sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Leituras do

3º Domingo do Tempo Comum
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1ª Leitura: Is 8,23b-9,3
Leitura do Livro do profeta Isaías:
No tempo passado o Senhor humilhou a terra de Zabulon e a terra de Neftali; mas recentemente cobriu de glória o caminho do mar, do além-Jordão e da Galileia das nações.
O povo que andava na escuridão viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu.
Fizeste crescer a alegria, e aumentaste a felicidade; todos se regozijam em tua presença como alegres ceifeiros na colheita, ou como exaltados guerreiros ao dividirem os despojos. Pois o jugo que oprimia o povo, — a carga sobre os ombros, o orgulho dos fiscais — tu os abateste como na jornada de Madiã.
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Salmo: 26
O Senhor é minha luz e salvação./ O Senhor é a proteção da minha vida.
O Senhor é minha luz e salvação./ O Senhor é a proteção da minha vida.
- O Senhor é minha luz e salvação;/ de quem eu terei medo?/ O Senhor é a proteção da minha vida;/ perante quem eu tremerei?
- Ao Senhor eu peço apenas uma coisa,/ e é só isto que eu desejo:/ habitar no santuário do Senhor/ por toda a minha vida;/ saborear a suavidade do Senhor/ e contemplá-lo no seu templo.
- Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver/ na terra dos viventes./ Espera no Senhor e tem coragem,/ espera no Senhor!
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2ª Leitura: 1Cor 1,10-13.17
Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios:
Irmãos, eu vos exorto, pelo nome do Senhor nosso, Jesus Cristo, a que sejais todos concordes uns com os outros e não admitais divisões entre vós. Pelo contrário, sede bem unidos e concordes no pensar e no falar. Com efeito, pessoas da família de Cloé informaram-me a vosso respeito, meus irmãos, que está havendo contendas entre vós.
Digo isso, porque cada um de vós afirma: “Eu sou de Paulo”; ou: “Eu sou de Apolo”; ou: “Eu sou de Cefas”; ou: “Eu sou de Cristo!”
Será que Cristo está dividido? Acaso Paulo é que foi crucificado por amor de vós? Ou é no nome de Paulo que fostes batizados?
De fato, Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar a boa nova da salvação, sem me valer dos recursos da oratória, para não privar a cruz de Cristo da sua força própria.
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Evangelho: Mt 4,12-23
Leitura do Evangelho de São João:
Ao saber que João tinha sido preso, Jesus voltou para a Galileia. Deixou Nazaré e foi morar em Cafarnaum, que fica às margens do mar da Galileia, no território de Zabulon e Neftali, para se cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías: ”Terra de Zabulon, terra de Neftali, caminho do mar, região do outro lado do rio Jordão, Galileia dos pagãos! O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz, e para os que viviam na região escura da morte brilhou uma luz”. Daí em diante Jesus começou a pregar dizendo: “Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo”.
Quando Jesus andava à beira do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam lançando a rede ao mar, pois eram pescadores. Jesus disse a eles: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”. Eles imediatamente deixaram as redes e o seguiram.  Caminhando um pouco mais, Jesus viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Estavam na barca com seu pai Zebedeu consertando as redes. Jesus os chamou. Eles imediatamente deixaram a barca e o pai, e o seguiram. Jesus andava por toda a Galileia, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando todo tipo de doença e enfermidade do povo.
Reflexão:
O Reino de Deus: os batizados devem ser luz do mundo
"O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz" (Cf Is 9,1; Mt 4,16)
A liturgia do terceiro domingo do Tempo Comum apresenta-nos o projeto de salvação e de vida plena que Deus tem para oferecer ao mundo e aos homens: o projeto do “Reino”. A luz de Cristo Ressuscitado, pela sua Palavra de Deus e pela Eucaristia, afugenta todas as trevas e abre os nossos olhos para compreendermos qual estrada devemos seguir para encontrarmos o sentido de nossas vidas. Hoje, em conformidade com o pedido do Papa Francisco, celebramos o dia da Palavra de Deus. O Senhor continua chamando a cada um de nós a segui-lo, conhece-lo e pelo anúncio da Palavra de Deus, anunciar o Evangelho do Reino.
