sábado, 27 de maio de 2017

Reflexões para seu domingo

Ascensão do Senhor:
"Continuar a missão de Jesus"
Celebrar a Ascensão de Jesus é celebrar seu modo novo de estar conosco, do Emanuel, Deus Conosco, manifestar-se em nosso meio.
Certamente esse modo novo do Senhor de se manifestar entre os homens passa pela Comunidade, por suas atitudes que dão continuidade à missão do Senhor e que asseguram a continuidade da construção do Reino de Justiça e de Paz.
O Livro dos Atos dos Apóstolos, do qual é tirada a primeira leitura da solenidade de hoje, nos mostra Jesus dizendo aos seus discípulos que eles receberão o Espírito Santo e que Este os tornará suas testemunhas no mundo inteiro.
O Espírito que os discípulos receberão é o mesmo que esteve presente em Jesus. Os anjos que aparecem após a “subida” de Jesus ao Céu dizem aos discípulos para não ficar de braços cruzados, mas agir, isto é, continuar a missão do Senhor. Os anjos dizem aos discípulos que Jesus vai voltar. Isso nos recorda a parábola contada pelo Senhor em que o patrão quando volta de viagem quer saber de seus servos o que fizeram, qual o produto do trabalho. Os anjos nos recordam a necessidade de deixar de ficar olhando para o céu e colocar mãos à obra, trabalhar!
O Evangelho de Mateus nos fala que o poder que Jesus recebeu do Pai e foi plenificado após sua ressurreição, é dado à Comunidade para que “ Vá e faça discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que lhes ordenei!”
Batismo e catequese! Batismo é a consagração, a configuração a Jesus Cristo, o Ungido e a Catequese é a implementação da Justiça. Logo, deveremos levar as pessoas a se configurarem ao Homem Novo, de acordo com o desejo do Pai e, depois, após conscientizá-los, levá-los a praticar a justiça e as bem-aventuranças. E Mateus termina citando a certeza da presença eterna de Jesus ao nosso lado: “ Eis que eu estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo!”
A Ascensão de Jesus é a transformação da presença do Emanuel, do Deus Conosco. Sua presença é manifestada não através de uma figura visível, a de Jesus, mas através da ação libertadora praticada pelos membros da Comunidade.
Quando chegar o final dos tempos, a Parusia, veremos a “re-velação” do Senhor. Veremos que atrás de cada atitude cristã estava o Redentor – Cristo, o Autor de todo ato de bondade – o Pai, e nos inspirando, o Espírito de Amor». 
                                                                                  Padre Cesar Augusto dos Santos
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Oração pela Unidade

O ecumenismo se baseia na fé em Cristo e no amor
que Ele nos ensina para também fazermos o que Ele fez.
Jesus, o Bom Pastor, queria que suas ovelhas vivessem unidas em seu rebanho (Cf. João 10,16 e 17,20-23). Aliás, Ele quer que todos os seres humanos se salvem. Por isso, instituiu sua Igreja e mandou seus discípulos ensinarem a todos o que Ele lhes ensinou.
No entanto, sua verdade ainda não é conhecida e vivida por todos. Há divisões e separações até mesmo entre seus discípulos através dos tempos. Por isso, é preciso sempre que os fiéis de Jesus, abrindo-se à ação do Espírito Santo, tenham boa vontade para melhor cumprirem o mandamento fundamental dele, que é o amor. Este não faz ações para derrubar nem diminuir os outros. No diálogo e compreensão se dá testemunho da própria fé para servir, entender e valorizar os outros.
O ecumenismo se baseia na fé em Cristo e no amor que Ele nos ensina para também fazermos o que Ele fez. Leva-nos a dar testemunho de nossa fé e ir ao encontro do outro, mesmo com suas diferenças, para o tratarmos como irmão. Pontos comuns entre cristãos são fortes, como o amor, a Palavra de Deus, a oração, as virtudes humanas e cristãs, a fraternidade demonstrada no trabalho em conjunto para a promoção humana, a defesa da vida, a  justiça, a boa política, a família cristã... O ecumenismo não significa abandonar a própria fé para assumir outra. Ao contrário, é viver a própria de modo a fazê-la a irmos ao encontro do outro com fraternidade e a agilizar nossos dons para servirmos os outros e aceitarmos que também eles nos sirvam com os dons que receberam do Espírito Santo. Para isso, é preciso sempre amadurecer  nossa fé. Assim, oramos juntos com os outros e por eles. Não temos medo de nos aproximarmos para vivermos com respeito e fraternidade.
Ecumenismo não é sincretismo ou mistura religiosa. É sim mostrar a própria fé com verdade e convicção, sabendo valorizar os pontos comuns das diversas Igrejas e comunidades religiosas cristãs. Desse modo, nos aproximamos mais do que Jesus queria em relação ao seu único rebanho, que tem um único Pastor. Aliás, é bom também lembrar que unidade não é uniformidade. Há diversas formas de manifestar a fé. Mas, quanto mais formos fraternos, mais vamos nos aproximando da verdade de Jesus e valorizaremos o conteúdo da verdade dos Evangelhos, vivenciados em  tradições específicas. Já superamos a dificuldade histórica de Lutero. Já confirmamos a justificação pela fé, que ele muito propagou. Daqui em diante poderemos melhor analisar e aceitar outros pontos até de divergente interpretação. Enquanto isso, o mais importante é nos entendermos como irmãos para que o mundo creia. Colaboraremos, assim, para colocar em prática o maior valor da fé que nos ajuda, em comum, a implantar na caminhada da história, os valores humanos, éticos e cristãos para a promoção da vida plena trazida pelo Filho de Deus!
                                        Dom José Alberto Moura - Arcebispo Metropolitano de Montes Claros
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Fonte: radiovaticana.va  cnbbleste2.org.br Ilustrações: musicasparamissa.com.br   paroquiagloria.org

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