domingo, 26 de julho de 2020

Papa no Angelus deste domingo:

Jesus é o tesouro escondido que dá sentido a nossa vida

“Jesus, que é o tesouro escondido e a pérola de grande valor, só pode suscitar alegria, toda a alegria do mundo: a alegria de descobrir um sentido para a própria vida, a alegria de senti-la comprometida com a aventura da santidade”, disse o Papa Francisco no Angelus, comentando duas parábolas sobre o Reino dos Céus contidas no Evangelho deste XVII Domingo do Tempo Comum.
Raimundo de Lima - Vatican News - “O Reino dos Céus é o contrário das coisas supérfluas que o mundo oferece, é o contrário de uma vida banal: é um tesouro que renova a vida a cada dia e a expande em direção a horizontes mais amplos.” Foi o que disse o Papa Francisco no Angelus ao meio-dia deste XVII Domingo do Tempo Comum, falando da janela do palácio apostólico que dá para a Praça São Pedro aos fiéis e peregrinos que com o Santo Padre rezaram a oração mariana.
A reflexão do Pontífice concentrou-se no Evangelho do dia (Mt 13,44-52), que corresponde aos últimos versículos do capítulo que Mateus dedica às parábolas do Reino dos Céus. O trecho compreende três parábolas brevemente acenadas e muito curtas: a do tesouro escondido no campo, a da pérola preciosa e a da rede lançada ao mar.
Na alocução que precedeu à oração mariana Francisco deteve-se sobre as duas primeiras nas quais o Reino dos Céus é assimilado a duas diferentes realidades “preciosas”, ou seja, o tesouro no campo e a pérola de grande valor.
A construção do Reino exige disponibilidade ativa do homem 
“A reação daquele que encontra a pérola ou o tesouro é praticamente igual”, observou: “o homem e o mercante vendem tudo para adquirir aquilo mais têm a peito”.
“Com essas duas semelhanças, Jesus se propõe envolver-nos na construção do Reino dos Céus, apresentando uma característica essencial do mesmo: aderem plenamente ao Reino aqueles que estão dispostos a arriscar tudo”, ressaltou:
“De fato, tanto o homem quanto o mercante das duas parábolas vendem tudo aquilo que possuem, abandonando assim suas seguranças materiais. Disso se entende que a construção do Reino exige não somente a graça de Deus, mas também a disponibilidade ativa do homem.”
Abandonar o pesado fardo de nossas seguranças mundanas
Os gestos daquele homem e do mercante que vão em busca, privando-se de seus bens, para comprar realidades mais preciosas, são gestos decididos e radicais. “E, sobretudo – observou –, feitos com alegria, porque ambos encontraram o tesouro.”
“Somos chamados a assumir a atitude destes dois personagens evangélicos, tornando-nos também nós saudáveis buscadores irrequietos do Reino dos Céus. Trata-se de abandonar o pesado fardo de nossas seguranças mundanas que nos impedem de buscar e construir o Reino: a ganância pela posse, a sede de lucro e de poder, o pensar somente em nós mesmos.”
Em nossos dias, prosseguiu o Papa, “a vida de alguns pode resultar medíocre e sem brilho porque provavelmente não foram em busca de um verdadeiro tesouro: contentaram-se com coisas atraentes, mas efêmeras, cintilantes, mas ilusórias, porque depois deixam na escuridão.”
Amar Deus, os outros e verdadeiramente a nós mesmos
Ressaltando que o Reino dos Céus “é um tesouro que renova a vida a cada dia e a expande em direção a horizontes mais amplos”, o Pontífice acrescentou que “quem encontrou este tesouro tem um coração criativo e em busca, que não repete, mas inventa, traçando e percorrendo novos caminhos, que nos levam a amar Deus, a amar os outros, a amar verdadeiramente a nós mesmos”.
“Jesus, que é o tesouro escondido e a pérola de grande valor, só pode suscitar alegria, toda a alegria do mundo: a alegria de descobrir um sentido para a própria vida, a alegria de senti-la comprometida com a aventura da santidade.”
