segunda-feira, 13 de outubro de 2025

É Jesus dizendo:

“Amo a todos humanos,
mas também amo você como pessoa e indivíduo”

Pe. Zezinho, scj |||||||||||||||||||||||||||||||

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Já fui muito pobre. Meu pai era paralítico e minha mãe terminou seus dias sem as duas pernas.

Nos anos 1948-1953 faltou muita coisa na nossa casa. Minha mãe dividia um bacalhau comprado no SESI, em 30 pedaços e aquilo tinha que dar para um mês.

Eu, criança, comia farinha de milho com açúcar e água. Aquilo matava a fome. Dona Antônia e, mais tarde dona Alice dava-nos um pão amanhecido e duro. Minha mãe torrava e aquilo virava complemento para misturar com arroz e feijão, isto quando tinha, e com uma abobrinha ou um feixe de couve que alguém vendia na sua.

Éramos pobres, mas não miseráveis! A gente se virava. Eu, aos 9 anos, levava marmitas para a fábrica onde meus irmãos trabalhavam!

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Hoje tenho um quarto, um pequeno estúdio onde escrevo e guardo meus livros de consulta. O carro de dez anos não é meu. É da comunidade.

Não preciso de muita coisa para viver. Meus tesouros são meus livros!

Remédios não faltam. Sou bem cuidado e, na minha juventude, onde pude, cuidei de muita gente e de muitas obras! Meus shows eram destinados a obras sociais!

Agora, começo a ler a Exortação Apostólica “DILEXIT TE” (eu te amei). E o escrito do Papa Leão XIV começou lembrando a pobreza de uma comunidade cristã descrita no Apocalipse (Ap 3,9) que tinha pouco a oferecer. Mas a quem Deus amava a cada um em particular.

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Não é só Deus dizendo: EU AMO VOCÊS. É Deus dizendo EU AMO VOCÊ. Você é importante para mim, não importa quão pobre ou sem recursos intelectuais ou materiais você seja! Você é alguém!

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Já comecei a ler e a comparar os dois documentos: o do Papa Francisco e o do Papa Leão XIV. É o mesmo discurso, aplicado à Igreja Povo de Deus e ao indivíduo que, por causa de Jesus também é filho de Deus!

Estou curioso. Falarei disso nos próximos escritos! Pz

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                                                                                  Fonte: facebook.com/padrezezinho,sjc

domingo, 12 de outubro de 2025

Paróquia São José - Paraisópolis (MG):

Horários de missa e outros eventos

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Dia 13 - Segunda-feira

19h - Missa na comunidade dos Carneiros

19h - Terço em sufrágio das almas na capela da Soledade

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Dia 14 - Terça-feira

15h - Missa pelas vocações e pelos enfermos na matriz

19h - Missa na comunidade dos Coqueiros

19h - Terço das mulheres na matriz

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Dia 15 - Quarta-feira

19h - Missa votiva em louvor a São José na matriz

19h - Missa na sede da Javé Nissi

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Dia 16 - Quinta-feira

18h - Procissão com a imagem de São Geraldo, da matriz ao Centro Pastoral

19h - Missa na comunidade São Geraldo

19h - Terço dos homens na matriz

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Dia 17 - Sexta-feira

5h30h - Missa na matriz

19h - Missa na comunidade dos Martins

19h - Celebração da Palavra na comunidade da Ponte do Neneco

19h - Grupo de oração Maranathá na capela da Soledade

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Dia 18 - Sábado

17h - Missa na comunidade São Francisco

19h - Missa na matriz

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Dia 19 - 29º Domingo do Tempo Comum

7h e 9h - Missa na Matriz

11h - Missa na igreja de Santa Edwiges

16h - Missa na igreja de Santo Antônio     19h - Missa na matriz

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Bela reflexão:

Hoje, 12 de outubro...

Pe. Zezinho, scj |||||||||||||||||||||||||||||||

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Penso em quatro IMAGENS DE Nossas SENHORAS pequenas. A saber: uma no México, duas no Brasil e uma na Argentina.

N. Sra. Aparecida

Três são imagens e uma é efígie milagrosamente pintada. Há quem duvide. Eu creio! Foram recados dela aos pequenos e esquecidos!

