quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Papa Francisco na missa desta quinta:

Diabo usa os hipócritas, Jesus ensina o amor verdadeiro.
"A força do diabo é a hipocrisia, porque ele é mentiroso: se mostra como príncipe poderoso, belíssimo, e por trás é um assassino", disse Francisco.

Cidade do VaticanoPeçamos a Jesus para proteger sempre “com a sua misericórdia e o seu perdão” a nossa Igreja, “que como mãe é santa, mas cheia de filhos pecadores como nós”.
Esta foi a oração feita pelo Papa Francisco na missa matutina celebrada, nesta quinta-feira (20/09), na Casa Santa Marta, refletindo sobre a Primeira Leitura extraída da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios e sobre o Evangelho de Lucas, centrado nas palavras de Jesus: “Os seus pecados estão perdoados porque mostrou muito amor”.
Jesus olha o pequeno gesto de amor
O Pontífice enquadra imediatamente “três grupos de pessoas” nas leituras de hoje: Jesus e seus discípulos; Paulo e a mulher, daquelas cujo destino, recorda Francisco, era o de ser “ser visitada em segredo”, até mesmos pelos “fariseus”, ou “ser apedrejada”; e os doutores da Lei.
O Papa evidencia como a mulher se mostra “com amor, com muito amor a Jesus”, não escondendo “ser pecadora”. O mesmo acontece com Paulo, que afirma: “Com efeito, transmiti-vos, em primeiro lugar, aquilo que eu mesmo tinha recebido, a saber: que Cristo morreu por nossos pecados.”
Os dois procuravam Deus “com amor, mas um amor pela metade”. Paulo “pensava que o amor fosse uma lei e tinha o coração fechado para a revelação de Jesus Cristo: perseguia dos cristãos, mas pelo zelo da lei, por isso era um amor imaturo”.
A mulher buscava o amor, o “pequeno amor”. Os fariseus comentavam, mas Jesus explicou:
“Os pecados que ela cometeu foram perdoados porque ela mostrou muito amor”. “Mas, amar como? Esses não sabem amar”. Procuram o amor e Jesus, falando deles, diz: uma vez disse que eles nos precederão no Reino dos Céus. “Mas que escândalo...”, dizem os fariseus, “mas essas pessoas”! Jesus olha o pequeno gesto de amor, o pequeno gesto de boa vontade, pega esse gesto e o leva adiante. Esta é a misericórdia de Jesus: sempre perdoa e sempre recebe.
O “escândalo” dos hipócritas
No que diz respeito aos “doutores da lei”, Francisco nota que “têm uma atitude que somente os hipócritas usam com frequência: se escandalizam”. E dizem:
“Mas olha, que escândalo! Não se pode viver assim! Perdemos os valores… Agora todos têm o direito de entrar na igreja, inclusive os divorciados, todos. Mas onde estamos?” O escândalo dos hipócritas. Este é o diálogo entre o amor grande que perdoa tudo, de Jesus, o amor “pela metade” de Paulo e desta senhora, e também o nosso, que é um amor incompleto porque nenhum de nós é santo canonizado. Digamos a verdade. E a hipocrisia: a hipocrisia dos “justos”, dos “puros”, daqueles que se creem salvos pelos próprios méritos externos.
Na história, a Igreja perseguida pelos hipócritas
Jesus afirma que essas pessoas exteriormente mostram “tudo belo” – fala de “sepulcros polidos” - mas dentro têm “podridão”.
E a Igreja, quando caminha na história, é perseguida pelos hipócritas: hipócritas por dentro e por fora. O diabo não tem relação com os pecadores arrependidos, porque olham para Deus e dizem: “Senhor, sou pecador, ajuda-me”. E o diabo é impotente, mas é forte com os hipócritas. É forte, e os usa para destruir, destruir as pessoas, destruir a sociedade, destruir a Igreja. A força do diabo é a hipocrisia, porque ele é mentiroso: se mostra como príncipe poderoso, belíssimo, e por trás é um assassino. Três grupos de pessoas – não nos esqueçamos – : Jesus, que perdoa, recebe, é misericordioso, palavras muitas vezes esquecida quando falamos mal dos outros. Pensem nisso: devemos ser misericordiosos, como Jesus, e não condenar os outros. Jesus no centro. Paulo, pecador, perseguidor, mas com um amor “pela metade. Esta senhora, pecadora, também ela com um amor “incompleto”. E Jesus perdoa os dois. E encontram o verdadeiro amor: Jesus. Os hipócritas, que são incapazes de encontrar o amor porque têm o coração fechado.
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A Letônia, Lituânia e Estônia que o Papa irá encontrar
Letônia, Lituânia e Estônia, países com contrastes entre si, mas que tem em comum uma história no século XX marcada por perseguições, ocupações, deportações.

