O episcopado
brasileiro se reúne desde a noite de ontem, dia 28 de agosto, até a próxima
sexta-feira, dia 2 de setembro, no Santuário Nacional, em Aparecida (SP), para
a realização da 59ª Assembleia Geral (AG) da Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil (CNBB). A etapa presencial do encontro, teve seu início com a celebração
da Santa Missa no altar central da Basílica.
Na manhã de hoje,
dia 29, os trabalhos da AG CNBB ocorrem no Centro de Eventos Pe. Vítor Coelho
de Almeida. Na cerimônia de abertura, dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo
de Belo Horizonte (BH) e presidente da CNBB, ressaltou que os 292 bispos unidos
em Assembleia para a reflexão e oração confirmam a vocação da Igreja de
anunciar o Reino de Deus no coração do mundo.
Os 70 anos da
CNBB, comemorados em 2022 e celebrados também durante os dias da AG, foram
destacados por dom Walmor que, ao fazer memória das sete décadas da Conferência
Episcopal, lembrou de “figuras ilustres”, os cristãos leigas e leigas,
religiosos e religiosas, padres assessores e bispos que se dedicaram na
construção da história: “os que nos precederam e que já partiram deste mundo, e
os que continuam conosco, nos introduziram na experiência sinodal”, afirmou.
O presidente da
CNBB lembrou que a V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e
caribenho, realizada há 15 anos, em Aparecida, também lança luzes às atividades
da AG. “O texto final da Conferência de Aparecida, como é conhecida, fecunda os
caminhos de nossa Igreja de modo bonito e promissor”, disse o dom Walmor.
Análise da
conjuntura eclesial
Pela manhã, as
atividades da AG contaram ainda com uma análise da conjuntura eclesial.
Apresentada pelos padres Geraldo De Mori e Danilo Pinto, do Instituto Nacional
de Pastoral Padre Alberto Antoniazzi (INAPAZ), a reflexão evidenciou o cenário
interno e externo da Igreja no viés do pentecostalismo e da evangelização. A
atual ação dos pentecostais no processo de urbanização e também na atração do
mundo juvenil e o empoderamento das mulheres foram refletidos pelos bispos.
O imaginário
simbólico religioso do povo brasileiro, mesmo diante do processo de
secularização, foi analisado como oportunidade para que a Igreja possa
continuar sua ação evangelizadora na vida da sociedade. “Que possamos exercer e
viver essa Igreja que saiba escutar e discernir os sinais dos tempos de modo
sinodal e missionário”, destacou o padre De Mori. Também o uso tecnológico para
a evangelização foi apresentado aos bispos como um desafio e, ao mesmo tempo,
como grande oportunidade para o anúncio de Jesus Cristo.
A valorização dos
leigos e leigas e a presença feminina no trabalho pastoral também foram citados
pelos sacerdotes como caminhos na busca “de uma formação comum que atinja o
fiel frente aos discursos fundamentalistas”, disse. A formação ética e crítica
enquanto presença católica na mídia também integraram as reflexões do
episcopado na manhã de hoje.
![]() |
Vista panorâmica da plenária dos bispos na 59ª AG CNBB. Fotos: Adielson Agrelos – Ascom 59ª AG CNBB. |
Por Pe. Tiago
Barbosa
Nenhum comentário:
Postar um comentário