu amor? Vivo a partilha com os outros como um momento de encontro e de enriquecimento recíproco?

Reconhecer os milagres de cada dia

Que Virgem Maria - disse ao concluir - nos ajude a viver com fé cada Celebração Eucarística e a reconhecer e usufruir todos os dias os «milagres» da graça de Deus.

Jackson Erpen - Cidade do Vaticano

____________________________________________________________________________________

Assista:

____________________________________________________________________________________

Papa exorta a dizer "não" à solidão dos idosos

Ao instituir o Dia Mundial dos Avós e dos Idosos em 2021, o Papa afirmou que "é importante que os avós se encontrem com os netos e que os netos se encontrem com os avós, porque - como diz o profeta Joel - os avós diante dos netos sonharão, terão ilusões [grandes desejos], e os jovens, haurindo força dos avós, seguirão em frente, profetizarão".

Missa celebrada no Dia Mundial dos Avós e dos idosos em 23/7/2023  (ANSA)

Neste quarto domingo de julho é celebrado o Dia Mundial dos Avós e Idosos, este ano com o tema “Na velhice não me abandones”. No Angelus, o Papa reforçou o convite a não abandonarmos os idosos:

O abandono dos idosos é, de fato, uma triste realidade à qual não devemos habituar-nos. Para muitos deles, especialmente nestes dias de verão, a solidão corre o risco de se tornar um fardo difícil de suportar. O dia de hoje chama-nos a ouvir a voz dos idosos que dizem: “Não me abandones!” e responder: “Não te abandonarei!”.

O Santo Padre exortou ainda a "fortalecer a aliança entre netos e avós, entre jovens e idosos":

Digamos “não” à solidão dos idosos! Nosso futuro depende muito de como avós e netos aprenderem a conviver. Não esqueçamos os idosos! E uma salva de palmas a todos os avós, a todos!

_____________________________________________________________________________________
                                                                                                                     Fonte: vaticannews.va

Interessante reflexão do padre Zezinho:

 Carismáticos, tradismáticos e atualizmáticos!

Pe. Zezinho, scj |||||||||||||||||||||||||||||||

________________________________

O Geraldo brincou comigo jogando três hipóteses para me definir. Eu seria um “atualizmático!”

Brincou, mas ajudou-me a definir o que é um bom carismático, um bom conservador e um bom atualizador. A Igreja precisa dos três.

Não somos tijolos. Tiramos conclusões e escolhemos o rumo e o prumo em nossas vidas.

***

O bom conservador e observador da Tradição valoriza o passado, que não se joga fora!

***

O bom carismático sabe que há muitos carismas na Igreja: os seus e os dos outros. Xaris é dom e é graça. Deus os dá em profusão para todos que o amam. Então o carismático respeita o dom e a espiritualidade dos outros. Ele ensina e aprende, porque partilha e vê luz nos outros! Não apenas convida os outros para ir aos seus encontros; ele também vai aos encontros dos outros!

***

O bom atualizador sabe o que atualizar e o que deve permanecer como está.

***

Quem tem fé humilde respeita os carismáticos de todos os chamados, os conservadores de todos os chamados e o atualizadores de todos os chamados, porque é Deus quem chama.

***

Só erram os sem caridade, os agressivos, os sem humildade e os sem diálogo, que acham que tudo tem que ser como eles querem ou pensam.

Se alguém precisa de conversão são eles, que vivem querendo converter os outros. Não entendem que uma coisa é propor e outra é impor.

Por sua falta de fraternidade, e humildade ele vai sempre achar que quem não ora, ou pensa ou age como ele precisa ser convertido. Nunca admite que ele também precisa se converter.

***

Oremos pelos bons carismáticos, pelos bons conservadores e pelos bons atualizadores. Há ambientes onde eles e elas ultimamente estão fazendo enorme de falta. Ainda não descobriram que fé e bom senso fazem a diferença entre crer em Jesus e viver como Jesus!…

____________________________________________________________________________________
                                                                                                   Fonte: facebook.com/padrezezinhoscj

Mensagem do Papa Francisco

para o 4º dia mundial dos avós e idosos

28 de julho de 2024

«Na velhice, não me abandones» (cf. Sal 71, 9)

Queridos irmãos e irmãs!

Deus nunca abandona os seus filhos; nem sequer quando a idade vai avançada e as forças já declinam, quando os cabelos ficam brancos e a função social diminui, quando a vida se torna menos produtiva e corre o risco de parecer inútil. O Senhor não olha para as aparências (cf. 1 Sam 16, 7), nem desdenha escolher aqueles que, aos olhos de muitos, parecem irrelevantes. Não descarta pedra alguma; antes, as mais «velhas» são a base segura sobre a qual se podem apoiar as pedras «novas» para, todas juntas, construírem o edifício espiritual (cf. 1 Ped 2, 5).