 Dom Eurico dos Santos Veloso 
“O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz” (cf. Is 9,1; Mt 4,16). Que luz é esta que o povo viu? Trata-se da luz que é o próprio Jesus. Quando Jesus se encarna, cumprindo as profecias todas, ele está se proclamando como verdadeira luz que veio ao mundo (cf. Jo 1,9). É por isto que ele inicia seu ministério público afirmando: “Convertei-vos porque o Reino dos céus está próximo!” (cf. Mt 4,17). Jesus é o Reino dos céus no meio de nós(cf. Lc 17,21). Converter-se é acolher a vida nova que nos introduz neste Reino. Na primeira leitura (cf. Is 8,23b-9,3), o profeta/poeta Isaías anuncia uma luz que Deus irá fazer brilhar por cima das montanhas da Galileia e que porá fim às trevas que submergem todos aqueles que estão prisioneiros da morte, da injustiça, do sofrimento, do desespero.
O Evangelho (cf. Mt 4,12-23) descreve a realização da promessa profética: Jesus é a luz que começa a brilhar na Galileia e propõe aos homens de toda a terra a Boa Nova da chegada do “Reino”. Ao apelo de Jesus, respondem os discípulos: eles serão os primeiros destinatários da proposta e as testemunhas encarregadas de levar o “Reino” a toda a terra. Ao anúncio do que teve lugar com o Jesus Cristo morto, ressuscitado e vivo na glória do Pai, segue-lhe o premente convite à “conversão”, a que está ligada o perdão dos pecados. Tudo isto aparece claramente no discurso que Pedro pronuncia no pórtico de Salomão: “Deus deu cumprimento deste modo ao que tinha anunciado por boca de todos os profetas: que seu Cristo padeceria. Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que vossos pecados sejam apagados” (cf. At 3,18-19). Este perdão dos pecados, no Antigo Testamento, foi prometido por Deus no contexto da “nova aliança”, que Ele estabelecerá com seu povo (cf. Jr 31,31-34). Deus escreverá a lei no coração. Nesta perspectiva, a conversão é um requisito da aliança definitiva com Deus e ao mesmo tempo uma atitude permanente daquele que, acolhendo as palavras do anúncio evangélico, passa a formar parte do reino de Deus em seu dinamismo histórico e escatológico.
Os destinatário da mensagem de Jesus sou eu, és tu quando nos abrimos à Palavra, para escutá-la com sinceridade, alcançamos a paz, a salvação, a vida. Ele continua a revelar-se para nossa divindade, quando fazemos o esforço necessário para nossa conversão.
A segunda leitura (cf. 1Cor 1,10-13.17) apresenta as vicissitudes de uma comunidade de discípulos, que esqueceram Jesus e a sua proposta. Paulo, o apóstolo, exorta-os veementemente a redescobrirem os fundamentos da sua fé e dos compromissos assumidos no batismo. Sem dúvida, uma das formas mais eloquentes de darmos testemunho da vinda do Reino é sendo “bem unidos e concordes no pensar e no falar” (cf. 1Cor 1,10). As divisões aludidas por São Paulo se fazem muito presentes no mundo atual e constituem um escândalo – sobretudo – quando se fazem presentes nas nossas comunidades. “Será que Cristo está dividido?”(cf. 1Cor 1,13). Onde Cristo é a grande luz, cresce a alegria, aumenta a felicidade, pois o nosso jugo foi abatido (cf. Is 8,2-3). Convertamo-nos de nossas divisões e sejamos assim: luz na luz.
O Reino de Deus: os batizados devem ser luz no mundo! Anunciemos a Palavra de Deus, que é luz para os nossos pés e lâmpada para os nossos caminhos!
                                    Dom Eurico dos Santos Veloso Arcebispo Emérito de Juiz de Fora
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