domingo, 16 de setembro de 2018

Reflexão para seu domingo:

Fé e Ação
A fé é dom de Deus. Devemos cultivá-lo com a oração, o seguimento da Palavra divina, a participação na comunidade religiosa e outros reforços espirituais.
A celeuma sobre a fé entre Lutero e a Igreja Católica foi vencida pelo reconhecimento, de ambas as partes, que, de fato, a fé é dom de Deus e Ele, misericordiosamente nos salva e não nosso esforço. Mas isso não nos exime de tentarmos fazer nossa parte com o esforço para colaborarmos com a graça divina. Daí o próprio apóstolo Tiago nos admoesta que a fé sem obras correspondentes com a mesma é morta. Ele dá o exemplo de quem vê um irmão sofrendo, não tendo o que comer ou com que se vestir e alguém lhe disser para ir em paz, sem ajudá-lo, não tem a recompensa por não atender o semelhante em suas necessidades (Cf. Tiago 2,14-118).
Dom José Alberto Moura
A fé é dom de Deus. Devemos cultivá-lo com a oração, o seguimento da Palavra divina, a participação na comunidade religiosa e outros reforços espirituais. Mas ela exige sua finalização, que é a prática do amor, da caridade, da justiça, da promoção da vida digna, principalmente com a inclusão social dos deixados de lado na sociedade. Há quem não tenha uma fé religiosa explícita e de participação na comunidade religiosa por ignorância ou outros motivos justificáveis, mas demonstram, na convivência fraterna, o compromisso com a promoção do bem comum por ser humano e ou também temente a Deus. Mostra, então, uma fé que o compromete com a vida de sentido no testemunhar sua consciência do dever de usar os próprios dons para colocá-los a serviço da promoção de vida digna para as pessoas necessitadas. A fé explícita, que leva a pessoa à vida de compromisso religioso com a comunidade, é benfazeja para acentuar sua ação deservir a quem não é servido na sociedade. Leva-a a seguir o exemplo de Jesus, que se colocou totalmente disponível e de doação total à salvação plena de todos.
Percebemos tambén no convívio social quem fala que tem de fé,mas não vive coerentemente com a mesma. Diferenciamos esta pessoa de outra, que mostra sua fé no compromisso da promoção do bem comum. Precisamos enxergar também nos candidatos políticos, que se dizem de fé, sua vida pregressa de demonstração de serem pessoas que não usam da aparência de fé para angariar votos. Ao contrário, que tenham já demonstrado sua fé operante e que podem ser candidatos de verdadeira credibilidade para serem eleitos e servirem realmente a causa comum!
O apóstolo Pedro, questionado por Jesus, junto com os outros, sobre sua fé nele, respondeu e fez sua adesão incondicional ao Mestre. Em seguida Jesus o escolheu e lhe deu o poder para governar sua Igreja. Jesus, no entanto, sabia da fragilidade da fé de Simão, mas confiou no seu esforço de compromisso com a causa do Messias. Por isso, a credibilidade do povo em relação a esse apóstolo se deu e se dá através dos seus sucessores pelo encargo que lhes foi confiado pelo Filho de Deus.
Vale a pena, também nós, reforçarmos sempre nossa profissão de fé no Salvador, mas sempre com o compromisso de nos colocarmos disponíveis para a prática do amor e da doação de nós. Seguimos, assim, o exemplo de Pedro e dos demais apóstolos que foram fiéis, para mostrarmos a todos que nossa fé é verdadeira e nos leva à ação de promovermos o bem do semelhante por causa dela.
                                 Dom José Alberto Moura - Arcebispo Metropolitano de Montes Claros
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