“Vivenciamos um tempo muito bonito e de
escuta em toda a semana que aqui passamos com a equipe do Sínodo. Foi um tempo
fecundo e muito profundo de escuta do Espírito Santo, através dos relatórios
das sínteses das nossas dioceses”
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Padre Marcus Barbosa |
A fala acima é do subsecretário adjunto de
pastoral da CNBB, padre Marcus Barbosa, sobre o processo de escuta da fase
diocesana do Sínodo 2021-2023. Ele integrou a Equipe Nacional de Animação do
Sínodo no Brasil, que esteve reunida na sede da CNBB, em Brasília (DF), nos
dias 8 a 12 de agosto, e partilhou em vídeo algumas considerações sobre o
processo. A ele coube sintetizar o tema “formar-se na sinodalidade”.
Segundo o padre Marcus, inúmeras dioceses
registraram que para além do conteúdo da formação oferecida é necessário
crescer naquilo que é o cerne da sinodalidade: “saber escutar, dialogar,
mergulhar nas realidades locais, acolher e integrar os diferentes, vencer as
estruturas engessadas, os preconceitos, os tradicionalismos e também moralismos
fundamentalistas”.
Padre Marcus destaca que as dioceses clamam
por uma formação que esteja em sintonia com os valores da sociabilidade humana
e que ajude a crescer nos relacionamentos, no acolhimento, na ternura e na
solidariedade.
“Uma formação que nos ajude a sermos
mediadores em tantas formas de conflitos, que possa nos tocar por dentro a
partir da ação do Espírito do Senhor, a dimensão humana, porque sem o humano,
não há eclesialidade. Uma formação que nos ajude a termos um estilo sinodal”.
Ministerialidade na Igreja
Por último, padre Marcus Barbosa salientou
que um dos aspectos que também aparece nos relatórios e que merece uma maior
atenção é a questão da ministerialidade na Igreja. “E aí devemos recuperar a
teologia batismal, recuperando a eclesiologia do Concílio Vaticano II, a
eclesiologia do povo de Deus, a eclesiologia da comunhão, os diversos serviços,
os diversos ministérios, a comunhão entre os ministérios e todos que estejam a
serviço da humanidade, do Reino, da missão evangelizadora da Igreja.
“Creio que se nós cuidarmos um pouco mais e
trabalharmos com mais profundidade a ministerialidade nós iremos com mais
clareza e com mais eficácia, empenho e sinais rompermos uma cultura
clerical que ainda nos atrapalha e sermos mais expressão daquilo que o
Senhor quer: uma Igreja de comunhão, participação e missão”.
Confira o vídeo na íntegra:
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