Cidade do Vaticano - Ao concluir a  25ª Viagem Apostólica internacional de seu Pontificado em 25 de setembro – à Letônia, Lituânia e Estônia - o Papa Francisco terá visitado 39 países.
Coincidentemente, nestes mesmos dias da viagem, há 25 anos, João Paulo II visitava estes três mesmo países bálticos, que guardam semelhanças mas profundas diferenças entre si, apesar da proximidade e tamanho.
Na Lituânia, 78% dos habitantes declaram-se católicos, enquanto na Letônia 60% são luteranos e na Estônia 75% declaram-se sem religião.
O Papa Francisco, entre homilias e discursos, fará 15 pronunciamentos de 22 a 25 de setembro. Perseguição, ocupação, deportação deverão ser temas constantes, nestes países que sofreram com o comunismo da ex-União Soviética (URSS) e com a ocupação nazista durante a II Guerra Mundial.
Vilnius, a capital da Lituânia, com seus 600 mil habitantes, será a “base” de onde se deslocará o Papa Francisco para os dois países vizinhos em helicóptero. O funcionário do Vaticano escolhido para acompanhar o Pontífice nesta viagem foi o cozinheiro da Gendarmaria.
Mas vamos a alguns dados (de 2016) dos três países a serem visitados.
Lituânia
A Lituânia tem uma área de 65.200km², 3 milhões 243 mil habitantes (50 hab/km²) dos quais 2 milhões 590 mil se declaram católicos, ou seja, 79,9/100 habitantes.
As Circunscrições Eclesiásticas são 8, com 712 paróquias e 227 centros pastorais.
Em 31/07/2018 o país tinha 17 bispos e 809 sacerdotes, sendo 708 diocesanos e 101 religiosos. Os diáconos permanentes são 3, os religiosos não sacerdotes 20, as religiosas professas 557, os membros de Institutos Seculares 11, os catequistas 930.
O país tem 2 seminaristas menores e 44 seminaristas maiores.
As escolas maternas e primárias de propriedade e/ou dirigidas por eclesiásticos ou religiosos são 135, as médias-inferiores e secundárias 331 e as superiores e universidades 9.
Os estudantes das escolas maternas e primárias são 21.570, das escolas médias-inferiores e secundárias 84.321 e dos institutos superiores e universidades 8.807.
Os centros caritativos e sociais de propriedade e/ou dirigidos por eclesiásticos ou religiosos:
Hospitais 3, asilos para idosos, inválidos e pessoas com necessidades especiais 26, orfanatrófios e jardins da infância 29, consultórios familiares 48, centros especializados de educação ou reeducação social 4, outras instituições 88.
Letônia
A Letônia tem uma área de 64.600km², 1 milhões 980 mil habitantes (31 hab/km²) dos quais 413 mil se declaram católicos, ou seja, 20,9/100 habitantes.
As Circunscrições Eclesiásticas são 4, com 263 paróquias e 22 centros pastorais.
Em 31/07/2018 o país tinha 8 bispos e 166 sacerdotes, sendo 138 diocesanos e 28 religiosos. O país tem 1 diácono permanentes e 99 religiosas professas. Os membros de Institutos Seculares são 12, os missionários leigos 64 e os catequistas 270. O país tem 12 seminaristas maiores.
As escolas maternas e primárias de propriedade e/ou dirigidas por eclesiásticos ou religiosos são 6, as médias-inferiores e secundárias 3. Há 1 escola superior de propriedade da Igreja.
Os estudantes das escolas maternas e primárias são 532, das escolas médias-inferiores e secundárias 96 e dos institutos superiores e universidades 53.
Os centros caritativos e sociais de propriedade e/ou dirigidos por eclesiásticos ou religiosos correpondem a 1 casa para idosos, inválidos e pessoas com necessidades especiais, 2 consultórios familiares e 2 centros especializados de educação ou reeducação social.
Estônia
A Estônia tem uma área de 45.100km², 1 milhões 316 mil habitantes (29 hab/km²) dos quais seis mil se declaram católicos, ou seja, 0,5/100 habitantes.
Há uma Circunscrições Eclesiásticas, 9 paróquias e 6 centros pastorais no país.
Em 31/07/2018 o país tinha 1 bispo e 17 sacerdotes, sendo 15 diocesanos e 2 religiosos. O país não tem diáconos permanentes e nem religiosos não sacerdotes. As religiosas professas são 30, os missionários leigos 12 e os catequistas 5. O país tem 7 seminaristas maiores.
As escolas maternas e primárias de propriedade e/ou dirigidas por eclesiásticos ou religiosos são 3, com 517 estudantes.
No país não há nenhum centro caritativo e social de propriedade e/ou dirigido por eclesiásticos ou religiosos.
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Assista:
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                                                                                                            Fonte: vaticannews.va

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