A Sagrada Escritura é, toda ela, uma narração do amor fiel do Senhor, da qual emerge uma certeza consoladora: em todas as fases da vida e em qualquer condição que nos encontremos, inclusive nas nossas traições, Deus continua sempre a mostrar-nos a sua misericórdia. Os salmos estão repletos da maravilha do coração humano à vista do modo como Deus cuida de nós, apesar da nossa insignificância (cf. Sal 144, 3-4); asseguram-nos que Deus teceu cada um de nós desde o seio materno (cf. Sal 139, 13) e nunca abandonará a nossa vida, nem mesmo na morada dos mortos (cf. Sal 16, 10). Podemos, portanto, estar certos de que estará ao nosso lado também na velhice; aliás, segundo a Bíblia, é sinal de bênção poder envelhecer.

E contudo, nos salmos, encontramos também esta sentida invocação ao Senhor: «Não me rejeites no tempo da velhice» (Sal 71, 9). Uma frase forte, crua. Faz pensar no sofrimento extremo de Jesus, quando gritou na cruz: «Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?» (Mt 27, 46).

Assim, na Bíblia, encontramos a certeza da proximidade de Deus em todas as estações da vida e, simultaneamente, o temor do abandono, especialmente na velhice e nos períodos de sofrimento. Não se trata duma contradição. Se olharmos em redor, não teremos dificuldade em constatar como tais expressões espelham uma realidade bem evidente. A molesta companheira da nossa vida de idosos e avós é, com frequência, a solidão. Muitas vezes me sucedeu, como bispo de Buenos Aires, ir visitar lares de terceira idade, dando-me conta de como raramente recebiam visitas aquelas pessoas: algumas, há muitos meses, não viam os seus familiares.

Muitas são as causas desta solidão. Em tantos países, sobretudo nos mais pobres, os idosos vivem sozinhos porque os filhos foram obrigados a emigrar. Depois, nas numerosas situações de conflito, quantos idosos ficam sozinhos, porque os homens – jovens e adultos – tiveram de ir combater, e as mulheres, sobretudo as mães com crianças pequenas, deixam o país para dar segurança aos filhos. Nas cidades e aldeias devastadas pela guerra, permanecem sozinhos muitos idosos e anciãos, únicos sinais de vida em áreas onde parecem reinar o abandono e a morte. Além disso, noutras partes do mundo, existe uma convicção falsa, mas profundamente enraizada nalgumas culturas locais, que gera hostilidade contra os idosos, suspeitados de recorrer à feitiçaria para se apoderarem das energias vitais dos jovens; e assim, em caso de morte prematura, doença ou sorte desfavorável que recaiam sobre um jovem, a culpa é atribuída a algum idoso. Esta mentalidade deve ser combatida e erradicada. É um daqueles preconceitos sem fundamento do qual já nos libertou a fé cristã, mas ainda alimenta uma certa conflitualidade geracional que persiste entre jovens e idosos.

Se pensarmos bem, está hoje muito presente por todo o lado esta acusação, lançada contra os velhos, de «roubar o futuro aos jovens»; sob forma diversa, aparece mesmo nas sociedades mais avançadas e modernas. Por exemplo, está já muito espalhada a convicção de que os idosos fazem pesar sobre os jovens os custos da assistência de que necessitam, subtraindo assim recursos ao desenvolvimento do país e, consequentemente, aos jovens. Trata-se duma visão distorcida da realidade: é como se a sobrevivência dos idosos colocasse em risco a dos jovens, ou como se, para favorecer os jovens, fosse necessário negligenciar os idosos ou mesmo eliminá-los. O contraste entre as gerações é um equívoco, um fruto envenenado da cultura do conflito. Opor os jovens aos idosos é uma manipulação inaceitável: «O que está em jogo é a unidade das idades da vida: ou seja, o verdadeiro ponto de referência para a compreensão e a apreciação da vida humana na sua totalidade» (Francisco, Catequese, 23.02.2022).

O salmo já citado, em que se pede para não ser rejeitado na velhice, menciona uma conjura que cresce contra a vida dos idosos. As suas palavras parecem excessivas, mas podem-se compreender quando se considera que a solidão e o descarte dos idosos não são casuais nem inevitáveis, mas fruto de opções – políticas, económicas, sociais e pessoais – que não reconhecem a dignidade infinita de cada pessoa, «para além de toda a circunstância e em qualquer estado ou situação se encontre» (Dicastério para a Doutrina da Fé, Declaração Dignitas infinita, 08.04.2024, n. 1). Isto acontece quando se perde vista o valor de cada pessoa, tornando-se ela apenas uma despesa que, em alguns casos, aparece demasiado elevada para pagar. O pior é que, muitas vezes, acabam dominados por esta mentalidade os próprios idosos que chegam a considerar-se como um fardo, sendo os primeiros a quererem desaparecer.