Ao compor “Mãe do Céu Morena” pensei em três delas. Meus estudos de teologia e história da fé católica motivaram-me mais de 90 canções sobre Maria Jovem e Humilde e Pequena.

É o que tentei retratar em cinco livros sobre Maria e quase cem canções sobre ela! Uma tem rosto de índia nativa mexicana, duas são morenas uma delas tem tez negra e uma é branca e seu rosto lembra uma linda e humilde jovem portuguesa.

N. Sra. de Nazaré

Detalhe: as quatro são pequenas.

Todas se manifestaram a pessoas simples. Aprendi ainda mais sobre elas no Vaticano II, no Mexico, em Puebla, e em Aparecida e lembro isto sempre vou a Aparecida. Moro a 40 km do santuário. A de Lujan eu nunca visitei, mas li sua história.

Penso que sem a mística da pequenez e da valorização dos simples e pequenos perdemos o significado destas devoções.

E gosto muito de imaginar que a moça original que viveu em Nazaré, provavelmente teve um rosto como as lindas moças do oriente médio: nem negras, nem brancas; talvez meio amorenada.

O que me levou a escrever e cantar tanto à mãe de Jesus, como milhares de escritores e cantores já fizeram foi o que eu li, estudei e o que eu rezei desde menino.

N. Sra. de Lujan

Como menino e coroinha, muitas vezes fui com minha mãe e com tios e tias visitar a antiga basílica. E assisti, passo a passo, a construção de uns dos maiores tempos marianos do mundo.

Cheguei aos 84 anos e cresci sabendo e crendo que Jesus é O Filho de DEUS, mas ele se fez ser humano e teve mãe.

A mãe dele não é deusa, mas ninguém sabia mais de Jesus do que ela. E ela também sorriu e sofreu com ele. Que mãe maravilhosa ele escolheu para dela nascer!

Olho a pequena imagem de Aparecida e as pinturas que tenho no meu quarto, lembrando José ao seu lado, ela sorridente, e o menino Jesus entre os dois: e muitas vezes imagino o que direi ou cantarei na minha próxima pregação!

N. Sra de Guadalupe

Esta semana percorri três vezes a Via Dutra para ver os milhares de romeiros na estrada. Foram ao Templo adorar e comungar o Filho e venerar a mãe!

Tenho suficiente estudo e cultura para ensinar o que vivo desde menino. Jesus escolheu uma linda e inteligente mãe para dela nascer.

E não poderia ser diferente. Afinal estamos falando do nosso mestre e modelo!

Assinado: Padre Zezinho scj

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                                                                                  Fonte: facebook.com/padrezezinho,sjc

Papa Leão XIV adverte:

cuidado com a instrumentalização da fé,
pode anestesiar o coração

Na missa por ocasião do Jubileu da Espiritualidade Mariana, Leão XIV adverte para formas de culto que não nos ligam aos outros e anestesiam o nosso coração: "Tenhamos cuidado com toda instrumentalização da fé, que faz correr o risco de transformar os diferentes – muitas vezes os pobres – em inimigos, em 'leprosos'".

O Papa Leão presidiu à Santa Missa por ocasião do Jubileu da Espiritualidade Mariana, com a participação de reitores e responsáveis de santuários, membros de movimentos, confrarias e grupos marianos de oração. Na Praça São Pedro, o Santo Padre se deteve diante da imagem original de Nossa Senhora de Fátima, que excepcionalmente deixou o santuário mariano português para estar presente também no Terço pela paz conduzido pelo Pontífice na tarde de 11 de outubro.

A espiritualidade mariana tem Jesus como centro

A homilia do Pontífice foi inspirada numa frase do apóstolo Paulo a Timóteo: "Tem sempre bem presente Jesus Cristo, ressuscitado de entre os mortos e nascido da linhagem de David" (2 Tm 2, 8). "A espiritualidade mariana, que alimenta a nossa fé, tem Jesus como centro", explicou o Papa. 

“«Tem sempre bem presente Jesus Cristo»: só isso importa e faz a diferença entre as espiritualidades humanas e o caminho de Deus.”

