sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Leituras da

Solenidade do Batismo do Senhor
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1ª Leitura: Is 42,1-4.6-7
Leitura do Livro do profeta Isaías:
Assim fala o Senhor: ”Eis o meu servo — eu o recebo; eis o meu eleito — nele se compraz minh’alma; pus meu espírito sobre ele, ele promoverá o julgamento das nações. Ele não clama nem levanta a voz, nem se faz ouvir pelas ruas. Não quebra uma cana rachada nem apaga um pavio que ainda fumega; mas promoverá o julgamento para obter a verdade. Não esmorecerá nem se deixará abater, enquanto não estabelecer a justiça na terra; os países distantes esperam seus ensinamentos. Eu, o Senhor, te chamei para a justiça e te tomei pela mão; eu te formei e te constituí como o centro de aliança do povo, luz das nações, para abrires os olhos dos cegos, tirares os cativos da prisão, livrares do cárcere os que vivem nas trevas”.
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Salmo: 28
Que o Senhor abençoe, com a paz, o seu povo!
Que o Senhor abençoe, com a paz, o seu povo!
- Filhos de Deus, tributai ao Senhor,/ tributai-lhe a glória e o poder!/ Dai-lhe a glória devida ao seu nome;/ adorai-o com santo ornamento!
- Eis a voz do Senhor sobre as águas,/ sua voz sobre as águas imensas!/ Eis a voz do Senhor com poder!/ Eis a voz do Senhor majestosa.
- Sua voz no trovão reboando!/ No seu templo os fiéis bradam: “Glória!”/ É o Senhor que domina os dilúvios,/ o Senhor reinará para sempre!
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2ª Leitura: At 10,34-38
Leitura dos Atos dos Apóstolos:
Naqueles dias, Pedro tomou a palavra e disse: “De fato, estou compreendendo que Deus não faz distinção entre as pessoas. Pelo contrário, ele aceita quem o teme e pratica a justiça, qualquer que seja a nação a que pertença.
Deus enviou sua palavra aos israelitas e lhes anunciou a Boa-Nova da paz, por meio de Jesus Cristo, que é o Senhor de todos. Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do batismo pregado por João: como Jesus de Nazaré foi ungido por Deus com o Espírito Santo e com poder. Ele andou por toda a parte, fazendo o bem e curando a todos os que estavam dominados pelo demônio; porque Deus estava com ele”.
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Evangelho: Mt 3,13-17
Naquele tempo, Jesus veio da Galileia para o rio Jordão, a fim de se encontrar com João e ser batizado por ele. Mas João protestou, dizendo: “Eu preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim?”
Jesus, porém, respondeu-lhe: “Por enquanto deixa como está, porque nós devemos cumprir toda a justiça!” E João concordou. Depois de ser batizado, Jesus saiu logo da água. Então o céu se abriu e Jesus viu o Espírito de Deus, descendo como pomba e vindo pousar sobre ele.
E do céu veio uma voz que dizia: “Este é o meu Filho amado, no qual eu pus o meu agrado”.
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Reflexão:
Testemunhar o nosso Batismo!


A Festa do Batismo do Senhor marca o início do ministério público de Nosso Senhor Jesus Cristo. Jesus, o enviado do Pai ao mundo, é agora manifestado como seu Filho amado; e, com a unção do Divino Espírito Santo, é investido da missão de Profeta, Sacerdote e Rei. Tal investidura será manifestada a partir de agora em sua vida pública pelas curas por Ele realizadas; pelos exorcismos, nos ensinamentos e pregações, nas acolhidas dos pobres, excluídos e pecadores e, sobretudo, no mistério pascal, em sua paixão, morte e Ressurreição, para onde toda a sua atividade pública aponta e onde essa atividade encontra seu significado.
A liturgia da Epifania tem como cenário de fundo o projeto salvador de Deus. No batismo de Jesus nas margens do Jordão, revela-se o Filho amado de Deus, que veio ao mundo enviado pelo Pai, com a missão de salvar e libertar os homens. Cumprindo o projeto do Pai, Ele fez-Se um de nós, partilhou a nossa fragilidade e humanidade, libertou-nos do egoísmo e do pecado e empenhou-Se em promover-nos, para que pudéssemos chegar à vida em plenitude.
A primeira leitura (cf. Is 42,1-4.6-7) anuncia um misterioso “Servo”, escolhido por Deus e enviado aos homens para instaurar um mundo de justiça e de paz sem fim. Investido do Espírito de Deus, Ele concretizará essa missão com humildade e simplicidade, sem recorrer ao poder, à imposição, à prepotência, pois esses esquemas não são os de Deus.
No Evangelho (cf Mt 3,13-17), aparece-nos a concretização da promessa profética: Jesus é o Filho/”Servo” enviado pelo Pai, sobre quem repousa o Espírito e cuja missão é realizar a libertação dos homens. Obedecendo ao Pai, Ele tornou-Se pessoa, identificou-Se com as fragilidades dos homens, caminhou ao lado deles, a fim de os promover e de os levar à reconciliação com Deus, à vida em plenitude.
A segunda leitura (cf. At 10,34-38) reafirma que Jesus é o Filho amado que o Pai enviou ao mundo para concretizar um projeto de salvação; por isso, Ele “passou pelo mundo fazendo o bem” e libertando todos os que eram oprimidos. É este o testemunho que os discípulos devem dar, para que a salvação que Deus oferece chegue a todos os povos da terra.
O Batismo foi realmente um marco divisório em sua vida. Jesus já não volta mais para o seu trabalho de carpinteiro, nem continua morando com Maria Santíssima, sua Mãe; deixa a sua vida escondida e inicia sua missão profética de proclamar a todos os homens e mulheres de boa vontade a Boa Notícia de um Deus que é amoroso e misericordioso, Pai, que quer salvar a todos sem distinção. Se o Batismo de Jesus foi sua unção para iniciar a sua nova missão e se o nosso Batismo significa adesão ao Evangelho, abertura ao Divino Espírito Santo e entrada na comunidade cristã, a culminação de um processo de conversão e a aceitação consciente e responsável da fé cristã.
A Igreja batiza as crianças quando elas são pequenas, porque oferece a elas o que há de melhor na vida, a adoção divina, a libertação do jugo do pecado original desde cedo e a integração das crianças na comunidade cristã e, adentrando os umbrais da Santa Mãe Igreja, iniciam o seu processo de conversão, que deverá ser ratificado mais tarde pelo Sacramento da Crisma, quando deverão percorrer o seu itinerário pessoal de fé.
Vamos tomar consciência da importância de nosso Batismo e dos nossos compromissos batismais que são: morrer com Cristo para nossa condição de pecadores, assumir com Cristo a nova vida de filhas e filhos amados, escolhidos, preferidos e chamados nominalmente por Deus Trino para assumir com Cristo a sua missão de irradiar e contagiar a todos com o amor insondável de Deus que é Papai – Abba, amando a todos como Jesus amou. O Verbo habita entre os seres humanos! Vamos dar testemunho de nosso batismo!
                                    Dom Eurico dos Santos Veloso Arcebispo Emérito de Juiz de Fora
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