quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Cátedra de Pedro:

Autoridade e obediência nos dias de hoje?

A cátedra, na Igreja católica, é o assento que pertence ao Bispo daquela diocese. Ela representa a autoridade daquele que é chamado a ser o pastor dessa parcela do rebanho do povo de Deus. Por extensão, chamamos também de catedrático o professor titular de uma universidade, responsável por coordenar e dirigir as investigações dessa instituição. Nos dois casos, a cátedra é um sinal de algo que hoje em dia é mal visto em muitas situações. Na nossa cultura, a autoridade e a obediência não parecem estar com a popularidade em alta, mas será que continuam relevantes?
Foto: shutterstock.com
Chama a atenção que em algumas passagens do Evangelho se diz que o ensinamento de Jesus era dado com autoridade. Ele ordenou que os mares se acalmassem, curou muitas pessoas e até perdoou pecados, coisa que só Deus podia fazer. Jesus mandava que os espíritos imundos saíssem das pessoas e os mandava calar quando gritavam que sabiam sua identidade. Jesus possui autoridade porque Ele é Deus e não um mero profeta ou a reencarnação de João Batista como alguns achavam. É uma autoridade legítima que inspira também uma autêntica obediência.
Tudo bem. É até compreensível que a Jesus lhe devamos obediência por ser Deus. Mas e aos que não são Deus? Porque obedecer? Hoje celebramos a cátedra de Pedro, o primeiro Papa. Ao Papa foi entregue a chave do reino dos céus, de modo que o que ele ligue na terra, será ligado no céu e vice-versa. É sobre essa rocha que está fundada a Igreja de Cristo. A autoridade que o Papa, hoje Francisco, possui não lhe é dada por algum humano, mas pelo mesmo Deus. É uma autoridade delegada, mas legitimada pelo Senhor mesmo. E, portanto, também podemos (e devemos) obedecer.
Mas ainda que entendamos a legitimidade da autoridade, porque nos custa tanto obedecer? Se lembrarmos do pecado original, vamos perceber que nossos primeiros pais foram desobedientes com Deus e isso lhes valeu a expulsão do paraíso. Obedecer a Deus não era um problema até que a serpente envenenou o coração dos homens com o desejo de serem como Deus sem Ele. Hoje em dia vemos a obediência como um cerceamento da nossa liberdade, da mesma forma como viram os nossos primeiros pais a proibição de comer o fruto daquela árvore do conhecimento.
É preciso, antes de tudo, voltar a sermos humildes para perceber que não somos capazes de discernir sozinhos o que nos fará realmente livres. 
Em busca de uma liberdade absoluta, deixamos de lado a verdade que nos é revelada por Deus. Se colocamos a nossa liberdade como um valor mais importante que a Verdade, nunca conseguiremos ser obedientes. Por isso é preciso, antes de tudo, voltar a sermos humildes para perceber que não somos capazes de discernir sozinhos o que nos fará realmente livres. Sem Deus, buscamos a liberdade e nos aprisionamos no pecado. Com Ele, obedientes a sua autoridade, e por extensão a autoridade que Ele delega aos seus ministros, especialmente o Papa, não somos menos livres, pelo contrário, somos autenticamente livres para viver em plenitude o que significa ser seres humanos.
Maria é, ao mesmo tempo, a pessoa mais livre e mais obediente a Deus. Quanto podemos aprender dela nos dias de hoje! Peçamos que ela nos ajude a viver a autêntica liberdade sendo verdadeiros filhos obedientes ao Pai que nos ama.







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