É preciso  que o domingo nos faça cristãos, recomendou o Santo Padre. Ou seja, que encha o nosso sentir e o nosso pensar com a memória incandescente de Jesus, modificando a nossa convivência, a nossa habitação na terra. Toda a espiritualidade cristã se desenvolve a partir deste fogo e contribui para torná-lo mais vivo. Quanto menos títulos se possa ostentar, mais claro aparece que o amor é gratuito. "Deus é puro dom, somente graça, mas quantas vozes e convicções podem separar-nos ainda hoje desta verdade nua e disruptiva!", observou.

"Irmãos e irmãs, a espiritualidade mariana está a serviço do Evangelho, revelando a sua simplicidade. O afeto por Maria de Nazaré torna-nos, com Ela, discípulos de Jesus, educa-nos a voltar para Ele, a meditar e a relacionar os acontecimentos da vida nos quais o Ressuscitado ainda nos visita e chama. (...) Ela compromete-nos a saciar os famintos, a exaltar os humildes, a recordar a misericórdia de Deus e a confiar no poder do seu braço." 

Cuidado com a instrumentalização da fé

Com efeito, prosseguiu o Papa, os leprosos que no Evangelho não voltam para agradecer nos lembram que a graça de Deus também pode vir até nós e não encontrar resposta, pode curar-nos e não nos envolver.

"Tenhamos cuidado, portanto, com aquele subir ao templo que não nos faz seguir Jesus. Existem formas de culto que não nos ligam aos outros e anestesiam o nosso coração", advertiu Leão XIV. Deste modo, não vivemos verdadeiros encontros com aqueles que Deus coloca no nosso caminho; não participamos, como fez Maria, da mudança do mundo e na alegria do Magnificat.

“Tenhamos cuidado com toda instrumentalização da fé, que faz correr o risco de transformar os diferentes – muitas vezes os pobres – em inimigos, em “leprosos” a evitar e rejeitar.”

O caminho de Maria é seguir Jesus

O Santo Padre reiterou: o caminho de Maria é seguir Jesus, e o caminho de Jesus é dirigir-se a todos os seres humanos, especialmente aos pobres, aos feridos, aos pecadores. Por isso, a autêntica espiritualidade mariana torna atual na Igreja a ternura de Deus, a sua maternidade. E citou um trecho da Exortação Apostólica Evangelii gaudium do Papa Francisco, quando escreve que sempre que olhamos para Maria, "voltamos a acreditar na força revolucionária da ternura e do afeto". O Pontífice então concluiu:

"Caríssimos, neste mundo que busca justiça e paz, mantenhamos viva a espiritualidade cristã, a devoção popular aos acontecimentos e aos lugares que, abençoados por Deus, mudaram para sempre a face da terra. Façamos disso um motor de renovação e transformação, como pede o Jubileu, tempo de conversão e restituição, de reavaliação e libertação. Que Maria Santíssima, nossa esperança, interceda por nós e oriente-nos sempre e para sempre para Jesus, o Senhor crucificado. Nele, há salvação para todos."

Ato de consagração

Ao final da missa, o Santo Padre aproximou-se da imagem da Virgem de Fátima e consagrou o mundo ao Imaculado Coração de Maria. Eis a oração proferida:

"Virgem Santa, Mãe de Cristo, nossa esperança, a tua presença atenta neste ano de graça acompanha-nos, consola-nos e dá-nos, nas noites da história, a certeza de que em Cristo o mal foi vencido e que todo o homem é redimido pelo seu amor.

Discípula perfeita do Senhor, guardaste no coração todas as coisas de Deus. Ensina-nos a escutar a Palavra e a compreendê-la interiormente, para caminharmos seguros no caminho da santidade.

Ao teu Coração Imaculado confiamos o mundo inteiro e toda a humanidade, especialmente os teus filhos atormentados pelo flagelo da guerra.

Advogada da graça, indica-nos o caminho da reconciliação e do perdão. Não deixes de interceder por nós na alegria e na dor, e alcança-nos o dom da paz que tanto imploramos.

Mãe da Igreja, acolhe-nos benignamente, para que sob o teu manto possamos encontrar refúgio e ser socorridos pelo teu auxílio materno nas provações da vida.

Contigo, Virgem Imaculada, manifestamos o Senhor, reconhecendo em cada momento as grandes obras do seu amor.

Virgem Santa, Mãe Assunta ao Céu, Rainha da Paz, Senhora do Coração Imaculado, roga por nós."