Aliás, há hoje muitas mulheres e homens que procuram a própria realização pessoal numa existência tão autónoma e desligada dos outros quanto possível. A recíproca pertença está em crise, acentua-se o individualismo; a passagem do «nós» ao «eu» constitui um dos sinais mais evidentes dos nossos tempos. A família, que é a primeira e a mais radical contestação da ideia de nos podermos salvar sozinhos, é uma das vítimas desta cultura individualista. Mas, quando se envelhece, à medida que as forças diminuem, a miragem do individualismo, a ilusão de não precisar de ninguém e de poder viver sem vínculos, revela-se o que verdadeiramente é: em vez disso, encontramo-nos a precisar de tudo, mas agora sozinhos, sem ajuda, sem ninguém com quem possamos contar. É uma triste descoberta, que muitos fazem quando já é demasiado tarde.

A solidão e o descarte tornaram-se elementos frequentes no contexto em que estamos imersos. Têm múltiplas raízes: nalguns casos, são o resultado duma exclusão planeada, uma espécie de triste «conjura social»; noutros, trata-se infelizmente duma decisão própria; noutros ainda, suportam-se fingindo que se trata duma opção autónoma. Cada vez mais «perdemos o gosto da fraternidade» (Francisco, Carta enc. Fratelli tutti, 33) e sentimos dificuldade até para imaginar algo diferente.

Em muitos idosos, é possível notar aquele sentimento de resignação de que fala o livro de Rute quando narra como a anciã Noemi, após a morte do marido e dos filhos, convida as duas noras, Orpa e Rute, a regressarem ao seu país natal e à sua casa (cf. Rt 1, 8). Noemi – como muitos idosos de hoje – tem receio de ficar sozinha, mas não consegue imaginar nada diferente. Como viúva, tem consciência de valer pouco aos olhos da sociedade e está convencida de que é um peso para aquelas duas jovens que, ao contrário dela, têm toda a vida pela frente. Por isso, acha melhor afastar-se; e ela mesma convida as suas noras jovens a deixá-la para ir construir o futuro delas noutros lugares (cf. Rt 1, 11-13). As suas palavras são um concentrado de convenções sociais e religiosas que parecem imutáveis e que marcam o próprio destino.

Chegada aqui, a narração bíblica apresenta-nos duas opções diferentes face ao convite de Noemi e, consequentemente, face à velhice. Uma das duas noras, Orpa, que também ama Noemi, beija-a com um gesto carinhoso, mas aceita a solução que também lhe parece ser a única possível e segue o seu caminho. Rute, porém, não se separa de Noemi, dirigindo-se-lhe com palavras surpreendentes: «Não insistas para que te deixe» (Rt 1, 16). Não tem medo de desafiar os costumes e o sentimento comum; acha que aquela mulher idosa precisa dela e, com coragem, permanece ao seu lado naquela que será, para ambas, o início duma nova viagem. A todos nós – rendidos à ideia de que a solidão seja um destino inevitável –, Rute ensina que, à imploração «não me abandones», é possível responder «não te abandonarei!» Não hesita em subverter o que parece ser uma realidade imutável: viver sozinhos não pode ser a única alternativa. Não é por acaso que Rute – aquela que fica junto da idosa Noemi – foi uma antepassada do Messias (cf. Mt 1, 5), de Jesus, o Emanuel, Aquele que é «Deus connosco», Aquele que aconchega e aproxima a Deus todos os homens, de todas as condições, de todas as idades.

A liberdade e a coragem de Rute convidam-nos a percorrer uma nova estrada: sigamos os seus passos, ponhamo-nos a caminho com esta jovem mulher estrangeira e com a idosa Noemi, não tenhamos medo de mudar os nossos hábitos e imaginar um futuro diferente para os nossos anciãos. A nossa gratidão estende-se a todas as pessoas que, mesmo à custa de muitos sacrifícios, realmente seguiram o exemplo de Rute e estão a cuidar dum idoso ou simplesmente a demonstrar diariamente solidariedade a parentes ou conhecidos que não têm mais ninguém. Rute escolheu permanecer junto de Noemi e foi abençoada: com um casamento feliz, uma descendência, uma terra. Isto é válido sempre e para todos: mantendo-se junto dos idosos, reconhecendo o papel insubstituível que eles têm na família, na sociedade e na Igreja, também nós receberemos muitos dons, tantas graças, inúmeras bênçãos!

Neste IV Dia Mundial a eles dedicado, não deixemos de mostrar a nossa ternura aos avós e aos idosos das nossas famílias, visitemos aqueles que estão desanimados e já não esperam que seja possível um futuro diferente. À atitude egoísta que leva ao descarte e à solidão, contraponhamos o coração aberto e o rosto radioso de quem tem a coragem de dizer «não te abandonarei!» e de seguir um caminho diferente.

A todos vós, queridos avós e idosos, e às pessoas que vos acompanham, chegue a minha bênção acompanhada pela oração. E também vós, por favor, não vos esqueçais de rezar por mim.

Roma, São João de Latrão, 25 de abril de 2024.

FRANCISCO

_____________________________________________________________________________________
                                                                                                                     Fonte: vaticannews.va