sexta-feira, 3 de abril de 2020

O Papa reza pelos que ajudam

a resolver pobreza e fome causadas pelo Covid-19

Na Missa esta sexta-feira (03/04) na Casa Santa Marta, Francisco pensou na pobreza, no desemprego e na fome que serão provocados pela pandemia do coronavírus e rezou por quem já agora busca remediá-los. Na homilia, recordou as dores de Maria, convidando a agradecer a Nossa Senhora por ter aceito ser Mãe.
Vatican News - Francisco presidiu a Missa na Casa Santa Marta na manhã desta sexta-feira (03/04) da V Semana da Quaresma, dedicando-a a Nossa Senhora das Dores. A Antífona de entrada, que o Papa lê no início da celebração, é uma invocação de ajuda na angústia: “Tende piedade de mim, Senhor, a angústia me oprime. Libertai-me das mãos dos inimigos e livrai-me daqueles que me perseguem. Não serei confundido, Senhor, porque vos chamo (Sl 30,10.16.18). Na introdução, Francisco dirigiu seu pensamento ao pós pandemia:
Há pessoas que agora começam a pensar no depois: no pós pandemia. Em todos os problemas que chegarão: problemas de pobreza, de trabalho, de fome… Rezemos por todas as pessoas que hoje ajudam, mas pensam também no amanhã, para ajudar todos nós.
Nesta Sexta-feira da Paixão que precede o Domingo de Ramos, em que se recorda as dores de Maria, Francisco dedicou a homilia à Virgem das Dores. Hoje – disse –, nos fará bem pensar nas dores de Nossa Senhora e agradecer-lhe por ter aceito ser Mãe. A seguir, o texto da homilia transcrita pelo Vatican News:
Esta Sexta-feira da Paixão, a Igreja recorda as dores de Maria, Nossa Senhora das Dores. Há séculos se tem esta adoração do povo de Deus. Foram escritos hinos em honra a Nossa Senhora das Dores: estava aos pés da cruz e a contemplam ali, sofredora. A piedade cristã colheu as dores de Nossa Senhora e fala das “sete dores”. A primeira, apenas 40 dias após o nascimento de Jesus, a profecia de Simeão que fala de uma espada que lhe traspassará o coração. A segunda dor, pensa na fuga para o Egito para salvar a vida do Filho. A terceira dor, aqueles três dias de angústia quando o menino permaneceu no templo. A quarta dor, quando Nossa Senhora se encontra com Jesus no caminho do Calvário.  A quinta dor de Nossa Senhora é a morte de Jesus, ver o Filho ali, crucificado, nu, que morre. A sexta dor, a descida de Jesus da cruz, morto, e o toma em suas mãos como o tinha tomado em suas mãos mais de 30 anos (atrás) em Belém. A sétima dor é o sepultamento de Jesus. E assim, a piedade cristã percorre este caminho de Nossa Senhora que acompanha Jesus. Faz-me bem, à noite, quando recito o Angelus, rezar estas sete dores como uma recordação da Mãe da Igreja, como a Mãe da Igreja com tanta dor deu à luz todos nós.
Nossa Senhora jamais pediu algo para si, jamais. Sim, para os outros: pensemos nas Bodas de Caná, quando vai falar com Jesus. Jamais disse: “Eu sou a mãe, vejam-me: serei a rainha mãe”. Jamais o disse. Não pediu algo de importante para ela, no colégio apostólico. Apenas, aceita ser mãe. Acompanhou Jesus com discípula, porque o Evangelho mostra que seguia Jesus: com as amigas, piedosas mulheres, seguia Jesus, ouvia Jesus. Uma vez alguém a reconheceu: “Ah, eis a mãe”, “Tua mãe está aqui”... Seguia Jesus. Até o Calvário. E ali, de pé... as pessoas certamente diziam: “Mas, pobre mulher, como sofrerá”, e os maus certamente diziam: “Mas, também ela é culpada, porque se o tivesse educado bem este não acabaria desse modo”. Estava ali, com o Filho, com a humilhação do Filho.
