sexta-feira, 16 de junho de 2017

Leituras do

11º Domingo do Tempo Comum


1ª Leitura: Ex 19,2-6
Livro do Êxodo:
Naqueles dias, os israelitas, partindo de Rafidim, chegaram ao deserto do Sinai, onde acamparam. Israel acampou ali, diante da montanha, enquanto Moisés subiu ao encontro de Deus. O Senhor o chamou do alto da montanha e disse: “Assim deverás falar à casa de Jacó e anunciar aos israelitas:
Vistes o que fiz aos egípcios,e como vos levei sobre asas de águia e vos trouxe a mim.
Agora, se realmente ouvirdes minha voz e guardardes a minha aliança, sereis para mim a porção escolhida entre todos os povos.
Na realidade é minha toda a terra, mas vós sereis para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa. São essas as palavras que deverás dizer aos israelitas”.
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Salmo: 99/100
Nós somos o povo e rebanho do Senhor.
- Nós somos o povo e rebanho do Senhor.
Aclamai o Senhor, ó terra inteira, servi ao Senhor com alegria, Ide a ele, cantando jubilosos!
- Sabei que o Senhor, só ele, é Deus, ele mesmo nos fez, e somos seus, nós somos seu povo e seu rebanho.
- Sim, é bom o Senhor e nosso Deus, sua bondade perdura para sempre, seu amor é fiel eternamente!
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2ª Leitura: Rm 5,6-11
Carta de São Paulo aos Romanos:
Com efeito, quando éramos ainda fracos, foi então, no devido tempo, que Cristo morreu pelos ímpios. Dificilmente alguém morrerá por um justo; por uma pessoa muito boa, talvez alguém se anime a morrer. Pois bem, a prova de que Deus nos ama é que Cristo morreu por nós, quando éramos ainda pecadores. Muito mais agora que já estamos justificados pelo sangue de Cristo, seremos salvos da ira, por ele. Se, quando éramos inimigos de Deus, fomos reconcilia­dos com ele pela morte de seu Filho, quanto mais agora, estando já reconciliados, se­remos­ salvos por sua vida! Ainda mais: nós nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo. É por ele que, já desde o tempo presente, recebemos a reconciliação.
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Evangelho:  Mt 9,36-10,8
Evangelho de São Mateus:
Naquele tempo, ao ver as multidões, Jesus encheu-se de compaixão por elas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor. Então disse aos discípulos: “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para sua colheita!”
Chamando os doze discípulos, Jesus deu-lhes poder para expulsar os espíritos impuros e curar todo tipo de doença e de enfermidade.
Estes são os nomes dos doze apóstolos: primeiro, Simão, chamado Pedro, e depois André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João; Filipe e Bartolomeu; To­mé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Al­feu, e Tadeu; Simão, o cananeu, e Judas Iscariotes, que foi o traidor de Jesus.
Jesus enviou esses doze, com as seguintes­ recomendações: “Não deveis ir aos territó­rios dos pagãos, nem entrar nas cidades dos samaritanos! Ide, antes, às ovelhas perdidas­ da casa de Israel! No vosso caminho, pro­clamai: ‘O Reino dos Céus está próximo’. Cu­rai doentes, ressuscitai mortos, puri­ficai leprosos, expulsai demônios. De graça re­ce­bestes, de graça deveis dar!
Reflexão:
Os doze apóstolos e o novo povo de Deus

O evangelho narra a vocação e missão dos doze apóstolos de Jesus. O número doze tem um significado simbólico muito forte. No Antigo Testamento, Deus escolheu as doze tribos de Israel para ser seu “povo sacerdotal”, povo que devia celebrar e mostrar aos outros povos a santidade de Javé, sua Lei e seu reino (1ª leitura). Ora, o evangelho conta que Jesus encontrou a massa popular abatida e exausta. Pediu, então, operários para a “colheita messiânica”, para reconstituir, a partir dessa massa dispersa, o povo de Deus. De acordo com a estrutura do antigo povo das doze tribos, nomeia doze representantes do novo povo de Deus. Eles serão os operários da colheita. Esses doze operários, Jesus os manda anunciar o reino e curar as doenças. E, pensando no “aqui e agora”, os manda primeiro às ovelhas desgarradas de Israel. Depois de sua ressurreição, enviá-los-á a todas as nações (Mt 28,16-20).
Nosso povo também está abatido, oprimido. Observamos a decadência social, e até física, das populações da periferia e do interior, a desorientação dos jovens, a violência crescente etc. Isso não nos deve desanimar: é um desafio. A consciência comunitária e a missão evangelizadora podem transformar a situação, como acontece, por exemplo, em comunidades de base que realmente vivem o evangelho.
Pelo número dos seus “operários”, Jesus manifestou a intenção de constituir um povo novo para Deus. De imediato, mandou-os às ovelhas perdidas do povo de Israel. Jesus reconstruiu o povo com base nos símbolos de sua tradição religiosa e cultural, tomando como referência as doze tribos de Israel. Isso é uma lição para nós. Povo para Deus não se constrói destruindo sua identidade. Será que nós respeitamos, ou melhor, devolvemos à multidão popular (índios, negros … ) sua identidade? Damo-Ihes representantes conforme as feições próprias deles?
Além disso, Jesus os envia a anunciar e a curar. As curas são sinais de que no âmbito da missão de Jesus se realiza o que Deus deseja, o bem de seus filhos. Em nossa missão evangelizadora, a palavra deve ser acompanhada da prática transformadora. É preciso levar “amostras do Reino”.
Deus e Jesus quiseram a ajuda de um povo. O Reino de Deus não pode ser realizado sem o povo, ainda que fraco e até inconfiável (como revela o caso de Judas). O paternalismo pastoral (fazer para, mas não com .. .) é condenável. O povo deve participar ativamente, pelo anúncio e pela ação transformadora, da realização do Reino de Deus.
                      Do livro “Liturgia Dominical”, de Johan Konings, SJ, Editora Vozes
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                                          Reflexão e Ilustração: franciscanos.org.br  Banner: cnbb.org.br

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