Bianca Fraccalvieri - Vatican News

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Assista:

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                                       Fonte: vaticannews.va    Fotos e vídeo: (@Vatican Media

Celebramos hoje a solenidade da Padroeira do Brasil,

Seis décadas depois de criada a Vila de Guaratinguetá, um certo capitão José Correia Leite, adquiriu terras em Tetequeras, nas margens do Rio Paraíba do Sul, cerca,de três léguas abaixo de Pindamonhangaba. O Porto existente em sua fazenda, ficou então conhecido pelo nome de Porto José Correia Leite (atual Porto Itaguaçú).

Em dezembro de 1716, o rei D. João V, nomeou D. Pedro Miguel de Almeida Portugal e Vasconcelos, conhecido como Conde de Assumar, para governar como Capitão General a Capitania de São Paulo e Minas Gerais, que pouco depois seria desmembrada em duas, por sugestão dele mesmo. Foi homem importante, viria a ser mais tarde vice-rei da Índia. Embarcou no Rio de Janeiro para Angra dos Reis, Parati e Santos, daí galgou a Serra do Mar e foi a São Paulo, onde tomou posse em 04 de setembro de 1717. Pouco depois seguiu para Minas Gerais, pela chamada estrada real, hospedando-se com toda sua comitiva em Guaratinguetá de 17 a 30 de outubro, à espera de suas bagagens que deixara no porto de Parati.

A Câmara Municipal da Vila de Santo Antonio de Guaratinguetá viu-se em apuros para abastecer a mesa de tão ilustre visitante, por isso convocou os pescadores Domingos Garcia, Felipe Pedroso e João Alves, e os mesmos saíram em pescaria pelo Rio Paraíba. Desceram e subiram o rio várias vezes e nada conseguiram, chegando ao Porto “José Correia” o pescador João Alves arremessando sua rede às águas do Rio Paraíba sentiu que algo ali se prendera, puxou-a de volta ao barco e viu que se tratava de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, sem a cabeça. Arremessou novamente a rede e apanhou a cabeça da imagem. Os três pescadores sem nada entender continuaram a pescaria, quando para surpresa de todos os peixes surgiram em abundância para aqueles homens.

Imagem de Nossa Senhora Aparecida

Segundo o relato daquelas humildes pessoas, foram tantos peixes logo conseguido, depois de “aparecida” a imagem, que a canoa ficou cheia. Até ameaçava afundar. Alegraram-se muito com o ocorrido e foram levar o pescado à Câmara Municipal de Santo Antonio de Guaratinguetá, mas primeiro passaram pela casa de Felipe Pedroso e deixaram a preciosa encomenda confiada aos cuidados de Silvana da Rocha, mãe de João, esposa de Domingos e irmã de Felipe. Puseram-na dentro de um baú, enrolada em panos, separada uma parte da outra.

A casa de Silvana foi o primeiro oratório que teve aquela imagem, e ficou com ela cerca de nove anos, até 1726, data provável de seu falecimento. O marido e o filho, Deus já os chamara antes. Assim tornou-se herdeiro da imagem seu irmão, Felipe Pedroso, o único sobrevivente da milagrosa pescaria. Sua casa foi o segundo oratório, por seis anos, perto da Ponte Sá (proximidade da atual Estação Ferroviária) e também o terceiro, por mais sete anos, na Ponte Alta, para onde se mudara. Em 1739, Felipe Pedroso mudou-se mais uma vez, já velho, para o Itaguaçu, e fez a entrega da imagem a seu filho Atanásio. Até então a imagem ficava dentro do baú, guardada, e só era tirada de lá nas horas da preces, quando era posta sobre uma mesa. Na casa de Atanásio Pedroso, que ficou sendo seu quarto oratório, ela passou a ter altar e oratório de madeira, feitos por ele. Chamava sempre parentes e amigos e com eles rezava o terço e entoava cânticos. O número de devotos começou a aumentar, alguns sentiram-se favorecidos por graças e até por milagres, que apregoavam. A fama da Santa Aparecida foi crescendo e a notícia dos prodígios chegou aos ouvidos do vigário da Paróquia, Padre José Alves, que mandou seu sacristão, João Potiguara, assistir as rezas e observar. Baseado nas informações desse, e tendo ouvido outras pessoas, resolveu o vigário construir uma capelinha ao lado da casa de Atanásio, que, nessas alturas, estava morando no Porto Itaguaçú, onde a imagem fora encontrada.