Honrar Nossa Senhora e dizer: “Esta é a Mãe”, porque ela é Mãe. E este é o título que recebeu de Jesus, propriamente ali, no momento da Cruz. Os teus filhos, tu és Mãe. Não a fez Primeiro-ministro ou lhe deu títulos de ”funcionalidade”. Somente “mãe”. E depois, nos Atos dos Apóstolos, mostram-na em oração com os apóstolos como mãe. Nossa Senhora não quis tirar nenhum título de Jesus; recebeu o dom de ser Mãe d’Ele e o dever de nos acompanhar como Mãe, de ser nossa Mãe. Não pediu para ser uma quase-redentora ou uma corredentora: não. O Redentor é um só e este título não se duplica. Somente discípula e mãe. E assim, como mãe devemos pensá-la, devemos buscá-la, devemos rezar para Ela. É a Mãe. Na Igreja Mãe. Na maternidade de Nossa Senhora vemos a maternidade da Igreja que recebe todos, bons e maus: todos.
Hoje nos fará bem pararmos um pouco e pensar na dor e nas dores de Nossa Senhora. É a nossa Mãe. E como as carregou, como as carregou bem, com força, com choro: não era um choro finto, era propriamente o coração destruído de dor. Fará bem a nós pararmos um pouco e dizer a Nossa Senhora: “Obrigado por ter aceito ser Mãe quando o Anjo Lhe anunciou e obrigado por ter aceito ser Mãe quando Lhe disse Jesus”.
O Santo Padre terminou a celebração com a adoração e a bênção eucarística, convidando a fazer a Comunhão espiritual. A seguir, a oração recitada pelo Papa:
Meu Jesus, eu creio que estais presente no Santíssimo Sacramento do Altar. Amo-vos sobre todas as coisas, e minha alma suspira por Vós. Mas, como não posso receber-Vos agora no Santíssimo Sacramento, vinde, ao menos espiritualmente, a meu coração. Abraço-me convosco como se já estivésseis comigo: uno-me Convosco inteiramente. Ah! não permitais que torne a separar-me de Vós!
Antes de deixar a Capela dedicada ao Espírito Santo foi entoada uma antiga antífona mariana Ave Regina Caelorum (“Ave Rainha dos Céus”):
Ave, Rainha do céu; ave, dos anjos Senhora; ave, raiz, ave, porta; da luz do mundo és aurora. Exulta, ó Virgem gloriosa, as outras seguem-te após; nós te saudamos: adeus! E pede a Cristo por nós!
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Vídeo integral da Missa
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Vídeo do Papa:
Francisco alerta para os vícios e os perigos do mundo virtual
Em “O Vídeo do Papa” de abril, Francisco alerta para os vícios que afetam a sociedade e pede para rezarmos para que as pessoas sejam libertadas do sofrimento que as dependências causam.
Cidade do Vaticano Pela libertação dos diferentes vícios que hoje afetam milhões de pessoas em todo o mundo: na intenção de oração deste mês de abril, Francisco lança seu olhar para as pessoas escravas das dependências.
O “drama do vício”não apenas se refere apenas à dependência de drogas, álcool e cigarro, que continuam sendo as mais comuns na sociedade. Hoje, esse drama assume formas diferentes e novas: de acordo com a Organização Mundial da Saúde, o crescente uso de Internet, computadores, smartphones e outros dispositivos eletrônicos está associado não apenas a benefícios para usuários, mas também a casos documentados de uso excessivo, que podem levar a diferentes vícios com consequências negativas para a saúde.
Esta presença incontrolada nas plataformas digitais pode afetar a qualidade das relações cotidianas.
Diante desses “perigos do mundo virtual”, o Papa explica que, “apoiados pelo Evangelho da Misericórdia, podemos aliviar, cuidar e curar o sofrimento relacionado aos novos vícios”, por exemplo, através de prevenção, reabilitação e projetos de reintegração.
Pandemia
A Rede Mundial de Oração do Papa, à qual são confiadas as intenções de oração, escolhem com quase um ano de antecedência os temas para cada mês. Mas em meio ao período de pandemia de coronavírus que estamos vivendo, a Rede lançou um vídeo extraordinário no dia 24 de março, em que o Papa pede para rezar pelos doentes e os que sofrem, e agradece também a “todos os homens e mulheres de boa vontade que rezam por este momento, todos unidos, sem distinção de tradição religiosa a que pertençam”.
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Assista:
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