sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Leituras do

6º Domingo do Tempo Comum


1ª Leitura: Eclo 15,16-21
Se quiseres observar os mandamentos, eles te guardarão; se confias em Deus, tu também viverás. Diante de ti ele colocou o fogo e a água; para o que quiseres, tu podes estender a mão. Diante do homem estão a vida e a morte, o bem e o mal; ele receberá aquilo que preferir. A sabedoria do Senhor é imensa, ele é forte e poderoso e tudo vê continuamente. Os olhos do Senhor estão voltados para os que o temem. Ele conhece todas as obras do homem. Não mandou a ninguém agir como ímpio e a ninguém deu licença de pecar.
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Salmo: 118
Feliz o homem sem pecado em seu caminho,/ que na lei do Senhor Deus vai progredindo!
- Feliz o homem sem pecado em seu caminho,/ que na lei do Senhor Deus vai progredindo!
- Feliz o homem sem pecado em seu caminho,/ que na lei do Senhor Deus vai progredindo./ Feliz o homem que observa seus preceitos,/ e de todo o coração procura a Deus!
- Os vossos mandamentos vós nos destes,/ para serem fielmente observados./ Oxalá seja bem firme a minha vida/ em cumprir vossa vontade e vossa lei!
- Sede bom com vosso servo, e viverei,/ e guardarei vossa palavra, ó Senhor./ Abri meus olhos, e então contemplarei/ as maravilhas que encerra vossa lei!
- Ensinai-me a viver vossos preceitos;/ quero guardá-los fielmente até o fim!/ Dai-me o saber, e cumprirei a vossa lei,/ e de todo o coração a guardarei.
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2ª Leitura: 1Cor 2,6-10
Irmãos: Entre os perfeitos nós falamos de sabedoria, não da sabedoria deste mundo nem da sabedoria dos poderosos deste mundo, que, afinal, estão votados à destruição.
Falamos, sim, da misteriosa sabedoria de Deus, sabedoria escondida, que desde a eternidade Deus destinou para nossa glória. Nenhum dos poderosos deste mundo conheceu essa sabedoria. Pois, se a tivessem conhecido, não teriam crucificado o Senhor da glória.
Mas, como está escrito, “o que Deus preparou para os que o amam é algo que os olhos jamais viram nem os ouvidos ouviram nem coração algum jamais pressentiu”. A nós Deus revelou esse mistério através do Espírito. Pois o Espírito esquadrinha tudo, mesmo as profundezas de Deus.
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Evangelho:  Mt 5,20-22a.27-28.33-34a.37
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Eu vos digo: Se a vossa justiça não for maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus, vós não entrareis no Reino dos Céus.
Vós ouvistes o que foi dito aos antigos: ‘Não matarás! Quem matar será condenado pelo tribunal’. Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo.
Ouvistes o que foi dito: ‘Não cometerás adultério’. Eu, porém, vos digo: Todo aquele que olhar para uma mulher, com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério com ela no seu coração.
Vós ouvistes também o que foi dito aos antigos: ‘Não jurarás falso’, mas `cumprirás os teus juramentos feitos ao Senhor’. Eu, porém, vos digo: Não jureis de modo algum. Seja o vosso ‘sim’: ‘Sim’, e o vosso ‘não’: ‘Não’. Tudo o que for além disso vem do Maligno”.
Reflexão:
O espírito dos Mandamentos

A sabedoria do Antigo Testamento ensinava que temos uma consciência, para escolher entre o bem e o mal. Para ajudar-nos no escolher, Deus propõe a lei, os mandamentos (1ª leitura). Antes disso, Moisés codificou os mandamentos de Deus para os israelitas. Mas o que significam esses preceitos? Como interpretá-los? No tempo de Jesus havia quem os interpretasse conforme a letra, materialmente: “Não matar” significava simplesmente não tirar a vida de ninguém. Jesus, no evangelho, nos ensina a interpretá-los conforme o espírito do Pai. Escutar Deus mesmo por trás da letra da lei! E o que Deus deseja é “justiça”, isto é, seu plano de amor para com a humanidade: o “projeto de Deus”. Procurar a justiça verdadeira é olhar a vida com amor radical. Então, “não matar” significará muito mais do que a letra diz …
Também hoje, muitos interpretam a lei de modo material, sem escutar a vontade de Deus. “Adorar Deus” significa então ir à Igreja, sem amor a Deus. “Não adulterar” significa então respeitar o “contrato matrimonial”, sem renovar diariamente seu amor de esposo. “Não roubar” torna-se bandeira da intocável propriedade privada, em vez de freio contra a exploração …
Jesus restituiu a Lei a Deus: puxou-a das mãos dos fundamentalistas e fez ela ser novamente interpretação e instrumento do amor do Pai. E com isso, restituiu-a ao povo, pois assim ela serve para a paz, a felicidade profunda do povo que Deus ama. A nós cabe interpretar a lei pelo amor que Cristo nos fez conhecer. É isso a moral cristã. Colocar a lei a serviço de um amor inesgotável. Então, nunca ficaremos “satisfeitos”: sempre descobriremos uma maneira mais completa para realizar o bem que Deus “aponta” através da lei. A letra da lei não diz nada sobre política, mas o espírito de Jesus nos ensina que hoje, para sermos justos, devemos mexer com as estruturas políticas e econômicas da sociedade. Escutando a voz da consciência e orientando-nos pelo amor que Cristo nos ensina, veremos melhor o que na prática os mandamentos exigem de nós.
                                Do livro “Liturgia Dominical”, de Johan Konings, SJ, Editora Vozes
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                                            Reflexão e Ilustração: franciscanos.org.br  Banner: cnbb.org.br

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