Reprodução do encontro da Imagem

Consta que o vigário quis levar a imagem para Guaratinguetá, levou-a por duas ou três vezes, mas o povo ia às escondidas e a trazia de volta. Depois corria a notícia de que a imagem fugira de volta para o bairro Itaguaçu. Resolveu o padre José Alves Vilela, no ano de 1743, construir uma Capela no alto do Morro dos Coqueiros, a qual terminou sua construção dois anos depois, abrindo a visitação pública em 26 de julho de 1745 (dia consagrado a Santa Ana), dia em que foi celebrada a primeira missa.

Assim, 28 anos depois de “aparecida” a imagem nas águas do Rio Paraíba do Sul, ela teve sua capela, que iria durar 138 anos, até 1883.

Em 1894, chegou em Aparecida um grupo de padres e irmãos da Congregação dos Missionários Redentoristas, para trabalhar no atendimento aos romeiros que acorriam aos pés da Virgem Maria para rezar com a Senhora “Aparecida” das águas.

No dia 8 de setembro de 1904, D. José Camargo de Barros coroou solenemente a Imagem de Nossa Senhora Aparecida. Em 29 de abril de 1908, a igreja recebeu o título de Basílica Menor, passados vinte anos, no dia 17 de dezembro de 1928, a vila que se formou ao redor da Igreja no alto do Morro dos Coqueiros tornou-se Município, e em 1929, Nossa senhora foi proclamada Rainha do Brasil e sua Padroeira oficial, por determinação do Papa Pio XI.

Com o passar do tempo o aumento do número de romeiros foi aumentando e a Basílica tornou-se pequena. Foi então que os Missionários Redentoristas e os senhores Bispos iniciaram no dia 11 de novembro de 1955 a construção da atual Basílica Nova, o maior Santuário Mariano do Mundo. Em 1980, ainda em construção, recebeu o título de Basílica Menor pelo Papa João Paulo II. Em 1984, foi declarada oficialmente Basílica de Aparecida Santuário Nacional, pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

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                                                                                       Fonte: franciscanos.org.br

sábado, 11 de outubro de 2025

CNBB apresenta o Manual de Catequética

em encontro com transmissão ao vivo

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) apresenta, na próxima quarta-feira, 15, o Manual de Catequética, uma obra essencial para fortalecer a missão da Catequese no país. O lançamento do material ocorre num evento presencial na sede da Conferência, com a presença de catequistas, padres e formadores de Brasília e entorno, além de transmissão ao vivo pelo canal da Conferência no Youtube.

De acordo com a Edições CNBB, será uma noite de encontro, aprendizado e comunhão para apresentar o manual, fruto do trabalho da Sociedade Brasileira de Catequetas (SBCat) com reflexões e orientações para fortalecer a missão da Catequese no Brasil.

Participam do mesa do evento o bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, dom Ricardo Hoepers; o presidente da SBCat e subsecretário Adjunto de Pastoral, padre Jânison de Sá; a irmã Sueli da Cruz Pereira, membro do grupo de reflexão Bíblica e Catequética (GREBICAT) da CNBB e uma das organizadoras e autoras da publicação; o diretor-geral das Edições CNBB, monsenhor Jamil Alves de Souza; padre Wagner Carvalho, assessor da Comissão para a Animação Bíblico Catequética da CNBB; e o arcebispo de Santa Maria (RS) e presidente da Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, dom Leomar Brustolin.

“Mais do que uma coletânea de estudos, este Manual é um itinerário que une tradição e renovação, teologia e pastoral, doutrina e vida. Inspirado na dinâmica do catecumenato, aprofunda os fundamentos bíblicos, históricos e eclesiológicos da Catequese e aponta caminhos para uma ação catequética fiel ao Evangelho e sensível aos desafios do tempo presente”, explica a editora.

Ao recordar a história e as propostas da Conferência dos Bispos no âmbito da prática catequética, o subsecretário adjunto de Pastoral da CNBB e presidente da SBCat, padre Jânison de Sá Santos, conta que o manual é fruto de um longo trabalho da Sociedade de Catequetas, instância que vem crescendo e se fortalecendo como grupo de reflexão e produção de textos “que possam ajudar nossos catequistas e coordenadores de Catequese a ter uma ação eficaz dentro do processo de evangelização”.

