sexta-feira, 17 de junho de 2016

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Por que celebrar os santos?

Quando falamos de vocação pode ser que venha na nossa cabeça os sacerdotes, as freiras e os monges. Mas antes dessas manifestações vocacionais, precisamos reconhecer o chamado de Deus feito a cada um de nós, sem exceção, a viver a Vida Plena que Ele veio trazer. A essa vivência plena da vida cristã chamamos Santidade. Os santos são aqueles que conseguiram fazer vida o projeto do Senhor para suas existências. E isso é algo pelo qual nos alegramos e celebramos. A memória dos santos nos faz ver que é possível viver o amor de Deus e nos lembra que nós mesmos somos chamados a fazer o mesmo que eles.
Além desse motivo, digamos, motivacional, podemos entrar um pouco mais no mistério que é a Igreja e começar a ver que os santos que estão no céu, assim como nós que ainda peregrinamos e os que estão se purificando no purgatório, fazem parte do mesmo Corpo de Cristo. A Igreja não é apenas essa que vemos com nossos olhos concretos, esse edifício onde participamos da Missa e que amanhã pode cair. A Igreja é muito mais do que isso e a comunhão dos Santos, que professamos a cada Domingo na oração do Credo, nos mostra quão intimamente unidos estão todos os católicos. O Catecismo coloca de forma categórica: “A comunhão dos santos é precisamente a Igreja”.
Por essa comunhão espiritual tão intensa é que falamos em uma intercessão dos santos pelos que ainda não chegaram à comunhão plena com Deus. Assim como cada um de nós pode interceder pelo irmão que está ao nosso lado, com mais razão os santos que estão em plena comunhão com Deus podem olhar por nós e pedir por nossas necessidades a Deus. Na Lumen Gentium lemos: “Pois, assim como a comunhão cristã entre os cristãos ainda peregrinos nos aproxima mais de Cristo, assim também a comunhão com os santos nos une a Cristo...”.
O que não pode acontecer é que substituamos o culto à Deus com o culto a seus santos e santas. São cultos essencialmente diferentes onde reconhecemos que Deus é único e que os santos não competem de maneira nenhuma com sua divindade, pelo contrário, a faz resplandecer com grande variedade de tons, porque em cada santo, único e insubstituível, brilha um aspecto do amor único do Senhor.
Com isso em mente, podemos confiar as nossas vidas com renovada confiança nesses nossos irmãos que nos precederam na fé e que com o auxílio da Graça de Deus puderam fazer de suas vidas uma oferenda agradável a Deus. Não precisamos ter medo de aproximar-nos aos santos pensando que estamos tirando algo do amor que deveríamos dar apenas ao Senhor, porque no fundo, se bem entendida e vivida a devoção, ela só vai acrescentar à nossa fé e vida cristã.
Maria é a primeira discípula do Senhor e a mais perfeita também. Dela podemos dizer com toda segurança que tudo em sua pessoa aponta para Jesus. Amá-la com todo o nosso coração não impede que tenhamos o coração também completamente entregue a Deus. Parece um paradoxo, mas é que nas coisas espirituais não funciona a mesma lógica que no mundo material. Nas coisas materiais, se damos algo, ficamos com menos, mas se damos amor, maior é nossa capacidade de amar e ser amado. Não precisamos ter medo de amar com um coração sincero, desde que tenhamos claro o lugar de cada um, deixando sempre a Deus o único lugar central.


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