“Que a Santíssima Virgem nos ajude a buscar todos os dias o tesouro do Reino dos Céus, a fim de que em nossas palavras  e em nossos gestos se manifeste o amor que Deus nos deu através de Jesus”, disse o Santo Padre dirigindo-se a Nossa Senhora antes de recitar a oração do Angelus.
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Assista:
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Francisco exorta os jovens
a usar fantasia do amor para com os avós
Após o Angelus deste domingo (26/07), o Papa Francisco recordou os Santos Joaquim e Ana, os pais da Virgem Maria e avós de Jesus, exortando os jovens de hoje a não esquecer suas raízes.
Fonte: https://www.acidigital.com/
Vatican News - Os jovens, árvores prontas para crescer, mas com raízes sólidas que são os avós. No Angelus, este domingo (26/07) o Papa Francisco definiu assim os jovens de hoje chamados, no dia em que a Igreja recorda dos Santos Joaquim e Ana, a não esquecer seus entes queridos, sobretudo neste tempo de pandemia. Pediu-lhes um gesto de afeto, sugeriu caminhos a seguir para não fazer com que os avós se sintam sozinhos:
“Gostaria de convidar os jovens a fazer um gesto de ternura para com os idosos, sobretudo os mais solitários, nos lares e residências, aqueles que não veem seus entes queridos há tantos meses. Queridos jovens, cada um desses idosos é seu avô! Não os deixe sozinhos! Usem a fantasia do amor, façam chamadas telefônicas, vídeo-chamadas, enviem mensagens, os escutem e, sempre que possível, em conformidade com as normas sanitárias, os visitem também. Enviem a eles um abraço.”
Retomando os versos de um poeta argentino, recordou-lhes que para ser sólidos é preciso ter raízes sólidas. Raízes que têm um nome: avós.
“Eles são suas raízes. Uma árvore separada de suas raízes não cresce, não dá flores e frutos. É por isso que a união com suas raízes é importante. O que a árvore floresceu vem daquilo que tem de enterrado, diz um poeta de minha pátria. É por isso que os convido a dar um grande aplauso aos nossos avós, a todos!”
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Assista: 
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O Papa exorta a
desarmar área de Donbass e permitir a paz na região
Nas palavras do Papa Francisco após o Angelus, o agradecimento pelo cessar-fogo na zona de confim entre Ucrânia e Rússia teatro desde 2014 de um longo conflito: que se alcance um efetivo processo de desarmamento e de remoção das minas.
Vatican News - Armas em silêncio a partir da meia-noite do dia 27 de julho. Esta é a notícia que alegrou o Papa e o levou a usar palavras após o Angelus este domingo ((26/07) pela estabilidade de Donbass, na Ucrânia, onde mais de 13.000 pessoas morreram desde o início, há seis anos, das hostilidades entre Kiev e as milícias das autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Luhansk que apoiam a independência de Donbass.
Há dois dias, o Grupo de contato Trilateral de Minsk, do qual participaram representantes da Ucrânia, Rússia e da Organização para Cooperação e Segurança na Europa (OSCE), anunciou o fim da ação militar.
“Soube que um novo cessar-fogo relativo à área de Donbass foi recentemente decidido em Minsk pelos membros do Grupo de contato trilateral”, disse Francisco.
Ao tempo em que agradeço por este sinal de boa vontade que visa trazer a tão desejada paz de volta àquela região atormentada, rezo para que o que foi acordado seja finalmente colocado em prática, inclusive através de um processo eficaz de desarmamento e de remoção das minas.
“Somente assim - concluiu o Papa - será possível reconstruir a confiança e lançar as bases para uma reconciliação tão necessária e tão esperada pelo povo.”
Ao anunciar o acordo num relatório, a presidência ucraniana havia agradecido a seus parceiros internacionais, em particular a França e a Alemanha. O cessar-fogo deve preparar o caminho para uma nova reunião de negociação para uma solução definitiva da crise.
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