“Esperamos que esse material possa ajudar intensamente na reflexão catequética da nossa Igreja e na continuidade de uma reflexão e prática que levem ao encontro com Jesus Cristo na formação de novos discípulos missionários”, projeta.

A live, na quarta-feira, às 19h30,

será transmitida no canal da CNBB no Youtube.

Catequética

Ligado ao próprio termo da catequese, que diz respeito ao processo de ensinamento e crescimento na fé, a “Catequética” é a ciência ou disciplina teológica que estuda a catequese. Esse campo de estudo, portanto, fundamenta, orienta e aprofunda a prática catequética da Igreja. Já os catequetas são os estudiosos e pesquisadores nessa área do conhecimento.

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                                                                                                           Fonte: cnbb.org.br

Papa aos toscanos neste sábado:

ser Igreja nas casas, nas fábricas, “junto ao homem”

O Papa Leão XIV recebeu neste sábado (11/10), na Praça São Pedro, no Vaticano, os fiéis das dioceses da Toscana, juntamente com os peregrinos de Camerino-San Severino Marche, Fabriano-Matelica, Lanciano-Ortona e San Severo.

“Exorto-os a ser uma Igreja próxima do mundo do trabalho, compassiva e encarnada, para que o anúncio do Evangelho se torne presença concreta de consolação e esperança, mas também palavra profética que relembre a importância de garantir trabalho a todos, pois ele “é uma dimensão indispensável da vida social”. Foi o que disse o Papa Leão XIV recebendo na manhã deste sábado (11/10), no Vaticano os fiéis das dioceses da Toscana, juntamente com os peregrinos de Camerino-San Severino Marche, Fabriano-Matelica, Lanciano-Ortona e San Severo.

A peregrinação jubilar, disse o Papa aos presentes, é uma bela ocasião para renovarmos juntos a profissão de fé e para expressarmos também a dimensão comunitária e eclesial do seguimento cristão; de fato, a única Igreja de Cristo encarna-se em realidades particulares como as dioceses, mas ela também nos chama à catolicidade, a nos sentirmos uma única família de filhos de Deus além das fronteiras estabelecidas, vencendo a tentação de uma pertença identitária fechada e vivendo a comunhão.

Trata-se de uma fronteira necessária, sobretudo em relação aos desafios da evangelização. Certamente, a experiência existencial, social e eclesial de suas dioceses é diferente, uma vez que vocês provêm de três regiões italianas que têm sua própria história: no entanto, mesmo que com ênfases diferentes, todos nós somos chamados a questionar-nos e a imaginar novos caminhos pastorais para um anúncio renovado do Evangelho, sobretudo para abordar alguns temas como a catequese da iniciação cristã, o declínio das vocações ao ministério ordenado, a participação ativa dos leigos na vida eclesial, a presença das comunidades na vida das famílias, dos pobres, do mundo do trabalho, e assim por diante.


Em algumas regiões italianas – entre elas a Toscana e as Marcas –, disse o Papa, foi iniciado também um processo de unificação das dioceses que, por um lado, pode fazer emergir algumas potencialidades pastorais, não tanto em termos numéricos, mas na qualidade da proposta.

O Papa então se dirigiu de modo particular, ao povo da Toscana, sendo esta a peregrinação jubilar da região. “A terra de vocês, situada no centro da Itália, extraordinário berço de cultura e arte que conserva as marcas indeléveis da Idade Média e do Renascimento e que deu à luz figuras ilustres como Dante Alighieri, Leonardo da Vinci, Michelangelo Buonarroti e muitos outros, é também herdeira de uma rica história cristã, na qual amadureceu a semente da santidade de Santa Catarina de Siena, Santa Gemma Galgani e outros, assim como se podem mencionar numerosas figuras de importantes Pontífices.

A riqueza dessa herança, naturalmente, não deve nos fazer ficar olhando para trás, limitando-nos a admirar o esplendor do passado e subestimando os desafios do presente. Hoje, mesmo diante da boa vontade e da generosidade que caracterizam o seu povo, não faltam questões que evidenciam uma certa crise de fé e de prática religiosa, e que exigem um investimento corajoso na formação cristã e um novo entusiasmo na evangelização.

Gostaria, porém, de exortá-los a assumir, como Igreja local, o estilo da proximidade, ouvindo as dificuldades e os esforços das pessoas. Digo isso pensando sobretudo nas notícias preocupantes que dizem respeito a diversos setores do mundo do trabalho.


A comunidade cristã, diante das consequências negativas da crise ocupacional e social, diante das perspectivas incertas do futuro, é chamada a exercer, com generosa paixão, um papel múltiplo, estudando os problemas, elaborando soluções, assumindo suas responsabilidades: em suma, ela deve ser Igreja no território, ou seja, Igreja nas casas, Igreja nas fábricas, Igreja “junto ao homem”.

“Caríssimos, algumas urgências pastorais e sociais sobre as quais desejei deter-me, embora de maneiras diferentes e segundo prioridades diferentes, interessam a todas as Igrejas locais e chamam cada uma de nossas comunidades cristãs a um despertar da evangelização e a um discernimento sobre as formas de presença eclesial no território”.

Don Lorenzo Milani, profeta da Igreja toscana e italiana, que o Papa Francisco definiu como “testemunha e intérprete da transformação social e econômica”, tinha como lema “I care”, ou seja, “eu me importo”, me interessa, me é caro. Eis, exorto-os a não permanecerem na estagnação e a fazerem a vossa parte para delinear o rosto de uma Igreja que tem a vida das pessoas no coração, em particular dos mais pobres. Confio-os à intercessão da Virgem Maria e abençoo-os com também as suas comunidades.

Silvonei José – Vatican News

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                                                       Fonte: vaticannews.va    Fotos: (@Vatican Media

sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Solenidade de Nossa Senhora da Conceição Aparecida:

Leituras e reflexão

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1ª Leitura: Est 5,1-2;7,2-3

Leitura do livro de Ester:

Ester revestiu-se com vestes de rainha e foi colocar-se no vestíbulo interno do palácio real, frente à residência do rei. O rei estava sentado no trono real, na sala do trono, frente à entrada. Ao ver a rainha Ester parada no vestíbulo, olhou para ela com agrado e estendeu-lhe o cetro de ouro que tinha na mão, e Ester aproximou-se para tocar a ponta do cetro. Então o rei lhe disse: “O que me pedes, Ester; o que queres que eu faça? Ainda que me pedisses a metade do meu reino, ela te seria concedida”. Ester respondeu-lhe: “Se ganhei as tuas boas graças, ó rei, e se for de teu agrado, concede-me a vida, eis o meu pedido, e a vida do meu povo, eis o meu desejo!”

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Responsório: Sl 44(45)

- Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto: / que o rei se encante com vossa beleza!

- Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto: / que o rei se encante com vossa beleza!

1. Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto: / “Esquecei vosso povo e a casa paterna! / Que o rei se encante com vossa beleza! / Prestai-lhe homenagem: é vosso senhor!

2. O povo de Tiro vos traz seus presentes, / os grandes do povo vos pedem favores. / Majestosa, a princesa real vem chegando, / vestida de ricos brocados de ouro.

3. Em vestes vistosas ao rei se dirige, / e as virgens amigas lhe formam cortejo; / entre cantos de festa e com grande alegria, / ingressam, então, no palácio real”. 

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2ª Leitura: Ap 12,1.5.13.15-16

Leitura do livro do Apocalipse

Apareceu no céu um grande sinal: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos pés e, sobre a cabeça, uma coroa de doze estrelas. E ela deu à luz um filho homem, que veio para governar todas as nações com cetro de ferro. Mas o filho foi levado para junto de Deus e do seu trono. Quando viu que tinha sido expulso para a terra, o dragão começou a perseguir a mulher que tinha dado à luz o menino. A serpente, então, vomitou como um rio de água atrás da mulher a fim de a submergir. A terra, porém, veio em socorro da mulher.

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Evangelho: Jo 2,1-11

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, houve um casamento em Caná da Galileia. A mãe de Jesus estava presente. Também Jesus e seus discípulos tinham sido convidados para o casamento. Como o vinho veio a faltar, a mãe de Jesus lhe disse: “Eles não têm mais vinho”. Jesus respondeu-lhe: “Mulher, por que dizes isso a mim? Minha hora ainda não chegou”. Sua mãe disse aos que estavam servindo: “Fazei o que ele vos disser”. Estavam seis talhas de pedra colocadas aí para a purificação que os judeus costumam fazer. Em cada uma delas cabiam mais ou menos cem litros. Jesus disse aos que estavam servindo: “Enchei as talhas de água”. Encheram-nas até a boca. Jesus disse: “Agora tirai e levai ao mestre-sala”. E eles levaram. O mestre-sala experimentou a água, que se tinha transformado em vinho. Ele não sabia de onde vinha, mas os que estavam servindo sabiam, pois eram eles que tinham tirado a água. O mestre-sala chamou então o noivo e lhe disse: “Todo o mundo serve primeiro o vinho melhor e, quando os convidados já estão embriagados, serve o vinho menos bom. Mas tu guardaste o vinho melhor até agora!” Este foi o início dos sinais de Jesus. Ele o realizou em Caná da Galileia e manifestou a sua glória, e seus discípulos creram nele.

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Reflexão do padre Johan Konings

Maria, Mulher-Povo, Mãe da Igreja

Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Padroeira do Brasil. O povo a chama simplesmente de Nossa Senhora Aparecida. Aliás, para a “Imaculada Conceição” temos outra festa, em 8 de dezembro.  Mas vale a pena, apoiados na liturgia, estabelecer um nexo entre a eleição de Maria desde a sua concepção e seu papel de intercessora, em virtude do qual ela aparece como padroeira do nosso povo.

A 1ª leitura de hoje destaca o papel da intercessora, mediante a figura bíblica da rainha Ester, que intervém junto ao rei por seu povo, Israel. Na 2ª leitura a Mulher-Povo do Apocalipse protege seu filho messiânico. No evangelho aparece com maior clareza o papel mediador de Maria a favor do povo. É o evangelho das bodas de Caná. Maria presencia uma festa de casamento, e também Jesus e seus companheiros. Quando falta vinho, Maria chama a atenção de Jesus para o impasse. E quando Jesus, misteriosamente, responde que ainda não chegou a sua hora pois a sua hora mesmo é a da cruz – Maria não deixa de acreditar que Jesus transformará as bodas deste mundo em festa messiânica e plena alegria, vinho novo do tempo novo Recomenda aos servidores que executem o que Jesus lhes disser. Talvez às cegas, mas confiante no projeto de Deus e no filho que Deus lhe deu, Maria assume sua missão de confiar o mundo a ele.

João, no seu evangelho, menciona Maria apenas duas vezes, aliás, sem chamá-la Maria, mas Mãe de Jesus e Mulher. A primeira menção é quando ela por assim dizer introduz Jesus na sua atividade pública, nas bodas de Caná. A outra é quando ela acompanha Jesus até o fim, ao pé da cruz. No primeiro texto, Jesus diz que sua hora ainda não chegou, é apenas o início dos sinais O outro texto é quando se realiza “a Hora” de Jesus e sua obra é levada a termo, na cruz. Em ambos os textos, Jesus se dirige a Maria com o tratamento honroso de “Mulher” (nos diríamos: “Senhora”) termo muitas vezes ligado à imagem do povo. A primeira vez, Jesus pronuncia a perspectiva da hora que deve vir, a segunda vez, confia à sua mãe o seu lesado o discípulo amado, que representa os fiéis. Maria está no início e no fim da obra de Jesus. Ela, a Mulher, a Mãe, é a referência de sua obra. Maria marca o lugar de Jesus neste mundo e está aí como referência do discípulo que toma o lugar do seu Filho.

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PE. JOHAN KONINGS nasceu na Bélgica em 1941, onde se tornou Doutor em Teologia pela Universidade Católica de Lovaina, ligado ao Colégio para a América Latina (Fidei Donum). Veio ao Brasil, como sacerdote diocesano, em 1972. Em 1985 entrou na Companhia de Jesus (Jesuítas) e, desde 1986, atuou como professor de exegese bíblica na FAJE, Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, em Belo Horizonte. Faleceu no dia 21 de maio de 2022. Este comentário é do livro “Liturgia Dominical, Editora Vozes.

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